24 de dezembro de 2009

Take a breath

O que você faz quando está à toa? Levanta, lava o rosto e sai de casa. Passeia pelas ruas da cidade de forma indulgente, procurando um rosto conhecido ou uma companhia a mais. E hoje é Natal e algo dentro de você grita por um milagre, mas não qualquer um. Tem de ser aquele que você esconde, aquele que você ignora por todos os dias. E hoje é Natal e está nublado. Você não faz mais nada além de esperar, e percebe o quão esse ato é repulsivo. Entra no carro, dá partida, engata a ré, sai de sua casa, primeira, segunda, seta, primeira, segunda, terceira...

23 de dezembro de 2009

about 2009

Eu não queria ter de fazer a retrospectiva aleatória de 2009 agora, mas acho que não terei tempo depois.

Seguinte, manô:

Descobri que apego ao lar só no plano emocional, porque na prática mesmo... Houve um dia em que eu, lá em Campinas, quietinha, na minha primeira semaninha de aula, estava deitada no "sofá" e vi o pó do ar acumulando-se sobre o chão e, supreendemente, eu levantei e varri aquele chão. Senti-me óóóó, eu criei laços com a minha nova casa. Ingenuidade de minha parte, né?!, já que isso só aconteceu uma vez. Nas outras, eu só limpava direito porque a conhas e a eu possuímos uma relação nada agradável com pó/pêlos/perfumes. E, claro, eu devo mencionar as práticas culinárias não desenvolvidas/adquridas/exercidas por mim. É, exercidas, porque o que eu fazia lá está, assim, opostamente a exercer práticas culinárias.
Mamãe, uma dia, achando exageiro de minha parte, deixou-me cozinhar em casa e, depois, ela deduziu que me deixar fazer isso é um ato de suicídio lento e que era desumano fazer alguém se alimentar daquilo.
Sábias palavras, progenitora, sábias palavras...
A arte de pegar um ônibus. Sim, arte. (Ou técnica?!). Ela compõe-se em: não levantar o braço porque alguém pode sim perfeitamente achar que você está roubando ou sei-lá-o-quê uma posição ou direito dele e pode sim perfeitamente te dar um tapa (que, com sorte, pega no braço); tente sim que entrar em primeiro no ônibus, porque a sua gentileza pode te custar 40 minutos tendo de se equilibrar na Mercedes, equilibrar sua mochila e, dependendo do dia, sua mala, seu mp3 e, dependendo da lotação, uma outra pessoa. Portanto, deixe a educação de cidadão para ajudar alguém a atravessar a rua ou adverti-la que o cachorrinho dela fez queca no seu tênis. Terceira coisa sobre ônibus: nas primeiras vezes, você acha divertido e vai até contar para seus amigos suas experiências, depois... você até arrepia quando vê o 330 ou 332 passando. Legal mesmo é o 865, que te leva ou para o Shopping Iguatemi ou para a rodoviária.
E, claro, tem o carinho especial que eu adquiri pelas poltronas 17 e 21 do ônibus via Limeira-Campinas da VB.
O que mais fiz esse ano?! Ah!, sim...troquei de celular! TOQUES POLIFÔNICOS NUNCA MAIS, BABY!!! Agora ele toca genialmente Butterfly do Mraz, mas está cheinho de sertanejos =D Aquiri um gosto muito bom por vestidos, desenvolvi meu humor negro e sarcasmo, meu narcisismo e meu senso crítico. Verdade, ainda não possuo um raciocínio muito rápido para discussões... Meu cérebro foi consumido por Platão e seu estranho fanatismo pelo Sócrates (sim, eu sei que este foi mestre daquele), meu coraçãozinho por um ódio fixo por um certo professor de redação filosófica II. Fui em todos os sertanejos do Madalena (com excessão a um, né, Letícia???), desenvolvi uma paixão possessiva e louca por tequila, sal e limão; e sertanejo; e meus primos =D
Ah!, sim, agreguei, nesse ano, uns 5 primos hehehehe Conheci pessoa interessantes, engraçadas e descobri algo quanto a mim - uma coisa chata, na verdade. Não importa quem, eu vou sempre procurar pelos defeitos, sempre.
Minha carta chegou dia 13 de março, acho, e dia 12 de junho eu bati o carro. As discussões em casa mudaram de assunto; agora é: com quem vai ficar um carro e quem fica com o outro (geralmente meus pais não participam mais dessas discussões visto que eles perderam a voz ativa aqui).
Conheci o Vinícius, que se torna a cada encontro incentivador do meu carinho.
Briguei, me acertei, beijei, briguei de novo e agora estou totalmente sem falar com o Caio; tratamos um ao outro como perfeitos desconhecidos; tô me aproximando de novo do Rodrigo e meu irmão está escapando cada vez mais pelos meus dedos :/
Priscila e eu, siamesas sempre :D
Aprendi que domingo é dia da Babi, segunda à segunda é da Pri, sábado/domingo à noite é do Vi, sexta à noite é dia de beber com a desculpa de ser sexta à noite e que tal desculpa pode ser, perfeitamente, utilizada para os outros dias. Menos para segunda-feira. De segunda a gente bebe sob a desculpa de ser um dia chato e cansativo. Sábado à tarde é um ótimo dia para dar umas voltas pela cidade ou escapar para a casa de um amigo - e sábado de manhã é um péssimo horário para se ter aulas de inglês (e desconfio que não somente de inglês).

E foi assim meu 2009, entre risadas, beijos, abraços, amigos, choros, porres, sertanejo e noitadas à fora. Que venha 2010. Que venha tequilas :D sertanejos e faculdade.

22 de dezembro de 2009

sun is shinning, baby

O que você faz nos seus dias de folga? Pega o carro e sai pela cidade, buscando os amigos pelo celular e procurando por um bar. Enche copo atrás de copo de cerveja e dá risada, sustenta o vidro gelado com uma das mãos e varia sua posição na calçada. Seus amigos estão ali, alguns de pé, como você, outros, sentados. Mas estão com você, a compartilhar este momento de prazer ocioso. Você vai pegar sua menina mais tarde, ela já mandou uma mensagem perguntando se vão se ver nesse dia. Nesse fim de tarde. Você sorri porque gosta dela como nunca pensou gostar de outra pessoa, e vocês dois se dão muito bem, obrigado. Ela é mais velha, mas o que lhe importa? Ela é melhor para você. E você continua ali, na frente do bar, virando duas ou três garrafas com os amigos, contando fatos engraçados ou que você assim os julga.
É isso o que você faz durante os seus dias de folga.

No title at all

A ordem pela qual vou decidir pelas pessoas que ganharão textos meus aqui no blog não significa nada. Talvez seja apenas a necessidade de falar de determinado indivíduo naquele instante e, agora, às 06:01 da manhã, eu quero falar dele.

Danilo Vollet, 25 anos, naturalmente inteligente, divertido e um pouco sistemático. Ao meu ver, uma das melhores pessoas que eu conheço e não digo isso pelo laço sanguíneo, uma vez que ele é o mais velho e a tendência natural é odiar tal patente.

Eu não sei explicar. O que vejo nele é um garoto homem tímido mas que agrada perfeitamente a todos ao seu redor sem fingir nada. E as pessoas retribuem ao seu afeto de forma natural.

Existe também a notória diferença dele em casa e fora dela. Dentro: quieto, recluso, Simpsons, nenhuma mísera palavra sobre absolutamente nada. Teimoso, nervoso, consciente quanto a saúde e hábitos saudáveis. Fora: eloquente, engraçado - talvez um pouco irônico, eu não sei se isso é apenas meu -, companheiro, parceiro, amigo.

E eu pergunto a mim, algumas vezes, o por que dele não poder ser assim comigo também. Questões que a gente simplesmente carrega conosco e não quer nem tentar descobrir as respostas. Como um errôneo estudante de filosofia, descobri que é melhor entender o que a pergunta quer dizer do que encontrar uma resposta satisfatória.

A resposta vem com a compreensão dos termos.

Um dia meu irmão me tratou como alguém que de fato importasse para ele. E, dois meses depois, eu convidei-o para sair comigo e com meus primos e ele me respondeu "você dá escândalo", aí eu descobri que, naquele dia, ele estava apenas poupando minha raiva e a reputação dele, e não de fato se importando comigo. Porque, se assim tivesse acontecido, ele teria partido pra cima do cara antes de mim e depois teria me consolado.


É perturbador você gostar tanto de seu irmão e senti-lo como um desconhecido, ou um colega que você vê trimestralmente. Não tem nenhuma foto dele comigo no orkut dele. E às vezes machuca.

Hoje ele ganha, oficialmente, um diploma. Engenheiro de Produção. Algo melhor que a minha.

20 de dezembro de 2009

Dear, Santa:

Querido Papai Noel,

Convenhamos que de acordo com os números dos primeiros meses de 2009, eu não me comportei de acordo com o que os pais recomendam. Mas, entenda, eu não sou mais uma criancinha birrenta de 7 anos, sou uma adolescente de 19 anos aprendendo o que é Curtição. Ok!, não nego, aprendi isso de forma rápida e fácil e desenvolvi habilidades. E eu creio que o Senhor deveria ficar orgulhoso uma vez provada a minha habilidade de aprendizagem - diante do fato de que sempre houve ameaças quanto a presença de um presente no final do ano caso houvesse alguma reprovação nos ensinos.
Sim, eu considero o que eu passei nesses 12 meses como ensino - de sobrevivência em relação a minha vida social; caso contrário, estaria por implorar remédios tarja preta a um psiquiatra e não um belo presente natalino ao Senhor. Façamos, então, um balanço desse ano e veremos se mereço ou não alguma coisa. Ao todo, foram quatro porres, mas, memoráveis, apenas dois, logo, o total fica por dois mesmo porque os únicos a serem lembrados são os memoráveis (na verdade são três, mas um deles não se encaixa dentro da concepção de memorável). Faculdade, uma - e eu estou começando a acreditar que isso inclui as faculdades mentais também, mas o déficit não possui qualquer relação comigo. Frequência em aula... bem, aí, confesso, é um assunto delicado. Acho que, antes desse, devemos debater quanto a eu gostar de determinadas matérias e outras possuírem uma posição fixa na minha lista negra (que, JURO, não é num todo extensa).
Pois bem, aceitas as condições, vamos às matérias. Latim. Fechei com 4,6 e não pude conseguir gratuitamente 0,4 porque não obtive frequência mínima - mas a minha desculpa, aliás, causa, é que me inspirei no Senhor: e você só aparece uma vez por ano. Estou livre de qualquer acusação uma vez que o Senhor é sim o meu ídolo. Vamos à próxima matéria: história da Filosofia. No 1º semestre, faltei uma vez só. No 2º... o 2º é um pouco mais complicado porque, incrivelmente, sim, eu adorava o meu professor e a matéria, mas faltei um pouco além, confesso. O que é contraditório ao 1º, porque eu não gostava do professor e não entendia absolutamente nada do que ele dizia. Então acho que encontramos um padrão aqui: gostar do professor + matéria = faltas. A negação disso: presença. Claro que existe o caso à parte que é a aula de redação filosófica II, em que eu odiei simpaticamente o professor, a matéria, o dia e não compareci em mais que 6 aulas. FATO.
"Se fui uma boa filha" é um ponto interessante a ser visto também. Bem, meus pais me viram menos do que o ano passado, na maioria das vezes em que eles estavam acordados eu estava dormindo, não menti a eles, não furtei contra eles, nem tentei matá-los ou enfiar agulhas de costura em seus pescoços... até chorei e pedi mil perdões numa das vezes que fiquei de porre. Sim, sou boa filha e, MELHOR, uma consciente.
E, nos últimos seis meses, beijei apenas 3 caras (os mesmos várias vezes, mas isso é apenas uma minúcia.) E hoje estou religiosamente com um, que - com licença, Senhor Noel, mas, OBRIGADA DEUS - é tudobão. Viu, ainda por cima sou comportada.
Só infrigi 1 dos 10 mandamentos - o 10*. Porém, isso não pode ser levado em consideração, pois todo mundo o infrige e eu também tenho esse direito quase que humano! (E ninguém hoje em dia guarda domingos e festas, ok?), dos 7 pecados capitais eu me mantive perfeitamente correta em apenas me vincular à preguiça (avarento, em casa, é o meu irmão - fica a dica ;D ). Não briguei, não xinguei (elogios podem vir a tona com outras palavras e essas serem interpretados ao pé da letra, o que é uma pena), e até fiz amigos novos.
Então, diante disso tudo, só posso declarar mais uma coisa:

O Senhor deveria e muito apreciar, considerar e sentir-se felizardo pela minha sinceridade.

E a única coisa que eu pesso de presente de natal é:
1)Um carro zero, decente, lindo, 4 portas, tração nas 4 rodas, ar-condiconado, hidraulico, vidro elétrico, 2.2 no mínimo e na cor preta;
2)Um mp3 novo (olha a humildade, nem pedi um Ipod, hein?);
3)O Rafael P. para a Pri (é, estou apelando para o senhor porque Deus tentou, mas errou um pouco, sabe... quem sabe uma pessoa que tenha menos responsabilidades que Ele consiga acertar, né?)
4)Marri para o Celo;
5)Algum Leopoldino para a Lelê;
6)Homem de melanina acentuada para a Dé;
7)Um louro de olho claro para a Linão;
8)Menos ciúme na Má;
9)Um menos enrolado para a Babi;
10) Fabi, Féra e Sitiante na faculdade em 2010;
11) Vi comigo na noite de Natal;
12)X vestidos lindamente novos;
13)sapatos novos;
14)Aquele livro "Paris" juntamente com o dicionário de Mitologia Grega.

É apenas isso - ah!, e claro, se o Senhor quiser, como brinde, lembrancinha, sei-lá-o-quê, me presentear com uma linda conta bancária de saldo infinito, juro que acreditarei no Senhor piamente até o final da existência humana.

Uma grande fã do Senhor,
Bru.



*não cobiçarás a mulher do próximo - a cá, homi da outraOI!

neither do I

_Don´t you care at all?! he shouted in front of me. I could feel his breath on my nose.
_Not even a little. I whispered, without staring at him.
_YOU´RE LYING!!! his hands on my shoulders, making me move fastly for a side to other.
and them he stopped.
his brown eyes looking for something inside of mine.
he was brethless.
he was tired of something.
he took off his hands of me and decided to take one step behind.
_Maybe I do.
he has said to me once that my worse fault was my way how speaking. Slowly. Lowly. Whispering. He could never know when I was decided to lie to protect myself.
and it was like this way that I said that.
Slowly.
Lowly.
Whispering.
and with my eyes down.
_Maybe I care about it. Actually I do; but... it´s better acting as I do not. Sorry.

19 de dezembro de 2009

Então simplesmente não passa? É uma tremenda mentira quando dizem que vai ficar tudo bem? Eu terei de sempre fingir interesse por outra coisa senão você quando estiver ao meu lado? Sempre ter de forjar um belo sorriso e entreter-me com meus amigos para esquecer esse esquisito anseio de um mísero oi de sua parte? Essa mísera atenção que eu achei que eu ainda teria? Sempre ter de fingir que não doe?
Não. Não sou forte. Não consigo ser perto de você. Por que você simplesmente não poderia ter me perdoado e ter ficado ao meu lado? Ou ter me deixado ficar do seu...
Gabriel Vollet =D




17 de dezembro de 2009

talking to yourself

Então, o que eu faço agora? Como eu supero tudo isso da maneira como você fez, simplesmente não se importando com o que tinha acontecido? Você me disse, uma vez, que havia uma notória diferença entre sofrer por amor aos 16/17 e aos 22, então, qual é?! Estou tentando ver qual é, mas sozinho não consegui.
Eu respondo, clara e calmamente. A diferença consiste em você já se conhecer mais, estar mais velho e ter outras preocupações mais relevantes. Você não pode mais se dar ao luxo de amargurar essa perda por um dia inteiro. Hoje você tem uma empresa para empurrar, um trabalho para manter e um salário no fim do mês para receber. Você tem amigos que te cobram a companhia no final da semana, uma família que exige suas responsabilidades e seu labor, além da vida que, de agora em diante, você tem de tocar sozinho.
E como foi com você? Como é sofrer por amor aos 18?
Eu não sei. Eu não sofri. Só fiquei analisando as coisas de um modo impessoal. Mas acho que, nessa idade, você quer estar feliz para quaisquer fins. Chega um momento em que você se engana e entra nisso por inércia.
E você fez isso, certo?
Não.


Eu me persuadi.
Dessa vez não é que eu esteja torcendo para dar certo, mas para que não dê nada errado.

16 de dezembro de 2009

Roger Federer, nº01 do mundo =D
E em quais possibilidades do destino eu conseguiria um amigo de verdade, sem segundas iñtenções?
Acabei de ter o primeiro indício de ciúme. Não bom. Não bom.

15 de dezembro de 2009

inutilidade/insônia/alergia

Era para eu estar dormindo uma vez que tenho de levantar às 7 da manhã - o seja, daqui 1:20h. Mas o fato é que eu tenho, às vezes, esse pequeno problema de insônia. Ao dormir um pouco mais cedo do que estou acostumada, perco o sono no meio da noite e fico a andar pela casa sem rumo, vendo programas de tv que normalmente nem notaria que existem, folheando algum livro que comprei. Mas hoje, em especial, acordei sentindo uma das amídalas inflamadas e um calor meio descomunal, no entando, graças ao ventilador de teto quebrado, não posso abrir as janelas de meu quarto por causa de uma coisinha minúscula que incomoda minha existência: pernilongo.
Só que hoje eu acordei e escrevi o post anterior. Fato: eu perdi a minha inspiração e dom para escrita; as coisas não estão fluindo como antigamente. Minha criatividade está limitada a posts do blog e só. Nada além, nada. Então eu acordei, escrevi o post, voltei para cama num afã inepto de tentar dormir, mas decidi por revirar meu guarda-roupa (não ele todo, óbvio! Ainda possuo um pouco de compaixão para comigo mesma - e orgulho). Encontrei textos que escrevi ao longo do 2º e 3º ano do ensino médio, textos que desviaram minha atenção das aulas de matemática, química e até física (não, isso não pesa nenhum pouco na minha consciência), e também das aulas de literatura e gramática (isso sim pesa :x). No entanto, diferente do que acontecia nas primeiras matérias citadas, essas últimas não me causavam devaneio, mas, sim, inspiração.

Lembro-me até hoje de como eu cai de amores por Dom Casmurro. Foi exatamente naquela passagem em que Bentinho está em seu escritório e Ezequiel entra e, em seguida, Capitu e narra-se que os dois olharam para o retrato de Escobar - e eis o impasse: Bentinho e Capitu olharam simultaneamente para o retrato ou Bentinho olhou primeiro e Capitu seguiu seu olhar?! Eu apaixonei-me aí. Ainda naquela mesma terça-feira, lembro-me, tratei de adquirir o meu Dom Casmurro e o li em 3 dias. Lindo, perfeito e obsessivo.

Quase a mim ( :D )

A questão, porém, que eu quero mostrar aqui é que encontrei textos antigos, da época em que eu ainda escrevia Entre Pierrot e Colombina, uma trama de paixão, ciúme e traição dentro do mundo potteriano. Era um bom plot, algo que eu consegui desenvolver até o capítulo 7º. Lembro que eu adorava contar a Sam (que hoje, verdade, estou em falta completa com ela - sorry :x) sobre como eu queria desenvolver as personagens, como eu queria trabalhar o ciúme de Sirius para com Remus e Francine (personagem criada por mim para compôr o pseudo triângulo amoroso), a obsessão dele para com a garota... Lembro de tudo isso e chega até dar saudade.
Até encontrei no meio dos meus arquivos o primeiro cápítulo que escrevi: Obsessão. Eu coloquei o texto no FictionPress para compartilhar com vocês, porque, modéstia à parte, é particularmente bom.

E, Sam!, eu até encontrei os primeiros rabiscos de Circo de Cetim!!! Essa fic foi, creio, a minha tentativa de completar Dominique Weasley (nova geração de HP). E eu também sinto saudades de quando elaborava psicológicos e caráteres para ela nos e-mails para a Sam. Eu criei uma Dominique diferente daquela que todo mundo começou a moldar; uma Dominique que ou você ama ou você odeia. Uma Dominique dócil. E linda - e de cabelos cor de ferrugem, nem louros e nem ruivos, e de olhos cor de ciano, nem verdes e nem azuis. Linda.

Achei também um projeto que ficou, acho, uns 2 meses na minha cabeça: chama-se Castelos de Areia. Sirius Black desmoronando seus castelos de areia. Encontrei trechos que usei em A Menina que Queria Voar, xerox de parnasianismo, modernismo no Brasil, rascunho da fábula feita para a gincana (que não deu certo, diga-se de passagem ¬¬ ), muitas folhas de almaço e sulfite em branco, a primeira versão de A Menina que Queria Voar, trechos copiados das poesias de Álvares de Azevedo (aliás, está na minha lista de presentes de fim de ano Lira dos Vinte Anos, galëre =D ), minhas folhinhas de literatura... Sinceramente, com tanta coisa assim, me pergunto como é que fui parar na filosofia. Não sei se reclamo ou não, mas Letras teria sido sim uma boa opção também.

Bem, daqui a pouco eu tenho de me levantar - oficialmente. Ainda tenho muita coisa para olhar e lembrar aqui e sentir saudades da época em que a minha preocupação era somente chegar em tempo de pegar o meu lugar na sala de aula e, depois, na cara de pau mesmo, entrar em puro estado de devaneio.

I refuse to let me go away from you

Quando a gente vai embora, a gente não espera exatamente que a pessoa deixada para trás abra um sorriso, dê as costas para o lado pelo qual você se foi, e nem sinta sua falta depois. Essas sensações a gente refuta porque é o mesmo que concordar que não fazemos falta, no entanto, com ela, eu senti-me lisonjeado por ela ter esquecido de sorrir.
Sei sim que a minha falta tem sido mais um preenchimento, e não motivos de choros desesperados pela madrugada - porque era assim antes, quando estava ao seu lado. À noite, depois que nós dois nos entrelaçávamos, confundíamos nossas pernas e esquecíamos a quem pertencia o quê, eu rolava para um lado (sempre o dela) e abraçava-a, afagava seus cabelos e dormia em sua fragrância natural, perto de seu seio, ela virava o rosto e deixava-se ser carinhosamente minha companhia, mas deixava escorrer - e creio que voluntariamente - suas lágrimas.
Lágrimas não. Expessos traços de água que saíam de seus olhos e marcavam sua tez. Eu notava. Eu sentia. Eu sempre estava com a cabeça sobre seu coração e ouvia-o dançar na melodia daquela água salgada. Ele acelerava um pouco, porém, voltava tão logo ao ritmo de antes, compassado - e voltava a acelerar. Nesses momentos sentia que ela estava viva, que ela precisava me ver partir... que ela me faria ir embora antes que eu conseguisse marcá-la, de alguma forma, até mesmo como as lágrimas faziam.
Por isso eu parti.
Não tenho idéia de como deve ser agora, de como ela deve dormir e acomodar-se naquela cama grande. Quando dormia comigo ali, ela possuía o lado direito e ficava ali, encolhida em seus pensamentos, recolhida em seu corpo - e permitia-me participar disso. Ou eu entrava como um entruso nisso tudo. E quando sozinha... sim, já a vi dormir sozinha, nas furtigas manhãs de domingo em que lhe levava um delicioso café-da-manhã, encontrava um lindo corpo feminino no centro do colchão, dos lençois brancos e finos e seus cabelos pretos manchando a paisagem nude de seu quarto.
Eu a via consigo mesma e sem choros, palpitações ou cascas. Era apenas ela ali naquele meio.

Quando eu fui embora senti que esqueci de me levar junto. E agora posso acompanhar de perto o que é não fazer falta a ela - enquanto ela e eu fazemos falta a mim.

Ironic smile thrown the mirror

Se você tem mesmo que partir, então apenas o faça. Deixe-me aqui, neste quarto de motel, enrolada no nosso lençol sujo e com as minhas roupas espalhadas pelo chão. Você já arrumou as suas, já as vestiu e já sustenta a maçaneta entre seus dedos. Dedos calejados que persuadem o meu corpo a doar-se para você, a dar-se por você - a ser tão seu quanto meu ele não pode ser.
Por favor, deixe ali, no canto do quarto ou sobre a mesa a minha dignidade, felicidade e capacidade de importar-me com mais alguém. Coloque dentro de minha bolsa o meu prazer, a minha maquiagem que se desfaz quando estamos juntos e os meus sorrisos libidinosos. Mas vá de uma vez - sem acreditar que vai querer voltar. Mas vá de uma vez, sem querer me tocar. Não encoste em mim. Estou bem. Ainda nem chorei por você, nenhuma vez desde a primeira. Apenas se vá e deixe-me aqui, neste quarto onde passamos tantas noites.
Não vou ligar. Não vou escandalizar e nem tentar me matar - eu nunca faço isso.
Quando alguém parte da minha vida, eu sempre sinto que, na verdade, não é uma decisão própria da pessoa, mas o meu poder de convencê-la de que é melhor que ela parta antes que eu a abandone. O meu poder de fazê-la desistir não por si mesma, mas por mim.
Apenas vá embora e deixe-me aqui sozinha. Sempre fiquei melhor na minha companhia e, por educação, espero que tenha compreendido até aqui as minhas ironias.
Passar bem.

14 de dezembro de 2009

"Você tem certeza disso? Porque, assim, sabe aquela passagem da bíblia do Daniel na Cova dos Leões? Vai ser praticamente a mesma coisa, só que sem a intervenção divina. Ou seja, Deus não vai lacrar as bocas deles e tão menos cessar suas fomes... E eles são como leões famintos e você um pedaço generoso senão o suficiente de carne. E, desculpa, mas eu faço parte dos leões, então, você não vai poder contar comigo. Ainda tem certeza de que quer conhecer a minha família?"


E seria assim que eu tentaria dissuadir algum cara de querer conhecer minha família.

12 de dezembro de 2009

"é verdade?"
"a julgar pela sua pergunta, creio que posso deduzir livremente que ninguém te avisou quanto ao meus sarcasmo, né?! Caramba!, como tem gente sádica nesse mundo".

E pensar que consegui escapar de apenas ter de responder se sim ou não.

All you need to do is let me care about ya

Eu tenho vontade de contar a você o transtorno emocional em que você me encontrou - e eu pesso desculpas por isso, porque você não tem culpa, não tem que enfrentar isso comigo. Sim, estou muito calejada, muito receosa do rumo que tudo isso pode levar sem antes eu ter um comprometimento emocional completo com você.

Você me encontrou em um momento transitório, naquele estado psiquico em que nada se tem certeza: nem da carreira, nem do coração, nem das presenças. Desculpe-me. E acabei por me apegar a você não exatamente por você, mas pelo que você representa: você representa a rotina que eu tinha com ele. Então, quando mando uma mensagem, não sei bem se a mando para você ou por mim, porque esse era o laço profundo entre ele e eu... eu o tinha do meu dia-a-dia e frustrei-me muito quando notei que não existia mais ele comigo.

Que as mensagens não existiriam mais. As ligações nos sábados à tarde. As conversas cheia de meguices e cobranças de carinhos pelo msn todas as noites. O número no meu celular. O espaço dele nas minhas noites. Nos meus dias. Na minha vida... Sim, eu ainda penso nele - e em toda a mágoa, em todos os utópicos momentos em que ele deve sentir a minha falta e lembrar, instantaneamente, no que fiz para ele. E isso eu não estou pronta para te contar.

I have to. I must - but I cannot.

Mas eu quero também poder me abrir para você e contar o quão meu coração acelera com a sua voz no meu ouvido e quão tranquila e sossegada você me deixa. O quão aquele momento de silêncio entre nós me deixa feliz - por eu poder traçar os contornos de seu rosto com as minhas mãos, poder escorregar as unhas pela sua pele, pelas costas, braços e vê-lo arrepiar. Quero conseguir pronunciar em claro e bom tom o quão perdida fico no seu olhar, o quanto nossos beijos e abraços se encaixam para mim... o quanto eu espero para poder abraçá-lo.

E eu acho sim que as coisas entre nós estão funcionando, porque, mesmo sem a latente paixão que me degradou no outro relacionamento, estou adorando descobrir como é focar-se numa pessoa quando ela está diante da gente e quão bom é respirar tranquila e simplesmente não se importar com mais nada senão quando você está comigo.

Estou adorando descobrir com você o que é não ser ciumenta, neurótica e possessiva. Adorando descobrir em você uma certa paz gratificante.

9 de dezembro de 2009

O cinturão não faz a Constelação

Eu deveria fazer um post sobre cada pessoa importante na minha vida. Não sobre meus pais, tios e afins, porque, óbvio, eles são importantes não somente para a minha vida. Mas deveria ser escrito textos para cada amigo meu.

E ela foi a minha primeira escolhida: Priscila Vollet.

Minha prima de 26 anos que me chama carinhosamente de siamesa e tem um chilique toda vez que eu digo que já tenho planos. Ela é pequenininha, sabe, toda bonequinha - de cabelos louros e olhos claros que sim, são delas; afinal, a cor foi escolhida por ela. Mas isso não importa, porque ela é aquele exemplo de pessoa que, de longe, um nojo, de perto, uma figura. Isso já é clichê para ela, fato.

Pelo menos é o que os depoimentos alheios dizem - porque, para mim, ela nunca foi um nojo. Ela é minha irmã.

A gente já brigou, já discordou, já rimos juntas, uma da outra, sem ter motivo... já ficamos horas sem falar nada (ok!, horas sem eu falar alguma coisa, porque ela fala! E, meu Deus, como fala). Apesar dos 26 anos, ela tem essa aurea de menininha, essa carência infantil e ingênua de carinho. E é lindo de assistir as conturbações dela, porque, mesmo sem motivo, é fascinante o caos que se causa.

A amizade dela é bonita porque é extremamente sincera. Às vezes machuca, como toda sinceridade, mas não causa cortes profundos. Apenas um raspar na pele, apenas capilares rompidos - não um corte profundo na jagular. Jamais.

Note que temos praticamente 7 anos de diferença e nos damos muito bem, obrigada. E ela conta a mim tudo, e não me esconde nada - e eu tento escutar e guardar cada palavra dela, entender os seus motivos, captar a sua essência em seus relatos. Tudo o que percebo quando ela me conta alguma coisa é a sua necessidade de extravazar seus sentimentos e de mostrar que quase tudo a machuca.

Uma genuína alma de princesa.

É como dizem, todo mundo recinhece as 3 Marias, mas são poucas as que enxergam Órion.

8 de dezembro de 2009

A verdade nem machuca. Incomoda. Traz insônia - ou me faz perder o rumo das coisas. Não, nada disso. A verdade apenas me faz mover para adiantar e construir todos os argumentos para que eu esqueça, de uma vez, que nada vai dar certo entre a gente. Eu não consigo nem ponderar se me incomoda ou não o fato de estar dando tudo errado.

E isso também não me tira o sono. Isso também não muda o rumo. Nada o muda, na verdade.

A única coisa que eu pesso é que você me devolva a capacidade de gostar das pessoas. Eu preciso começar a me importar de verdade com o outro.

A verdade não me afeta. O que afeta é o que você roubou de mim.

6 de dezembro de 2009

Vai fazer 11 meses. E eu o vi ontem, sozinho, e hoje me disseram que ele estava sozinho também. Não é que eu esteja alimentando esperanças, não que eu esteja esperando por algo... é apenas que tem uma peça nesse quebra-cabeça - se é que há um! - que não encaixa.
O estranho é que eu não sinto nada benevolente ou magnânimo em relação a ele, mas todas as vezes que o vejo, não cabe em mim a vontade de chorar. Só que eu não choro na frente dele. Nem no mesmo ambiente que o dele. É apenas uma relação de posse que foi feita antes e eu não consegui desfazer.

...

Mas acho que já foi a época em que eu era somente dele.

5 de dezembro de 2009

impacto

Eu a vi escolher a melhor roupa, escolher as cores da maquiagem com cautela e ordenar cada cacho de seu cabelo para ficar bonito. Eu a vi se enfeitar com um sorriso no rosto, uma alegria sincera, um entusiasmo que há muito havia sumido. E ele estava ali de volta, nela e com ela, ajudando-a a se vestir, a colocar o vestido preto acetinado sobre as curvas, a sandália nos pés, o batom sobre os lábios.

Ela sorria a cada cuidado que tomara, em cada detalhe que pensara. Sorria porque tudo estava voltado para uma pessoa - uma única pessoa que lhe alegrava as noites, os sonhos, os anseios. tudo para compor o seu uno, o seu eu naquela noite.

Ela estava linda. Tão linda como sempre o fora antes. Mas estava mais - pela alegria, desejo, encontro. O encontro que não aconteceu. A presença de um outro que desfocou sua atenção. Não era ele, não era para ele, não com ele que ela estava disposta a aguentar o salto fino, os dedos dos pés ardendo em dor. Não era por causa daquele que seu sorriso expandia, seu coração acelerava, sua bochechas coravam.

Mas era por ele que os olhos lacrimejavam. E para ele, ela não estava tão linda assim.

Era Engano

Um coração cigano. No final – e no começo, no durante e no sempre – era isso o que a definia; uma sina a ser carregada sem marcas, sem chagas, sem dor. Ela carregava o cruel apego, o mais perverso deles: a de estar com todos e não poder ter nenhum. Monogamia não era bem o que seu coração prezava, mas não era algo que repulsava. Havia-se a esperança de que, um dia, existisse alguém pelo qual seu coração se importaria mais.

Apegar-se-ia mais. E ela estava na espera.

Seu coração não era leviano, não era de total imprudência e nem de um todo abrangente. Não era a todos que doava seu amor e sua atenção.

Não.

Ela não podia doar esses sentimentos, essas ações – não lhe pertenciam. Ela não sabia o que eles eram, como reagiriam em seu corpo e seu comportamento; não sabia porque não os tinha.

Seria sempre a metáfora. Seria sempre inconstante. Bastava um suspiro mais longo para se mudar, para não querer mais. Todo o seu corpo lutava contra algum sentimento, e quando estava perto dele se apossar de si, tudo a fazia sair. Tudo a persuadia de ir embora, sem deixar rastros, sem deixar esperança.

E ela nunca voltava para o mesmo. Nunca procurava por aquela iminência de sentimento. Nunca teve saudade.

Era um coração medroso, aquele, o dela. Medo de se perder por um outro.

2 de dezembro de 2009

there was that time I couldn´t take my mind off you_

I have couples of memories about that time. Good memories. Seletives ones. Rarelly ones. But good. I cannot lie about it. What had hurt me hasn´t been annoying anymore. Do not get worried. I won´t tell anybody I´ve missed you.

1 de dezembro de 2009

ficção

Eu tenho ódio dela, para ser bem franca. Depois de tudo o que aconteceu, de tudo o que esse cara fez para ela... ela me diz que está esperançosa. Eu tive vontade de enfiar a cabeça dela naquela privada, dar descarga e só parar quando a lavagem cerebral estivesse completa. Mas simplesmente não dá para fazer essas coisas com a sua melhor amiga.

Ela tem equilíbrio, sabe? Aquele equilíbrio que eu simplesmente esqueço quando o assunto é diversão, sexo e bebida. E, cacete!, ela me olhou com aqueles olhinhos brilhando, realmente me dizendo que que estava esperançosa de que as coisas entre eles dois iriam se acertar. Eu só pude me remoer em descrença, decepção, sei lá... depois de tê-la visto sentar no banco do bar, em plena balada que ela tanto amava, e deixar que tudo escorresse pelos olhos a fora enquanto ele dava atenção pra outra, achei que ela ia desistir ou, melhor!, ia de fato tentar seguir em frente.

Eu desejei ter ao menos tentado afogá-la ali na pia do banheiro público mesmo. Pelo menos respingado alguma coisa bem nojenta em cima dela para que percebesse o quanto aquilo era um absurdo. Eu tinha inveja dela por causa do cara que ela estava saindo, tinha inveja porque ela me contava, entre a vergonha, tensão e medo, sobre ele querer do that com ela porque ela o enlouquecia.

O cara me enlouquecia só com um sorriso e I would do that com ele se este não fosse a forma mais belamente olímpica de escape para ela. Se não fosse ele quem a fazia sorrir uma vez por semana de forma sincera.

Nós duas sempre fomos muito unidas e eu sempre estive perto dela. Ela é frágil demais, delicada demais, meiguinha demais... e tudo isso não ajuda em nada quando ela sofre, porque faz com que ela sofra demais. E eu queria poder sofrer por ela, mas eu sou rebuscada demais, sarcástica demais, inabalável demais. E sofro de menos, por um dia, uma hora, dois instantes. Ou nem isso.

Eu não sei do que ela está falando.

29 de novembro de 2009

You cannot feel anything

Hey, Buddy, what´s up?

O tempo está passando, entenda, e vai chegar uma hora em que o incômodo vai ser apenas um momento do passado que será julgado como bobo. E vai ter um momento em que ela não vai mais buscar pelo seu olhar. Não que hoje ela o queira - não! Longe disso. Ela não quer atrapalhar nada, não quer começar a agir como você.
Você é um canalha, um sem caráter, sem consideração por ninguém. E você sabe que ela tem algumas teorias, e você sabe que ela gosta de ficar pensando sobre o seu jeito, de acreditar que pode elaborar motivos para você ser tão desse jeito, tão idiossincrático a si mesmo.

E você odeia isso.

Odeia porque isso mostra uma certa diferença quanto a ela. Odeia porque isso o incomoda. Incomoda que ela preste tanto atenção nos seus detalhes, que ela consiga destrinchá-lo tão facilmente e que nunca esqueça de nada. Você a odeia porque ela conseguiu conhecê-lo sem exigir conversas longas, perguntas bobas e convivência cotidiana.

Você a odeia por ela ser perspicaz. E eu já contei a ela o quão isso é repulsivo.

Tenha um bom dia, passar bem.

28 de novembro de 2009

"You love me and I love you. I don´t know if it is right, but I know it is real."

(The Burninhg Plane)

26 de novembro de 2009


6 anos.


Demorou-se 6 anos para que eles voltassem a se verem. Ou a se falarem. Ela não estava acompanhada, mas estava exuberante naquele vestido longo azul petróleo e os cachos a caírem pelos ombros, até o curvar de sua cintura. Ela já o era desta maravilha antes daqueles seis anos, mas, no agora, havia aquela postura de mulher que tanto lhe caía bem.

Os anos passaram. E ele namorou por todos eles, e, antes daquele casamento, não mais. Algo dentro dele gritou para romper, implorou para desfazer um relacionamento tão estável. Quase o dilacerou por dentro para se permitir esses dias solteiro. Solteiro para reencontrá-la mais linda, mais distinta, mais mulher.

Descobrira facilmente que ela terminara a faculdade e ganhava a vida lecionando numa faculdade na Europa onde, também, fazia suas pesquisas acadêmicas. Possuía um nome renomado, apesar da pouca idade, mas sua clareza de pensamento transparecia na alvidez de sua tez - e na delicadeza até mesmo sarcástica que seu sorriso adquiriu.

Tanto tempo sem nem ao menos nos falarmos, ela disse, sorrindo, verdade, para ele. E tudo por bobeira.

Bobeira? Ele pegou mais uma taça do champagne para ela e recebeu um agradecimento com um leve sotaque francês.

Bobeira, ela assentiu. Bobeira ter deixado de conversar justo com aquele que me proporcionava os sentimentos mais conturbados e me fazia pensar nos diálogos mais verdadeiros. Ela sorria. Sim, sorria - e ele não conseguiu distinguir se era verdadeiro ou irônico, mas ele a conhecia... sim, a conhecia. Ela já era mulher formada, não precisava mais se esconder atrás de teorias elaboradamente furadas.

E continua sendo bobeira?

Não.

Pausa.





Hoje é apenas lembrança. E não há nada de bobo nelas.

Algo dentro dele gritara para ficar solteiro apenas afim de fazê-lo um bobo. Como ela o amaria por seis longos anos distantes quando em seis longos meses perto, ela o deixou de fazer com êxito?!

25 de novembro de 2009

Ele ainda gostava muito dela. Dava para ver. Ele passava na sua frente, e voltava, e ia e resolvia que seria melhor conversar com a pessoa que estava ao lado dela. Tudo isso com a outra, verdade, mas, para ela, tanto fazia. Ela estava bem - e isso o incomodava.

Ela olhava para o lado e via ao seu outro. Um pouco mais velho, um pouco mais diferente, um pouco mais condicente a ela. Ele, o que ainda gostava dela, não havia percebido a presença do outro. Até aquele instante.

Ela havia caminhado em direção ao bar, e a música estava agitada, um arrastapé gostoso, e ele estava dançando a com a menina dele. Na frente dela. Até vê-los.

Ela estava de volta com um copo na mão, que muito parecia Johnny Walker com energético, e entregou o objeto para o rapaz. Ele bebeu quase um gole inteiro, mas parou no exato momento em que sentiu a boca dela sobre seu queixo, depositando uma leve mordidinha e um beijo. E a boca deslizou pelos lábios, mordiscando, e para as maçãs, roçou os lábios pela fina barba e sugou o lóbulo da orelha esquerda. Desceu, num atencioso e demorado trajeto de pequenos beijos e fricções, em direção ao pescoço e depois subiu, mais uma vez, em direção à boca e ele - ele! - a beijou.

Aquilo lhe fervou o sangue. Ela tinha aquele dom, de deixar os caras naquele estado hipnótico de loucura masculina - ele ainda bem se lembrava do que ela era capaz de fazer com ele com um único beijo e um olhar mais desejoso. Ela era a pura luxúria naqueles olhos de menina tímida, de princesa.

Foi por isso que ele foi obrigado a ouvir da boca dela I do not like you anymore.

18 de novembro de 2009

"seu seio ainda está no meu lençol"


essa frase me soou tão Hannibal.

16 de novembro de 2009

Daquela noite ela saiu machuca. Muito machucada. Mas acreditava piamente que o mais dolorido fora ele, por isso conseguiu superar, por isso conseguiu voltar a sorrir na manhã seguinte. Foi a nítida consciência de que ele não fora um tudo que a fez seguir em frente sem muitas preocupações.

E depois de tanto tempo em silêncio, ela o viu, de novo, feliz. Com outra. E esta também se encontra feliz e ele, diferente. Soube, instantaneamente, que somente ela estava, ainda, machucada - e com medo de seguir em frente.

Ninguém nunca seria o bom o suficiente.

15 de novembro de 2009

where are my butterflies on my stomach???
Eu descobri que quando conheço uma pessoa, eu a subestimo e fico procurando por seus defeitos. Sempre os defeitos. E quando achar que já encontrei muitos, abandono essa pessoa e não sinto a menor falta dela.

É triste isso.

Eu me sinto tão amortecida, tão cansada, tão desinteressada... tão entediada com a sequência de caráteres que encontro que sigo feliz com os amigos que já possuo.

Tá tudo sem graça.

13 de novembro de 2009

It´s just that I´ve been wondering


Entenda, eu não estou pedindo para você voltar comigo, ela me disse enquanto se protegia com o pesado livro do sol ardente. E essa imagem me fez rir. Vixi, tá um Sol de rachar maconha, ela costumava dizer só para me divertir, assim como quando cantava as músicas com letras erradas.

A gente tava no ponto de ônibus, esperando pelo mesmo. Mas fazia tanto tempo que a gente tomava o seguinte cuidado para não esperar o ônibus juntos, que os dois não se importavam ou de se infiltrar na multidão ou se simplesmente fingir que não tinha visto o outro. Era uma situação deplorável, eu sempre soube, afinal, não era como se ela não tivesse sido nada para mim ou eu para ela. Era apenas que as coisas não tinham terminado muito bem entre nós.

Nada bem, aliás.

Eu não senti que você estivesse me pedindo isso, respondi, seco, verdade. Mas a situação entre nós ficou assim: seca, de minha parte, e caustica, da dela. E pela primeira vez ela não estava me tratando como se fosse arrancar uma bigorna de dentro da bolsa e arremeçar contra a minha cabeça. Eu estranhei, apenas isso.

Você está feliz com ela? Respondi um sim quase inaudível. Sente a minha falta? Não.

O ônibus chegou e eu fiz menção de entrar nele, e ela ficou parada, para trás, olhando-me subir o primeiro degrau. Se não é nada disso, comecei, retornando o meu passo, então o que é?

Eu só estava pensando porque é que você está feliz com ela e não comigo.

Ela entrou no ônibus, passando por mim, pagando o cobrador e rodando a catraca. Eu fiquei na calçada.
cansa ter de sempre formar um belo sorriso, me encher de falso orgulho, condicionar meu corpo inteiro para brilhar os olhos, vasculhar palavras bonitas ou de impacto dentro da minha mente para sustentar a nítida mentira de que amo minha vida universitária, meu curso, minha faculdade.
We are not perfect, you know? It´s not for us this... to be perfect. Have the power of never be wrong, never mak many mistakes. One mistake. It isn´t for us just. We have been made for being unperfect, for always getting thrown the wrong way.

We were born fot not being successful.

11 de novembro de 2009


"What wouldn´t you enjoy there at all?!
The songs?!
Melodies?!
The letters?!
Dance?!
People at there?!
What? Please, tell me what fuck hell wouldn´t be glad by you."

Her eyes were staring at mine.

"You".

"Pretend you don't know me so well
I wont tell if you lied"
(Plane, Jason Mraz)


Ela havia dito não, de alguma forma. Ele só não conseguia julgar se haviam sido os olhos ou as mãos longe das dele. Mas houve, realmente, um não. Mas não era como se ela fosse se afastar dele apartir daquele instante; não, não era típico dela repulsar pessoas queridas devido a um sentimento não compartilhado.

Era apenas que, de uma forma ou de outra, as pessoas se apaixonavam por ela. Gostavam de ficar ao seu lado, de tê-la sempre. Uma constante companhia ou para ficar quieto ou para falar de tudo. Uma constante companhia que apaziguava alguns corações e mortificava outros. Muitos outros.

E ela nunca se afastava. Nem poderia. Mesmo sem se importar muito, não podia simplesmente não se dar conta que tinha um laço - e a ideia dele sempre ficar na inércia de se romper a qualquer instante incomodava. Deixava-a acabada, como se tudo sempre tivesse de se romper.
Eu não deixaria que isso acontecesse conosco. Mesmo que eu tivesse feito de tudo para deixar o nosso daquela situação, mesmo que eu não estivesse muito disposto a estar por perto sem a retribuição exata de meus sentimentos.

Mesmo que ela não me amasse.

"Mas eu aceito ser só seu amigo".

Ela tinha olhos pequenos, daqueles que é preciso prestar um pouco mais de atenção para entender como funcionava a sequência de cores ali dentro. E eles focaram-se em mim e senti.

Senti a decepção.

Ela levantou-se e saiu, abandonando o sorvete pela metade, o lacinho de cabelo, e a mim.
um amigo. Subestimei-a. Ela compreendia tudo o que era dito. um amigo. Quando era tudo o que ela queria. Um amigo.

10 de novembro de 2009

Abit Onus

"Sonhei os sonhos todos
imaginando o céu
e dele fui prisioneiro
em cela de papel."¹

Foi naquela madrugada ímpar que as coisas ficaram mais claras.

Sabia que estava sonhando, sabia que estava dormindo, mas estava tão acordado quanto há cinco minutos e tão ciente de que sua colcha escorregava pela lateral da cama. Havia uma tênue linha que o deixava imerso em sonhos e, ainda, ligado à realidade, não permitindo que sua consciência desligasse totalmente para descansar.

Assim passava todas as noites desde... bem, não se lembrava. Há tanto que seu corpo vivia pesado e sua cabeça alertava que não agüentaria. Todos os sinais claros: irritação, mau-humor, quietude, afastamento - tudo tão claro quanto o turvo de um pedaço de sonho. A clareza em si não era algo de relevância contestável. A imparcialidade com que ia sobrevivendo era maior, o grande incômodo. Sabia de sua necessidade física, mas a ignorava.

Não conseguia cortar a linha, não sabia nem por onde estava o seu sustento. Mas algo em si estava em paz, estava isento daquela preocupação. Algo inominável. Algo que nunca variava. As tantas noites em claro e escuro desligava um ponto importante. Algo que nunca se dissiparia.

No entanto, eram os sonhos que mais pesavam. O descaso com sua presença até na imaginação de sua mente, a constante presença daquela figura tida como erudita. E sempre o rosto virado, o não olhar longe - o quão de papel tudo aquilo parecia.

A pressa em dormir foi deslocada em pressa para deitar à cama, em abrir o livro e cansar as pálpebras. Mas nunca conseguiria desligar, não enquanto algo estivesse roubando as energias para se recompor - esse de extrema importância, podendo desequilibrar todo um corpo e sonhos, conseguindo toda a atenção que uma noite bem dormida resulta.

Nem à tarde, nem à noite, nem de manhã. A prisão de um ser, tão de papel quanto de aço - metaforicamente dramático como deve soar
.

1 espelho meu, papas na língua
Título: Abit Onus: peso acaba (pelo menos eu acho)
She´s not fine, you know?! She is there, staring at the same point for a long time and I could beg on she is not thinking about anything at all. Could you, please, just go there and tell her that you´re not angry about all the stuffs?! Could you once at least?

She was just wondering...

9 de novembro de 2009

it takes the one to have the other


Sempre chove quando a gente tá triste, ela pensou, cabisbaixa, sentindo o peso das mãos dele sobre seus ombros. Os carros passavam rápidos e com os faróis acesos, mas ninguém de fato se importava com os dois expectros naquele começo de noite. Os cabelos pretos e densos dele começavam a ceder pelo peso da água que se acumulava, e as roupas dela a grudarem ao corpo. Mas havia algo além daquilo tudo acontecendo, algo mais essencial.

Uma briga.

"Você ainda gosta dele", ele afirmou, sem a exclamação no final, e sim o pesar.

"Não". Soou fraco demais e demorou para sair de sua boca. Os olhos castanhos presos na boca do estômago dele, o rosto sem expressão. Não tinha vontade de expressar nada e nem de exigir por um abraço, por algum carinho.

Qualquer tipo de carinho.

"É só que..." que o quê?, pensou. Que ainda pensava nele cotidianamente? Que algo dentro de si simplesmente não permitia que as lembranças fossem embora? Que algo nela sabia que era consciente tudo aquilo?

"É só que você pensa nele mais do que devia". Ele tentou levantar o rosto dela com uma de suas mãos, mas não ousou. Se chovia e ela estava triste, então ela deveria ficar assim: presa em sua desistência.

"Não é isso... é só que... dói, sabe?! Dói saber que eu errei tanto com ele e que ele não está comigo". Quando as palavras escapam de sua boca, então tudo o que é dito é verdade. Sem pensar. Sem estar preparada. Era o que ele costumava dizer para contar a ela que não acreditava em nada que lhe dizia. "Dói ele não estar aqui comigo".

"Mas por que isso doi tanto?!".

Não era uma pergunta qualquer ou boba, como se ele não estivesse entendendo o que estava sendo dito, era apenas que ele a conhecia - e muito - e sabia que havia muitas coisas para serem tiradas daquelas palavras. E ele queria muito poder ajudá-la, poder aliviá-la, pois esta era sua necessidade naquele instante: ajudá-la e poder, assim, quem sabe, abrir um espaço maior para ele no coração dela.

"Me diga, por que é que dói tanto isso em você?"

"Porque

8 de novembro de 2009

pela última vez

Eu vi, entende?! Vi naqueles quinze segundos o que há muito não via. Foi uma troca de olhares, eu juro! E o maior pedido de desculpa.

Ela estava ali naquele meio, no meio daquela gente estranha, todos com a mesma camiseta, com os mesmos dizeres. Todos iguais. E ela estava ali, igual, mas a diferença era que estava de fato ali. Sem o medo de, num instante, dar de cara com ele. E não foi necessário um instante, mas quinze segundos para que isso acontecesse.

Eu vi quando ele a encontrou naquele lugar.

Não houve sorrisos, oi ou abraços. Nenhum dos dois se cumprimentaram, nenhum dos dois deu um passo a adiante para se aproximarem. Nada. Eles ficaram ali parados, e, por quinze segundos, eu vi os olhos dele, arregalados, a engolida em seco travada na garganta e um leve desespero de dizer alguma coisa para tirar aquilo do olhar dela.

Ele sempre gostara muito do olhar dela, sabe?! É como aqueles detalhes que fazem de uma pessoa muito especial, muito dela própria. O olhar dela era tão... tão... castanho, que as verdadeiras intenções sempre estavam ali, mas a voz, as palavras, as mãos, o cabelo distraíam para deixar intactas as verdades.

O olhar dela era especial.

Ela ficou presa. Eu notei. Presa em sua própria dor. As sobrancelhas moveram-se menos que um milímetro, mas se moveram, em direção ao cenho, as narinas tremuleram por menos de cinco segundos e os dentes se pressionaram, mutuamente. Ela estava contendo a sua própria mágoa. A mágoa com ele.

Ele sentiu isso - e ela não se importou. Levantou um pouco a cabeça e deixou a água invadir a visão. Apenas isso. Não houve uma única lágrima. Todas ficaram contidas em seus olhos castanho e a mágoa... a dor... a decepção... foram trocados pelo não-ato das mãos. Pelo não-balançar dos cabelos. Pelo calar das palavras.

E ele se perdeu em tudo isso e perdeu as verdades dos olhos dela. Abaixou a cabeça aos poucos, massageou as mãos, deu as costas, e saiu.

Ela havia mandado-o embora.



"o tempo pára quando fico ao seu lado...

pensa em mim que eu tô pensando em você"

5 de novembro de 2009

"O tempo que passamos juntos"

Havia algo nela que ele não conseguia entender. E não era o seu fascínio por motos, carros, futebol, mercado financeiro e as aulas de viola. Mesmo gostando muito dessas coisas, ela ainda era uma garota, de cabelos tratados, piercing e roupas femininas. Ela ainda era encantadora mesmo quando se perdia em assuntos de garotas.

E ele continuou sem entendê-la quando ela lhe segredou a respeito de um rapaz, mais velho quela, muito mais velho, na concepção dele - afinal, 6 anos fazia toda a diferença. E não entendia nada dela quando o assunto surgia e ela, sorridente, dizia que estava feliz, que cuidava mais do corpo, das unhas, dos fios de ponta dupla, que comprara um batom novo, um rímel, um vestido.

Um vestido.

Ela não gostava de vestidos.

Ele só foi entendê-la quando, de cima do altar, a viu, linda em sua grinalda e véu brancos, trocando alianças com o cara 6 anos mais velho. E entendeu que a havia perdido.

4 de novembro de 2009

duplamente importante


Naquela manhã de domingo, acordei já sabendo que não deveria ligar. As conjecturas já não estavam mais ao meu favor, mas eu tinha de estar linda e sorridente, feliz e alegre porque, afinal, antes de ser o aniversário dele, era o aniversário da minha melhor amiga.

Se pensei nele o dia inteiro? Seria hipócrita se dissesse que não, mas não fiz dele a minha prioridade. Lembro que eu ri bastante, teorizei sobre as letras das músicas sertanejas, não bebi muito, tirei milhares de fotos, falei das minhas manias, contei do meu final-de-semana, falei sobre a universidade, sobre tirar cnh, sobre como eu fazia com os cachos do meu cabelo.

Ok!, eu ri muito! Tanto que cheguei às 16:00h e só saí de lá às 21:00h.

E, ao ir embora, sabendo que faria uma parada em um barzinho onde meus outros amigos estavam, eu pensei nele e rezei, em silêncio, para que Deus tivesse dado a ele um dia muito gostoso e que todos os amigos dele estivessem ao seu redor. Pedi mesmo. E já fui pensando em como desejaria parabéns pelo orkut, na manhã seguinte, pedindo desculpa pelo atraso.

Pensei mesmo. 18 de outubro, até o ano passado, era uma data duplamente marcante para mim. Pela minha melhor amiga e pelo amor da minha vida. Mas veja como são as coisas. No ano anterior ele havia me feito prometer que no próximo - no caso, esse ano - eu estaria presente, que estaria ao lado dele. Eu prometi, sabendo que aquilo não duraria tanto tempo.

E quando entrei no barzinho junto com a minha prima, depois de um dia inteiro de churrasco, me deparei com ele, de novo.

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E só houve ele, e a ansiedade de saber como eu, por fim, o conheceria. Só poderia ser destino - quais seriam as minhas chances de reencontrar aquele moço de sorriso tão lindo, que todo mundo me disse ser de ooutra cidade, na semana seguinte àquela em que ele me encantou com aquele sorriso lindo?

Ninguém tira da minha cabeça que foi Deus que o mandou, em pleno dia 18 de outubro, depois de tantos pedidos meus para que Ele colocasse alguém na vida dele que fosse quem eu sempre quis ter sido e me deixasse feliz com isso. E ele esteve ali, me olhando, me sorrindo, me encantando e me fazendo esquecer que aquele dia era para ter sido, desde de muito cedo, duplamente especial.

E à meia noite, exatamente, nos despedidos, com um beijo na boca, com um abraço gostoso, com telefones trocados. E o dia 18 de outubro ficou duplamente especial para mim. O aniversário da minha melhor amiga e o dia em que eu o conheci.

3 de novembro de 2009

"Lucky I´m in love with my best friend"


Ele tinha me dito que a gente ia ser para sempre, sabe?!, como aqueles bons e velhos amigos que são chamados por tio/tia pelos filhos e que são tratados pela família como se fossem parentes. Ele era divertido e ele adorava me dizer que se era assim era porque eu o fazia divertido. Concordava, sempre, pois eu sempre seria a mais divertida. As coisas engraçadas e absurdas aconteciam sempre comigo, ele estando junto ou não. E ele adorava quando eu tomava a liberdade de aumentar o volume do som do carro e escolhia a música que eu mais gostava de ouvir.

E a gente seguia cantando, com toda a potência de nossos pulmões, e fazíamos a maior farra. Carro estacionado no posto onde a galera se reunia antes da balada, e a gente cantando, segurando um cabo de vassoura roubado da dispensa e uma garrafa de cerveja na outra - e a gente sempre, sempre, compartilhava a garrafa. E os nossos amigos se animavam e cantavam alto comigo, com ele, com nós dois. E os nossos amigos davam risada e distribuiam sorrisos, e todos pareciam felizes.

Todos estavam felizes.

E a gente era amigo. Um do outro. Outro do um. Sempre. Depois da festa, da balada, ele me levava embora como prometera para minha mãe, e fazia questão de sempre me olhar um pouco cansado, dar um beijo na minha testa, desejar uma boa dormida e prometer que me ligaria dali algumas horas para combinarmos algo para fazer. E a gente sempre fazia. Ele me ligava, me acordando, como sempre, e dizia estou afim de conversa fora hoje; vamos sentar num bar e daqui meia hora estou passando aí. Ele sabia que gostava de acordar, tomar um banho e fazer as coisas sem pressa... e ele acabava demorando duas horas ou três pelo gosto de me ver ligando louca atrás dele.

E eu achava tudo isso divertido, porque a gente era amigo.

Ele comentava das meninas e eu falava dos homens... a diferença era sempre que os meus eram homens, mais velhos, com outro assunto, com outra postura. Ele dizia a respeito de meninas, da minha idade e que não gostavam de mim. Nunca liguei para esse fato, para ser franca, afinal, desde que você não termine a nossa amizade por causa de uma namoradinha que me odeie. E ele ria alto, bagunçava meu cabelo, me abraçava e dizia que o término da amizade seria outro e não uma briga ou um namorado enciumado.

E eu acreditava, vendo que não haveria nenhum outro motivo para a amizade terminar. Ele e eu éramos parceiros, amigos, confidentes. Ele, três anos a mais que eu, e eu, sua confidente em potencial. Dormíamos escorados um no outro quando o filme era chato, comíamos pipocas de jeitos diferentes, mas dava certo. Eu gostava das últimas e do sal que ficava e ele adorava as primeiras e com muito sal. Ele gostava de sertanejo e eu também, mas ele da moda de viola e eu, universitário. Aprendemos a gostar do gosto do outro com a convivência, com os telefonemas em madrugadas de insônia e do ciúme que às vezes surgia.

Ele era o meu complemento. E ele me fazia muito bem. Tão bem que achei que não precisava de mais ninguém na minha vida para me sentir completa. Eu tinha um amigo de verdade, uma pessoa que eu amava e que me amava.

Eu achava que a gente tinha a mais linda amizade de todas. Até eu entender que aqueles minutos em silêncio no carro depois da noitada era o momento em que ele se concentrava nas palavras árduas que queria me dizer. O momento em que ele pedia, baixinho, para Deus, que eu dormisse pensando nele e acordasse assim, pensando nele. O momento em que se perguntava o por quê de não ter sido o meu escolhido naquela noite e o que faltava para tudo aquilo virar pure amour.

Até eu entender que a felicidade dele estava entrelaçada comigo...

E aí eu notei, senti, que os meus filhos nunca poderiam chamá-lo de tio. Uma vez que não dá para ser pai e tio.

E numa noite, após cantarmos junto, bebido poucas, termos nos divertido com nossos amigos, ele me deixou em casa e ficou cinco minutos quieto. E eu também, olhando para ele, decorando os traços de cor indefinidas dos olhos dele e sorri, abertamente, amplamente, sinceramente e esperançosamente. E ele continuou quieto, ligou o carro de novo e, ao chegar na casa dele, pediu para a mãe colocar dois colchões na sala.

A gente dormiu escorado um no outro, quietos, sonolentos, sem nenhuma vontade real de dormir. Mas dormimos. E, ao acordar, com o Sol a nos esquentar na sala de estar dele, estávamos abraçados e ele me deu um beijo na testa, desejou boa dormida e me disse que ligaria para fazermos algo.







E me beijou à boca.






E me abraçou.






E me disse que era exatamente assim que ele idealizava naqueles cinco minutos iniciais.
E me beijou.

1 de novembro de 2009



this was our way for everything

30 de outubro de 2009

not freak out now


A pose dela agora seria uma ótima fotografia, de solidão, de ócio ou até mesmo autismo, em sua definição social - e não patológica. Ela estava sentada sobre o colchão de casal dobrado, no meio daquela saleta sem muitos móveis, perto da bicicleta ergométrica inutilizada há anos, perto da imensa janela que se abria para uma minúscula varanda em um apartamento no 9º andar.

É, seria uma bela foto de solidão.

A Beautifull Mess tocando um pouco mais alto que as normas do prédio permitiam, os cabelos molhados, os cachos ainda a se formarem, o barulho da cidade atravessando os vidros da janela, um Sol tímido a se espreguiçar tardio às 10:38 da manhã de uma sexta-feira. E ela quieta, sozinha, diante da televisão desligada, diante do móvel da sala ainda um pouco limpo.

É, seria uma ótima foto de ócio.

O celular ao seu lado, quieto, como sempre deveria ser nesses horários, as pantufas vermelhas, pretas e brancas jogadas entre o móvel e o colchão, as pernas cruzadas, e o pensamento na aposta que graças a Deus não fizera na noite anterior e na liderança do campeonato brasileiro. Nem acreditava que em fração de minutos o Palmeiras laçou três gols contra o Goiás. Isso daria muitas discussões no próximo domingo...

Seria uma foto de autismo.

O mundo corria lá fora e ela nem ousava mexer as pernas para mudar de posição em relação ao fino e frio vento que adentrava a janela. E ela nem notara que a música terminou, que o vento aumentou e que o tempo passou.

Ela só está na inércia do domingo chegar para poder abraçá-lo.

25 de outubro de 2009

ela me perguntou, no exato momento em que declarei que talvez estivesse a gostar dele, se ele não era uma válvula de escape. confesso que fiquei impressionada com a velocidade em que respondi não.

o outro. há tempo que o outro não passava pela minha cabeça de forma tão simples quanto naquele momento em que parei para ver se de fato não era uma válvula de escape. e notei que estava certa em minha resposta.

depois do outro, os outros que surgiram não me faziam absorta como ele estava fazendo no agora. talvez a diferença estivesse naquele sorriso largo ou naquele par de olhos castanhos. sempre castanhos. mas, no fundo, não importava o que, o por que e o - principal - como. nada importava.

nada importa...

... quando a pulsação aumenta, o rosto fica corado, a boca forma sorrisos a serem doados, tudo fica em silêncio e com aquele deslizar de dedos pelo braço nasce um arrepio e uma vontade de abraçar e nunca mais querer sair dali.

nada importa.

quando há o choque de quente e gelado, uma respiração mais profunda perto do ouvido... e um belo sorriso.

"everything will be fine
everything in no time at all"

20 de outubro de 2009

é como dizem: você não é nada até que precisem de você. e eu me tornei muita coisa - senão tudo! - para quem é tudo para mim. não importa quem eu sou, mas o quão bem ao meu lado você está.
eu coleciono amigos e a minha vida transpira paixão e festa. o resto? o resto é descartável.
você diz que se encantou comigo, com o meu olhar. que nunca se deparou com um par de olhos castanhos tão intensos e enigmáticos como os meus, e que sente falta de olhá-los por um tempo que seja longo o suficiente para decifrá-los.

e eu adorei isso.

você não disse que tava com saudade do meu beijo, dos meus abraços, mas do meu olhar. o olhar que eu te lancei quando pediu meu celular, o olhar que você disse que era diferente e não soube explicar.

eu adorei.

e adoro acordar com você na minha cabeça.
Ele tem aquele sorriso - o mais bonito que já presenciei. É largo, branco, simétrico. Expansivo, chamativo; ressaca. Convidativo, focado, artístico.
O sorriso mais lindo que já vi.

17 de outubro de 2009

as God said

por volta de uns dez dias eu devo ter rezado para que alguém aparecesse e agisse de acordo com o esperado. e aí eu saberia que eu estava bem, que as coisas estavam encaminhados como queria, e assim, então, por conclusão, eu sorria em paz.
esse alguém aparenta ter surgido e, mesmo com todas as controvérsias, com todos os nãos que eu disse a mim mesma, não tá acalmando. não me é apaziguador. não me deixa feliz.


em todos os pedidos, em todas as crenças, em todas as vezes que apertei os olhos para pôr toda a minha fé, no fundo - no fundo mesmo! - era um pedido egoísta. que esta pessoa sempre fosse a mim. e ninguém mais.


E aí ela fechou o livro, abandonou a caneta e olhou seu reflexo no vidro da janela. Tinha uma ou outra marca de sorriso no rosto. Deveria intensificá-las mais.


Gabriel *.*

E ele tem de ser assim, lindinho.

(será que quem lê isso acha que eu estou grávida?! GALËRE: NÃO ESTOU, OK?!)


acho que até que gosto de astrologia :D

14 de outubro de 2009

às vezes eu minto para ver se meu poder de persuasão é bom para comigo mesma.
às vezes é.


Estou com essa mania, de fotografar (ou tirar fotos, porque isso está longe de fotografar) os crepúsculos.

Fotos pelo celular mesmo.

13 de outubro de 2009



porque, além da fantasia do homem-aranha, o Gabriel vai ter todas as fantasias que ele quiser (e que eu quiser também).

12 de outubro de 2009


Por meio mísero segundo eu achei e concordei com todos os argumentos que surgiram em minha cabeça de que tudo aquilo seria divertido. Agora estou a me perguntar como me deixei levar por estes pensamentos. Talvez seja porque algo dentro de mim queria muito que isso acontecesse, e, claro, quando aconteceu... não chegou nem perto do que eu sonhava que seria.

As idéias são perfeitas por algum motivo, e o motivo é que somente nelas está realizado o que se quer. Eu deveria ter ficado com a idéia, com a ilusão e com o sonho. Deveria ter deixado tudo de lado quando o primeiro a não saiu de acordo. Deveria ter levantado da cadeira e ter ido embora; deveria ter sido forte para refutar aquela degradação de mim mesma.

Meia força de vontade para me fazer certa a ir embora.

E eu não tive.

Cansaço é o que se prossegue. Cansaço de fazer pose.

Eu não falo sobre a minha vida, sobre as minhas preferências. Não falo sobre as minhas opiniões... As pessoa têm a irritante mania de me chamarem de petulante, arrogante. A irritante mania de me olharem com medo, receio, nariz empinado. Ou de nem me olharem. De nem me darem a chance de contar o que eu quero. Contar que eu leio. Escrevo. Penso.

Ninguém me dá a chance de mostrar algo que realmente seja idiossincrático a mim.

11 de outubro de 2009

rescue me



"Do you?".

That was his question to me. I didn´t understand... what the hell did he want to know about me?

"Of course".

tá complicado.

toda vez que eu saio eu me sinto um lixo. um nada. como peão de tabuleiro de xadrez. não é muita coisa em jogo até que se atravesse o tabuleiro. eu me sinto fora, por fora, longe... incapaz de continuar, de flertar, de me estabelecer. Incapaz, totalmente, de tentar ser alguém.

tá complicado.

eu não me sinto mais linda, poderosa. não. nenhum pouco. só consigo olhar no espelho e ver o que acumula no meu abdomen, e isso vai me matar. já está. eu tenho vontade de nunca mais sair, de nunca mais acordar, de nunca mais continuar. Até mesmo de tentar.

tá complicado.

10 de outubro de 2009

don´t get worried about me
tonight I have to be free

9 de outubro de 2009

O fim da briga

Quando a noite aparece, as pessoa começam a se produzirem e a telefonarem para seus amigos. Afinal, a noite de sexta-feira é sagrada, é única. O tipo de noite da semana em que o céu é mais mágico e os sorrisos mais sinceros. Ou não.
É a noite em que o libido afloresce, em que os olhos chamam a atenção e a inibição é descartada. É a única noite em que todo mundo é de ninguém, mas alguém será o escolhido para ser a pessoa. Pelo menos naquele instante.

E é assim, diante deste tipo de noite, que eu a observei - de longe. Ela não estava vestida para uma noite de sexta-feira. Dava para perceber que estava cansada e que acabara de chegar da outra cidade em que estuda. O tênis branco nos pés, com a calça jeans surrada, a blusa preta por cima e os cabelos ao vento. De cara lavada, sem maquiagem, sem olhos pintados. Sem vontade.
Pararam ali, as duas primas, porque a loura quis. Dava para perceber. O moço que ela gostava fazia-se presente no recinto.

Só que a morena, de cabelos ao relento, não quis. Ou até quis, mas não admitiria com essa facilidade. A questão não era quem ela gostava, mas quem ela travava uma luta interna, para descobrir se o amava ou se apreciava.
Elas conversavam com os amigos tranquilamente, e a morena dava risada, se divertia, entretinha. Só que... só que eu via, entende?! Via que ela estava deslocada, nenhum pouco interessada. O sexy appeal que sentia pelo moço de sua roda de amigos fora reduzido a nada quando percebeu o que não queria: ele não estava afim dela. Ele estava a ignorando. Ele estava fingindo perfeitamente que ela não existia.

E eu vi que doeu. Que doía. It has been hurting.

E a briga acabou. Apreciava e não queria ele longe de sua vida... queria seu amigo de volta.

Pelos olhos baixos, o sorriso um pouco maior e a vontade de interagir mais me fizeram crer que, naquele instante, então, ela desistira e decidira por seguir a vida. Mesmo na infelicidade de não tê-lo.






E é assim que eu encerro a tag Caio neste blog. E é assim que eu encerro a história do Caio na minha vida. Está decidido.

8 de outubro de 2009

comentário da noite: o chuchu ficou mole, só a casca dele que não.

7 de outubro de 2009

Medo de Perder


O texto que eu coloco aqui explica o post anterior. Estou colocando aqui pelo medo de que aconteça algo com o pc e eu o perca. E isso eu não posso.

Eu tenho de escrever às escondidas, não posso me expor. Quando todo mundo pensa que você é só mais um cara que passou, eu concordo crente que é o único que ficou.

Obrigada pelos parabéns, de verdade. Com exceção aos dos meus amigos, o único que me importa é o seu... sei lá, eu te vi no rodeio hoje, vi você lindo com o seu chapéu, sua camisa, sua bota... e você é o único peão naquele lugar, em qualquer lugar. No meu coração. O único homem... o único consegue, mesmo de longe, me desestabilizar e me fazer perder a pose. A pose de desinteressada, de desapegada. Como eu me apaguei a você... de tal forma que achei que era impossível. E não falo pelos fatos, mas sentimentos... eu quero te encontrar de novo. Quero te ver de perto, sentir seu cheiro e decorar cada um dos risquinhos dos seus olhos castanhos. De um tom mais claro que os meus. Quero sentir você em mim, comigo... quero dar risada com você, beijar a boca como há muito não consigo fazer.

Hoje fez 1 anos que a gente se conheceu.

1 ano que minha vida mudou... um ano que eu espero ter mudado um pouquinho a sua vida... ah!, Coração, se você pudesse me entender, se você pudesse resgatar metade dos sentimentos que você sentia por mim... se você pudesse me dar a chance de provar que eu mudei e que a gente poderia ficar juntos de novo... é a única coisa que me faz ficar acordada até tarde, pedindo a Deus, humildemente, que você esteja ainda no meu destino. Ou eu no seu. Pedindo a Ele que te proteja e cuide de você melhor do que eu fiz.

Quando eu te vi hoje, tive vontade de sair correndo, te abraçar muito forte e gritar para todo mundo que ninguém vai tentar ser mais perfeita para você do que eu. Ao meu modo, claro, afinal, não posso moldar carateres para ser uma pessoa perfeita... e você, melhor do que ninguém, sabe que eu não sou perfeita. E a única coisa que me impediu de fazer essa loucura foi a impulsividade. Eu carrego em mim por todos os dias por livre espontânea vontade o amargo arrependimento de todo o mal que eu te fiz...

Porque assim sempre vou saber que quem estragou tudo fui eu, que quem me tirou daquele Paraíso foi unicamente eu... e quem todas as noites fecha os olhos e lembra daqueles belos dias, daquelas tardes de sábado em que você me ligava, das mensagens que eu te escrevia, das conversas no msn, do ciuminho que eu sentia, e que o único que era capaz de transformar meu dia em pura felicidade era (é) você, sou eu. Quem resgata tudo isso é porque não dá simplesmente para esquecer, sabe... você está carimbado, cravado, ferrado em mim. Por tudo o que me causou. Por toda aquela explosão de sentimentos que guardo somente por você. Ninguém me mexeu mais que você. Ninguém me foi tão especial. Ninguém chegou tão perto de conhecer a verdadeira pessoa que eu sou, de saber como sou eu sem as armaduras. Você me tinha por completa. E eu não cobrava nada em troca... me bastava saber que, às vezes, eu era a dona dos seus sorrisos, olhares e até tesão. No às vezes, Coração, eu me fazia eternamente feliz.

Você me fazia eternamente feliz. Era isso que funcionava, não era?! Me diz, por favor, e não ignore essa parte: como eu fui tão má com você?! Como eu me deixei ser tão impulsiva, tão desconcentrada... como eu acabei com tudo o que você sentia por mim?!

Você é a pessoa mais especial para mim. A única que rouba minha sanidade. Minha criatividade. A única que me move. E eu nunca me doei tanto assim por alguém... e nunca me senti feliz por causa disso.

Eu não estou pedindo para que de uma hora para outra você acorde numa manhã bonita e diga que gosta de mim... Mas que você acorde numa manhã e lembre de mim. Que acorde numa outra manhã e se lembre de mim de novo, e de novo, e de novo... eu tô pedindo por uma 2ª chance, a última para tentar resgatar as coisas boas. Uma chance para que você sinta a minha falta, uma veizinha que seja. A 2º chance, às escondidas, para cuidar de você de vez em quando, te fazer cafuné, te fazer sorrir, te fazer mais uma vez a pessoa mais importante da minha vida. E dane-se os outros.

Dane-se quem não acredita que a gente não é compatível. Mas não posso ignorar meus tremores, meu calor, minha vontade de distribuir sorrisos ao mundo quando sinto você por perto. Não posso apenas ignorar que meu coração vai saltar pela boca quando seu perfume vem à lembrança, quando cada marca do seu corpo esteve junto do meu. Não posso ignorar que você me fez completa... e espero do fundo do meu coração que eu também o tenha feito completo algumas vezes.

Você é a minha inspiração, o meu bem-querer... a pessoa que me mudou, que mudou minha vida, meu jeito de ser, pensar e até de ver as coisas. Você me fez tão melhor...

Você sempre me fez uma pergunta: o quanto eu gosto de você. Se lembra?! Eu não consigo pensar em nada que chegue perto do quanto eu gosto de você. Não consigo enxergar nada nesse mundo que se aproxime um pouco da imensidão desse sentimento por você... mas se houvesse um meio de provar, um meio de você entender que estou disposta a passar por cima do meu orgulho, do meu ciúme, do medo...

Uma prova que pudesse te fazer enxergar a mesma garota que você viu naqueles dias... aquela menina tímida, descobrindo o que é estar com alguém de quem se gosta, descobrindo o que é estar completamente apaixonada por uma pessoa tão diferente dela... aquela menina que se perguntava como poderia alguém ser tão maravilhoso diante dos seus olhos... aquela menina está aqui. Sou eu. Um pouco mais armada, verdade, mas com a mesma sensibilidade. Sou eu. Ela tá aqui, te esperando... e não deixando que ninguém mexa nela. Eu pertenço somente a você. E não tenho pressa nenhuma em te mostrar isso, em tentar de conquistar uma 2ª vez... Ela está aqui, sensível, chorona, tímida e brincalhona. Eu estou aqui para sorrir para você, te abraçar, te beijar, te deixar louco.

Uma 2ª chance, quando você acreditar que eu mereço e acreditar na minha completa sinceridade. Só não pessa para eu me afastar, porque daí você vai me esquecer e esquecer de uma pessoa que nutre o mais lindo dos sentimentos por você.
o que fode a minha vida gostosamente é eu oferecer atenção para alguém, da forma mais bonita que conheço, e ela, sutilemente, me mandar tomar no cu em silêncio.

6 de outubro de 2009

eu tenho de contar uma verdade para vocês: depois que me disseram que eu havia mexido de uma forma diferente com o Caio, tentei me reaproximar dele. Eu já contei aqui que estava tendo um sentimento mais fraterno por ele, só que, pô, não, sabe?! Não dá para fingir que ele não me fez feliz, não dá para fingir que o químico-físico entre a gente era perfeita sintonia.

Não dá para simplesmente apagar as coisas de errado que eu fiz e que estragou toda a minha felicidade.

Lembro que aqui escrevi, na época, coisas horríveis, como se ele tivesse culpa total - quando nnão teve - do que aconteceu... e hoje, meses depois, perto de reaviver todas as datas bonitas, a única coisa que me martela costantemente antes e durante o sono (sim, durante o sono), é aquele tapa.

Puta-que-o-pariu! Quem me conhece sabe que eu jamais agiria assim em sã consciência. Quem me conhece sabe que eu nunca teria feito isso... mas o ódio me moveu. E me arrependo dia após dia desse ato e peço a Deus, incessantemente, que me ilumine para encontrar um meio de ser perdoada.

Nos meus 18 anos aconteceram muita coisa - e quando digo muita, eu de fato quero dizer isso - e a principal dela é que não sou nem criança e nem mulher ainda (e que tenho de voltar para academia urgentemente), e que aprendi que é melhor amar de forma rápida do que não amar - ou amar depois que tudo acabou. E que conseguir o perdão de uma pessoa não é tão simples assim. Tem muita coisa embutida nesse ato.

E descobri que tenho uma tendência mortal e cruel de tirar com a cara dos outros. Principalmente em âmbitos de amizades masculinas (apesar de às vezes ficar com um pouco de pena, Edu, continuarei zuando sua cornice até o fim dos tempos). Mas eu tiro até com a mãe da minha amiga 0.o foda.

Mas é isso, comecei falando do Caio e terminei com a cornice do Eduardo... acontece.

do you remember when I have told you I would be here forever?!
I cannot do it anymore.

baloons and fights

Está chovendo, ela diz, olhando para o céu que ainda lança o primeiro pingo. Sempre chove, não é mesmo?!
Ela tem uma percepção diferente; é um tipo de ser humano que não vive das ações, mas do que entende a sua volta. Ela não precisa agir, apenas sentir, e ela sempre sentiu muito bem o meu humor. Os meus pensamentos. E o faz agora, de novo.
É como se algo maior adivinhasse que você precisa da chuva para sentir a sua nostalgia. Eu a olho e tenho vontade de bater naquele rostinho celestial. Por que você acha que eu estou nostalgica?! Estou ótima hoje.
Ela solta aquela risada para mim e eu fico sem graça. É sempre assim.
Você é muito bobinha... desde quando nostalgia é ruim?! Se você sente falta é porque foi bom, não é?! Não sei, respondo... Parece-me que sentir falta no hoje é sinal de que nada está bem, como se o passado tivesse sido melhor.
Ela ri. De novo.
Claro que o passado foi melhor! O passado você sabe como foi, mas no agora você não tem nem idéia de como proceder. Hoje você pode estar tão bem como antes só que ainda não sabe, porque isso daqui ainda é presente e você só vai entendê-lo quando for passado. E será este o momento o motivo das suas nostalgias futuras.
Eu deito no chão, com os braços apoiando a cabeça e sinto os pingos sobre o rosto.
Mas isso me soa como se eu sempre vivesse do passado, respondo.
Mas a gente sempre vive do passado. Não somos os presentes, mas o que fizemos no antes. Um prédio só é um prédio despois de construído, oras.
Fico quieta.
Sempre fico.
Sinal da nostalgia.
Deus sempre manda as gotas que você precisa. Ela diz, depois de um tempo calada.
Você acredita que talvez haja um Deus? Ela sorri. Eu saio ganhando acreditando. Se não existir e eu não acreditar, fico na mesma. Se não existir e eu acreditar, em nada a minha crença me afeta. Se existir e eu acreditar, saio ganhando. Se existir e eu não acreditar, saio perdendo. Na única hipótese em que perco é caso ele exista e eu não acreditar... por que escolher a menor das probabilidades se ganho em 75%?!
Mas uma dessas escolhas é se Ele não existir e você não acreditar.
Essa possibilidade não existe. Para que eu dizer que não acredito numa coisa se ela não existe mesmo? É um ciclo vicioso. É o mesmo que você sair por aí eu não acredito em cavalos roxos, de olhos grandes, com aspectos dragonianos e chifres de uma vaca. Todo mundo sabe que esse treco não existe...

E a chuva continua a cair.