26 de dezembro de 2014

Abaixa a sua bola que eu não caio nessas suas armadilhas.
Abaixa o seu nariz que as suas palavras sempre soaram camufladas para mim
- e,
por favor,
pelo seu bem e pelo meu,
não direcione qualquer julgamento.

Você não
tem nada haver com os fatos,
com as ideias e
nem direito algum de levantar suposições.

Não sei o que foi.
Não sei se foi assim,
se foi assado,
se foi Deus.

Não engulo,
não digiro,
não vou ser companheiro.

Ao meu lado não tem espaço mais.

Acabou
- e faz tempo.

Vire as costas
 e segue seu rumo
 bem longe de mim.

14 de dezembro de 2014

Deixe-me esclarecer uma coisa antes de continuar com essa falação toda:

eu fechei a porta.

Quando saí por ela, não a deixei aberta para que todos possam entrar e sair ou ficar parados no batente dela. Eu fechei. Ninguém sai. Tão menos entra - e já impossibilitei a terceira opção. E, para ser extremamente sincera, não fechei ninguém para dentro: deixei a todos do lado de fora, e ali permanecerão enquanto eu quiser.

Não deixarei ninguém invadir meu espaço e nem me forçar a sair dele. Eu prezo ele. Eu gosto. Eu protejo. Eu mordo. Luto com unhas e dentes e olhares malignos.


Ninguém entra, ninguém mais sai.

1 de dezembro de 2014

Dear,

tem todos esses pores do Sol que presenciamos.
(Cada qual de seu lugar.
Cada qual do seu).

Temos todas essas coragem, de correr um longe do outro,
nesse eterno pega-pega de olhos vedados.
(E vamos correr ainda mais,
porque minhas aguentam.
As suas são mais compridas).

O que faremos quando acabar?
O que será de nós quando nos alcançarmos?
O que seria de nós
se nada disso nunca tivesse acontecido 
(Necessidade)?

De desespero.
De um amor.
De um olho coberto (por uma árvore, um vento, um sopro e uma folha).
De um. Ao outro. Reto. Quieto. Casual.

Tem Sol aí?
Aqui tátudo iluminado.
Tátudo coberto de nós.

Vem aqui ver.

Ain´t nothing here to "all in"

Vamos fazer isso direito.

Você precisa deixar que eu entre, domine e te faça meu império particular. Não temos outra opção caso realmente queira que as coisas aconteçam de forma linear e correta. Você precisa me deixar tomar essas rédeas e, aí, você dorme. Deita a cabecinha no travesseirinho e dorme.
Eu sou o melhor para este cargo, e a frieza pode enxergar muito além. Vamos deixar a paixão de lado por um segundo e olhar somente os fatos, sem esse brilho excessivo da concorrência (que, verdade seja dita, me enjoa). Vamos analisar tudo pela probabilidade, aumentar a aposta quando for conveniente e sem causar qualquer expressão facial de euforia para não estragar a rodada.
Esse sorriso nunca é bom. Você precisa se despir dessa ansiedade e dessa vontade tempestuosa de querer ser sempre a mais limpa das verdades.

Isso estraga o charme.
Estraga a brincadeira.
Rompe as estratégias.

Seremos, a partir daqui, um único profissional, unidos e sob o meu comando.

Isso. Obrigado por me deixar entrar. Agora vamos às cartas.