17 de dezembro de 2009

talking to yourself

Então, o que eu faço agora? Como eu supero tudo isso da maneira como você fez, simplesmente não se importando com o que tinha acontecido? Você me disse, uma vez, que havia uma notória diferença entre sofrer por amor aos 16/17 e aos 22, então, qual é?! Estou tentando ver qual é, mas sozinho não consegui.
Eu respondo, clara e calmamente. A diferença consiste em você já se conhecer mais, estar mais velho e ter outras preocupações mais relevantes. Você não pode mais se dar ao luxo de amargurar essa perda por um dia inteiro. Hoje você tem uma empresa para empurrar, um trabalho para manter e um salário no fim do mês para receber. Você tem amigos que te cobram a companhia no final da semana, uma família que exige suas responsabilidades e seu labor, além da vida que, de agora em diante, você tem de tocar sozinho.
E como foi com você? Como é sofrer por amor aos 18?
Eu não sei. Eu não sofri. Só fiquei analisando as coisas de um modo impessoal. Mas acho que, nessa idade, você quer estar feliz para quaisquer fins. Chega um momento em que você se engana e entra nisso por inércia.
E você fez isso, certo?
Não.


Eu me persuadi.

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