25 de novembro de 2008

Um pedido Inusitado

No momento o que eu mais preciso é de uma seringa grossa, capaz de chegar até meu cérebro para depois retirar todos os meus pensamentos da minha cabeça. E se essa mesma seringa fosse capaz de encontrar minha pineal, sim, adoraria que ela desconectasse minha alma de minha razão.
Adoraria não pensar por apenas 30 min. Adoraria.
Apenas isso.

24 de novembro de 2008

Dominique

O estranho é pensar que podemos controlar nossa maneira de pensar. Foi isso o que eu decidi desde de ontem à noite, quando de fato percebi que você mudou de postura comigo. Não são só as palavras que não são mais ditas, mas a mudança delas, o não agrado... você como um todo.
De todas as formas tentei ser racional, mas dei vazão ao lado sentimental que eu não sabia que tinha. E descobrí-lo não foi um triunfo, mas um martírio. Eu não sei dizer por que sofri ou por que chorei. Na verdade, agora, acho tudo muito infantil e inútil. Apaixonar-se é inútil. Por isso resolvi mudar.
Decidi que você não entrou em meu coração e decidi que não vai mais domar minha cabeça. Decidi que não vou mais me preocupar com você e que, caso a gente se afaste, não vou ficar pensando no que deveria ter feito para o contrário - porque eu vou saber perfeitamente que você não fez nada para que isso não fosse inevitável.
Sim, vou jogar toda a culpa nas suas costas - e irei me livrar de todas.
Decidi que a minha política de desapego será a melhor. Que pouco vou me importar se você me ligar ou não, se me quer por perto ou não, se vai mentir ou não. Mas me entristece pensar que até o seu tom de voz mudou.
Só que não vou mais me importar. Você não merece mais que isso; apenas o meu não-me-importar já será o bastante. E você vai sentir falta, tenho certeza, mas será orgulhoso o bastante para não dizê-lo - até ficarmos sem um ao outro.
Decidi que vou mandar em mim.

22 de novembro de 2008

O sentimentalismo acaba com uma pessoa. Eu sempre soube disso, por isso optei, para todos os fins, agir de acordo com a razão. Sentimentos expõem suas fraquezas - e somente elas. E fraqueza apenas degride a imagem de uma pessoa.
Insegurança. Medos. Receios. Loucuras.
E todas essas pequenas coisas não são racionais.
O sentimentalismo é a carne viva do ser humano.

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21 de novembro de 2008

Just a little more about tennis

Acontece que assim ó: Rafael Nadal não está mais em campanha porque está com dores no joelho e ninguém sabe a gravidade disso. Dizem até que talvez ocorra uma aposentadoria precoce. Nem preciso mencionar que essa parte em pouco me agrada.
Durante a Master Cup em Xangai, eu queria muito ter visto o Federer vencedor, mas dores nas costas podem complicar e muito a vida de um tenista - essas dores vinham desde de sua desistência em Paris.
Novak Djokovic ganhou a Master Cup e está muito, mas muuuuuuuuuito perto de ser o número 2 - e isso implica diretamente numa caída de Federer.
Tsonga foi quem venceu o Master Series de Paris, mas caiu rapidamente na Cup.
a Jankovic ganhou em Doha, sendo a número um do ranking de entrada feminino.

Agora está passando a final da Copa Davis na TV. Del Potro e Verdasco (acho). Mas eu não quero mais assistir a. Sei lá... entrei em estado de desânimo total. A única coisa que me anima é sair ;D Mas nem todo mundo tem 18 anos.

19 de novembro de 2008

Eu não aguento mais.
Não aguento deixar você a vontade, não aguento deixar você sem pressão. Não aguento tentar ser perfeita e não sentir nada em troca; ouvir as pessoas me perguntarem po que tenho estado tão abatida, triste, magoada...
Por quê? Porque eu preciso mais de você do que você de mim, porque eu me habituei a te ter perto de mim e a não ter nada em troca. Não falo de beijos e nem de carícias; falo de abraços e de carinho.
Você não me dá carinho.

18 de novembro de 2008

Vou contar tudo o que os seus olhos não podem ver.
O esquema começa quando você me liga. Não sei se devo atender ao primeiro toque ou deixá-lo esperando um pouco. O que acontece na maioria dos casos é de eu não conseguir ler seu nome do identificador (ou porque está muito escuro ou muito claro).
E quando você me liga, ainda fico nervosa e eufórica; medo de minha voz falhar ou da ligação cair. Ou de você não querer falar.
O fato é que eu gosto da sua voz; é diferente. E conforme você conversa, imagino como seu corpo deve estar, como suas mãos gesticulam ou como você para e olha um ponto fixo.
E então vem quando a gente se encontra.
Eu não sei se devo cumprimentá-lo: se com um selinho ou com um abraço. Não sei se devo entrelaçar meus dedos aos seus, se devo cobri-lo de beijos ou apenas olhá-lo com um sorriso, terno e carinhoso.
E então há quando você me olha.
A minha vontade é de sempre perguntar o que se passa na sua cabeça, no que está pensando. Posso até imaginar o que seja, mas a vontade de ter certeza é freada com o medo de ser inconviniente. Creio que se você mentir, não olhará em meus olhos. Prefiro não perguntar.
E tem quando você me abraça, laça-me pela cintura e aproxima-me de você. E aí, meu peão, eu não sei o que fazer. Não sei o que acontece com a minha razão, com a minha clareza de pensamento, minhas vontades. Só sei que, quando faz isso, sinto que você me quer - e a vontade de perguntar se gosta de fato de mim se perde na garganta enquanto o desejo descontrolado de beijá-lo à boca se apossa de mim.
E também há quando você me chama de anjo - em raros momentos, é verdade.
Esse é o mais fácil de explicar o que acontece: sobe um arrpeio pela espinha e meu coração acelera.
É a mesma sensação de quando eu chamo de minha paixão ou meu peão?
Creio que não.
E só existe mais um ponto a ser analisado - e que deve ser o mais misterioso para você. O momento anterior àquele que lhe escrevo uma mensagem.
Esse é delicado.
Encontrar palavras não é fácil - pois o assunto é sempre o mesmo e posso cair na mesmice de usar as mesmas palavras, tornando tudo repetitivo, e clichê. Eu não gosto de clichês.
Às vezes, é verdade, eu perco a inspiração e o texto fica composto por um "bom dia" e "beijos do seu anjo". Isso me cansa, me desanima, mas mando. Devo desculpas por isso - mas não as pesso. É o que tenho a oferecer nesses momentos. Mas, geralmente, eu tenho de formular a mensagem perfeita para ser apenas uma por dia. Mais que isso é obsessão.
Em alguns momentos, sei que consigo o que quero, no entanto, em outros, a certeza desaparece e eu me desespero. Não me descontrolo, perceba; apenas me desespero por não ter consigo encontrar o que queria lhe dizer. Eu me sinto diminuta por não manter uma constância.
E se eu faltar um dia? Você vai notar? Vai cobrar? Não sei se gostaria de ter a resposta.
Ah!, claro, tem os momentos da internet - para mim, os mais delicados.
Quem deve começar a conversa? Quem deve dar o primeiro oi? Para mim, teria de sempre ser você, afinal, já tem as suas provas quanto a eu gostar de você. Mas eu não tenho nenhuma de que você ainda goste de mim - principalmente depois de ter lhe mostrado tanta fragilidade (aliás, devo agradecer pelo ocorrido na última semana. Sem ele, não teria colocado a cabeça no lugar e raciocinado sobre a situação. Obrigada ;D )

É mais complexo do que você imaginava, certo?
Beijo.

17 de novembro de 2008

sem mais lará-lará

I don't like you.
I even dislike the way you act with me.You don't say you need me anymore, you don't call me as your angel anymore. I know actually what happened to us: when you kiss me, you have a body, and when I kiss you, I have a heart. If you don't want anymore, please, just tell me and I'm going to push me away.
No bad feelings.
No excuses.
Just you without me.

15 de novembro de 2008

Ciúmes.
Dói. Eu sei que dói - por isso aprendi a controlá-lo, a dizer aos outros que não estou brava ou enciumada, apenas intrigada.
O ciúme não é racional - por isso o excluí da minha lista de características humanas. A racionalidade é certa, sempre certa, e não há o que eu preze mais em mim do que a minha racionalidade. Eu sei ponderar meus pensamentos, sei chegar aonde quiser com os argumentos que quero (ok, não é bem assim, minha liberdade poética mais cria do que encontra), por isso, agora, depois de muito choro sem orgulho, de muita dúvida e de muitas vezes pensar que a gente deve se afastar, eu não penso mais no meu ciúme.
Velho e adormecido.
Ele dói e eu pedi para você não acordá-lo - e agora eu nem sinto mais.

Sou racional.
O ser humano é racional. Mas ser sentimentalista também é ser humano. Não é um simples silogismo. É quase uma dialética.

10 de novembro de 2008

Ela versus Ela.

Ela pára e olha. Quanto tempo mesmo tudo aquilo já passou? 11 horas. Deveria ter esquecido já, mas sua cabeça não quer esquecer.

Seu corpo não quer e não vai.

E agora, o que ela deveria fazer? Distrair a cabeça? Voltar a dormir? Tomar um banho...? Tomou o banho, distraiu a cabeça e, antes que pudesse dormir, ele ligou. Seu coração saltou, como sempre fazia, e a singularidade do timbre da voz dele fez o quarto ser um lugar apaziguador.

Ela deitou na cama, olhou o livro que distraía a cabeça e não soube mais o seu título ou que página estava. Ele falava, dizia que não teve uma companhia muito boa na última noite - e ela sabia que era mentira.

E ela ainda sentia o perfume masculino nas roupas largadas no chão. E ela ainda sentia o perfume em seu corpo pós-banho. Ela podia até senti-lo pela ligação. A voz dele é grave e diferente, sua boca é atrativa, seus olhos são chamativos. São morenos, são o nome dela, assim como seus cabelos. Ele tem algo que a atrae, algo que ela não sabe explicar.

Talvez seja o que, como e onde fala. Talvez seja como a abraça, como é sincero no que diz, como a beija. Ou como age, como pensa, o que quer. Ele quer muitas coisas, ela sabe disso. E gosta disso. E quer que ele queira - e quer que ele a queira também.

A conversa é rápida. A casa dele tem ouvidos e ele vai sair - ela queria ir com ele, beijá-lo por mas uma noite inteira, ouvi-lo contar sua histórias, fazê-la rir... exatamente como da última vez.

E a vergonha! Conhecera gente próximas a ele na última noite, e teve vergonha, pois não sabia como era apresentada. Ela quer me namorar - e ela queria que ele dissesse que era ele quem a queria namorar.

Mas eles não são namorados. São amigos. Meros amigos coloridos. Até que um dia ele se canse dela, porque ela não sabe se vai se cansar dele. E ela não quer. Não vai - deixar.

A ligação termina e não houve um pedido de beijo na boca. Ela queria ouvir. Queria que ele fosse manhoso, que exigisse a presença dela por onde fosse - mas nada disso aconteceu.

Um beijo, tchau.

Ele vai cansar, um dia vai. E isso doi. Doi nela. Nele, ela não sabe. Pediu para que ele não a abandonasse, e ele prometeu. Mas ela sabe que o momento não era propício; ele estava humano demais, e a razão se perdia a cada beijo - foi tudo impulsivo, no final. As deixas e as falas.

E ela é racional demais, ao ponto de saber exatamente o que fazia.

E sabia que ele estava apenas sendo o homem - enquanto ela deveria ter sido a razão.

E aí, então, ela pôde dormir.