27 de abril de 2009

"Oi,

Hoje é domingo, dia 26 de abril... 23:47. Tarde, eu sei.
Na verdade, eu fiz aquele teste e sabe o que eu desejei? Receber um telefonema inesperado. E eu recebi. Dele. E hoje eu estive cara a cara com ele, disse tudo o que sentia, ouvi as piores palavras.

Eu magoei ele.

Eu causei mais danos nele do que imaginava.

HOJE eu me arrependo. HOJE a lembrança do que eu fiz me martiriza. Obviamente que as coisas saíram do meu controle. Eu jurava que olhá-lo seria como querer alimentar os maus sentimentos, a raiva, o ódio... deixar tudo reaviver dentro de mim. Mas sabe o que eu descobri? Que ser racional é ser fraco diante do passional. Que eu amei ele... de uma forma insana e explosiva.

Amar. É forte isso. Mas o é.

E descobri que talvez eu sempre o ame, que sempre haverá faíscas entre nós... mas eu prefiro amá-lo longe.Verdade seja dita: nós nunca daríamos certo. Não pela diferença gritante. Não pelo melhor ou não. HOJE eu descobri que eu não sou melhor que ele, e ele não é melhor que a mim. Nós apenas temos diferenças... e mesmo que ele ache que o modo como falo é para demonstrar pretensão diante dos outros, uma mania estranha de soberba, não importa, sabe. Ele nunca vai conseguir entender que o modo como me comporto, falo e penso é reflexo na minha educação, da minha criação, do que eu construí para mim.

Ele simplesmente não poderá entender que isso é característico de mim mesma, idiossincrático.

E ele, talvez, jamais entenda o por que de eu aceitá-lo do jeito que é. De eu nunca ter exigido mudanças, de eu nunca entender o charme dele. E ele jamais vai entender o que é a palavra para mim, como elas se portam diante de mim e dentro de minha cabeça.

A gente é incompatível.

Incompativelmente perfeitos um para o outro.

O beijo dele ainda é o melhor. O modo como ele me abraça ainda é o mais gostoso. O modo como ele faz carinho no meu braço e rosto ainda é o único a me causar arrepios. É encaixe, sabe. Como se a gente tivesse um molde... como caixa e tampa. Cada caixa tem uma tampa. Como se o corpo dele fosse o suficiente para me aquecer e me acomodar...

Só que nós somos incompatíveis.

E depois de hoje eu vou sentir mais a falta dele, mais a ausência dele em mim que eu causei. Acho que hoje foi a primeira vez que fomos limpidamente sinceros um com o outro. Eu precisava contar para alguém essas coisas, precisa escrever de fato o que eu tô pensando e sentindo. E eu tô sentindo isso. E é estranho e me parece inoportuno. E não vai ser nada saudável. Um ato constante de masoquismo, talvez. Porque é estranho pensar que agora tem um distinto ponto final entre nós dois.

E eu acho que não estava preparada para isso.
Boa noite"

26 de abril de 2009

Eu não sabia que você estava com tanta raiva de mim. Que eu tinha sido tão estúpida.
Mentira.
Eu sabia sim
.
Você nunca vai me perdoar... Te causei mais danos do que pensei.
Sofrer. Você diz que não vai mais sofrer - só que viver é fazer isso.
Each single day.
Consegui o que eu quis. Meus is foram pontuados.

Obrigada pelo ponto final.

25 de abril de 2009

balance

Sentada, aqui, tenho coisas a ponderar. Meus horários, minhas obrigações, minhas privações.
Não posso mais ficar apenas a me entretar com Código Da Vince quando Mundo de Sofia está aqui ao meu lado.
Só sei que cai dos meus mais lindos sonhos. É difícil, é complicado - quase incompreensível.
Mas agora eu tenho de seguir adiante, tenho de me empenhar e mostrar a mim que posso.
Não é fácil. Eu sinto. Vivo isso.



"Caio Fernando diz:
pod falar o q vc quer falar
ela diz:
eu sinto a sua falta"

E eu achava o nome dele demais por causa de Caio Fernando Abreu

24 de abril de 2009

Carinho é algo bruto de se dar


"Why so serious?"

Eu não sei, mas, de repente, alma e lama não é apenas um anagrama.
Parece conter mais literatura e psicanálise do que consigo listar.
Não que eu esteja na lama. Ou minha alma. Ou eesteja valorizando-a assim...
Não.
É apenas que parece ser.

20 de abril de 2009

It seems him

Acabei de pegar em mãos Para Além do Bem e do Mal de Nietzschen e acho que ele tinha uma péssima visão das mulheres.
O que é uma mulher, senão uma obra de arte?
Nesse domingo passado, estava eu em um churrasco de aniversário de um amigo, quando começaram, não sei como, a falar sobre duas mulheres se beijando. Disseram que isso era um atrativo para homens e não mulheres, mesmo que nós víssemos a dois homens se beijando.
Na hora eu lembrei do fandom, das meninas escrevendo sobre dois homens se pegando em camas e armários, de irmãos se apaixonando e cedentos pelas bocas um do outro... e eu concluí que aquele cara ao meu lado estava certo.
Não existe atrativo - fetiche - maior que um homem pegando uma mulher de jeito, prensando ela contra a parede e puxando seus cabelos com força para arquear a cabeça e deixar exposto pescoço e colo. E ele beijar aos dois com voracidade, como se lutasse para se manter exatamente no limite da razão e da loucura.
A força masculina imperando, violentamente contrastada, contra a delicadeza feminina.
O corpo feminino é mais bonito, mas, mesmo assim, o do homem... o do homem emana outra coisa. Se o da mulher é sensualidade, charme, o do homem é... é... possessão.
O andar firme, alguma vontade presa ao olhar, ao movimento dos braços ao lado do corpo. A necessidade de ser mais - forte, ágil, esperto. Tudo necessariamente se chocando contra o corpo feminino, com suas formas.

Estou começando a entender os homens gays. O homem é lindo com sua brutalidade escultural. Ainda mais se vieram providos de sorrisos de linha, o olhar baixo, queimando de desejo, a voz rouca ou grave, mãos bonitas... barbas a fazer, ou ralas.

Parei. Isso tudo vai contra a minha independência momentânea. Mas foi bom pensar.

all the questions I should done

- seja franco comigo: o que você vê em mim? Já começamos a nos repulsar e isso, eu disse, é só no começo. Mudamos, meu caro amigo - you and me.

19 de abril de 2009

it would be just you and me


Vou pôr tudo limpo aqui.

Eu mudei. Sentimentos bons não fazem mais parte de mim. Saudade, carência, carinho, amor... nenhum deles. Eles são apenas a representação da falta de algo e são sensíveis demais, e essa ideia, de eu ter falta de algo, contradiz a minha independência em relação a minha felicidade.

Não quero filhos. Não sei cuidar de outra pessoa senão a mim.

Não quero casar. Não consigo imaginar um homem que consiga me suprir.

Sou egocêntrica. Meu mundo é perfeito comigo mesma, e não com enxiridos.

Eu me abasteço de sentimentos fortes e ruins, como arrogância e ego. E sim, não os acho pejorativo, assim como o cinismo e a chatisse.

13 de abril de 2009

Upload from the past

(encontrei meu caderno das aulas de filosofia ^^ e achei um textinho perdido nele)

Encarou-a de tal maneira que inacreditava no que via.

Olhos grandes e fulgurantes e, mesmo que pouco encobertos pelos fios negros e densos da franja lisa, eram olhos de gueixa. E sua boca, tão mais cereja e lustrosa, ganhara traços, antes nunca vistos, de uma voluptuosa sensualidade que não sabia de se perdia naquela vermelhidão ou deixava-se a fantasiar com os diamentes de riscos prateados dos orbes.

Estava em extrema beleza que acreditava jamais poder conter - até mesmo por já possuir uma tão singular. Mas, agora, enxergava todos os traços de alguém com ascendência das colonias latinas.

É da época em que eu estava tentando escrever algo de um anime. Foi em vão, mas eu muito idealizei aquelas estórias. Estranho que esteja escrito no meio das minhas anotações de Maquiavel, porque eu duvido muito que algo maquele instante tenha me levado a isso.

11 de abril de 2009

Laughing louder

Agora está mais divertido, você não acha? Eu não pondero mais em minhas exclamações, não tento polir meu sarcasmo e nem guardo papas na língua. Você pode fazer o mesmo porque eu não vou me importar; apenas rir um poucomais e dizer que sim, eu tive influência sobre você.

Agora é melhor que antes, você não concorda? Eu ligo quando quero, o horário que quero e não me importo se te acordo. Não me importo se você vai me xingar. A questão é que eu ainda preciso conversar e te contar que cresci muito desde a última vez em que te vi.

Preciso te mostrar que sou compreensiva mas que não posso te aceitar de volta e nem que tentarei fazê-lo. Quanto mais eu penso sobre, mais motivos encontro para justificar meus atos.

Está mais divertido... acho que agora você poderá conhecer o meu verdadeiro lado.

9 de abril de 2009

My own Storm

Que tipo de pessoa acorda às 6:47 em pleno feriado por pura inquietação? E que tipo de pessoa deixa o note ligado a noite inteira porque sabe que esses surtos acontecem com mais frequencia do que de fato deveriam?

E, pior, que tipo de pessoa escreve um texto entre 7 e 7:30 da manhã da quinta-feira santa?

Tá, não responde. Basta ver o horário deste post ¬¬

6 de abril de 2009

Where all thing might start

Quando imagino que caminhei na direção errada, logo mudo de pensamento e começo a acreditar que apenas mudei o ponto de vista. E assim que me canso da paisagem, retorno para onde estava, para o lado de lá da estrada, e sigo, sem remoer o que abandonei do outro lado.
Uma questão simples de escolha, verdade. Uma escolha implica a vários nãos, e o tenho dito. E os tenho dispersado. Mudo em um sim, mas não me transformo em não. A negação não tira meu privilégio de querer conhecer mais.
E são nessas escolhas de conhecimentos harmoniosamente atadas à curiosidade que os caminhos cruzam, eu erro e mudo de pensamento. Sem esquecer os outros. Os demais. Aléns. Eu posso vê-los de onde estou, posso ouvi-los por onde caminho. E caminhar é aprender a observar. No caminho errado, escuto e observo a tudo, aprendo e gravo a paisagem.
O ponto de vista ganha uma nova perspectiva e eu já sei o que renegarei mais para frente. A mesma errônea passarela eu não me atraio. Àquelas que pus os pés, deixo a marca de meus pés... e apenas isso fica. Não um pedaço de mim. Não parte de minha essência. Saio completa e um pouco mais serena e centrada.
Já sei o que eu não quero e isso ajuda-me a construir o que espero. Do desejo não tenho a visão do todo, mas o que reneguei exclui as possibilidades ruins – como um jardim de flores com ervas daninhas, mesmo que não se veja as flores, você sabe que não quer as daninhas.
A mudança para um caminho ruim não é num todo ruim.