27 de maio de 2011

Um erro ambulante, constante, viciante.

22 de maio de 2011

Meu cansaço é nítido.
Eu não quero machucar mais ninguém. Agora eu penso assim porque, quando eu te machuquei, não me importei com os sentimentos dos outros - por muito tempo. Para quê me importar se a gente sempre acaba machucado e machucando? É inevitável.
E machuquei.
Vai entender.

17 de maio de 2011

E tinha uma linha de raciocínio. Uma única linha a ser preenchida com o seu nome, e quando chegou a hora, ela apagou as outras.

11 de maio de 2011

Pega-me pela mão e carregue-me por onde for. Não me importo por onde seja e como seja, desde que seja de alguma forma.
Há muito, realmente, não entendo mais destas coisas, de querer de volta um sofrimento. Mas sofrer, verdade, pode até ser uma virtude, uma qualidade - não o sofrer em si, mas o saber sofrer. Não ria de mim, pois digo a verdade, e você compactua comigo nisso tudo. Você me ensinou a tudo isso, fez-me aprender a sugar tanto uma pessoa e criar tantas imaginações e miragens até conseguir perdê-la.
Você me ensinou o que é a dor em meu estado. Ensinou-me o que é sofrer - de forma digna. E até me humilhar desta maneira também.
São virtudes aversas, olhadas do outro lado do espelho.
Quero sim - e espero! - que em algum momento voltemos a nos deparar em nossas vidas. Parte de mim desejar sofrer - e como não sofrer em algo que já sei como termina?! É um detalhe, então, acho eu agora, esse negócio, de dor. Doer. Um detalhe que traz tantas coisas: uma nova armadura, uma nova maneira de chorar, uma nova maneira de amar. Uma outra maneira de se manter - nem tão nova assim.
Viu o que você me fez? Fiquei confusa. Não sei mais se quero sofrer - por favor, deixe minha mão sozinha por um instante, ela precisa descobrir de uma vez se aguenta tocar aos seus dedos de brasas. (Preciso descobrir se posso ainda sentir seus beijos sozinha em meus sonhos sem que a minha própria mente me reprima). Não sei mais pensar em que devemos para sempre ficar separados. Trabalhei essa idéia em mim com o passar desses dias tão maiores que os convencionais. Não me importa saber se é verdade, se é mentira, se é ausência, se é saudade, se é ressentimento - ou apenas uma ansiedade do grande "e se".
Você é a minha eterna condição, meu grande sonho de "e se tivesse sido certo?!". Mas talvez isso apenas seja uma maneira de manter a conexão com o sofrimento - afinal, o que então é senão sofrer esse pensar numa maneira em que nós dois poderíamos ter sido a escolha certa um para o outro?! É um sofrer diferente.
É um sofrer que até anima, apazigua, me faz sorrir. Sinto-me viva quando penso em nós. Condena-me por isso?! Condena a minha virtude - de já conseguir separar um pouco você de algum sentimento benevolente?! Que seja.
Agarre a uma de minhas mãos, mas, por favor, deixe a outra livre.

Ao Proibido.
E ao Anjo.

8 de maio de 2011

Eu bem entendo das nossas fugas, dessas todas as nossas fugas que você desconhece, mas eu o coloco ali para ser, assim, também todas suas. É algo íntimo - não seu e meu, apenas meu, isso, de tê-lo ali comigo. Dessas fugas, bem sei eu, são nossos refúgios para um outro espaço improvável em que ficamos juntos, em nossas desavenças, atritos e palavras malditas. Bem ditas. Nunca foi tão perfeito. Idealizá-lo é, de longe, uma boa saída, uma escolha sensata.
Idealizá-lo é fugir. E eu fujo com você nos dias, nos cotidianos, nos anos - e quantos anos já se passaram entre você e a mim?! Tão além daqueles que correm nesse mundo. É assim que pertencemos a uma outra dimensão, uma outra função espaço-tempo que me permite colocá-lo ali.
É meu.
Tudo isso, de criá-lo para me completar. Estranho é que sempre é você quem me vem nas minhas utopias de felicidade.

À qualquer um que me fez feliz.
Faz.
À todos que me fazem feliz.

1 de maio de 2011

no meio da carta estava escrito assim:

"Eu premeto, meu caro amigo, que será exatamente assim: vou escrever sobre meu primeiro amado até que se esgotem e frequejem a minha inspiração e dedos. Escreverei até que minha mente desacredite em mim, meu coração tome a razão e obrigue-me a parar - e assim continuarei pois assim estará já intrínseco a mim. Vou mostrar a todos, em cada palavra, o quanto ele me perturbou em minhas almas literária e romântica.
Não, não é que goste de lembrar dele. Não dele. Mas aprecio em muito toda essa vontade de escrever que me acomete de vez em quando. A inspiração é sempre o melhor resultado, seja de um amor feliz ou de um sofrimento. Inspiração é sempre viável, independente de onde ela venha. Por isso - e apenas por isso - escrevrei histórias dele, e não sobre ele. Há muito em que a sua imagem está idealizada por mim... o quem dele que ponho em minhas linhas já não pertecem ao quem que participou de minha vida.
Ele está platonizado por mim".