29 de janeiro de 2010

239 minutos de Claro para Claro. Como é que eu faço? Quem é Claro eu não posso mais ligar...
Sim, eu acho que Deus errou feio comigo. Era para eu ter sido de outro jeito, sabe? De outra maneira. Um quadril 40, no máximo. Busto de fato 42. Sem a porcaria desta tendência à engordar, sem esta porcaria de perna grossa que não me deixa pôr um único vestido sem aparentar vulgar.
Deus teria de me fazer uma pessoa bonita, com inteligência verdadeira, digna para ser a menina dele.

25 de janeiro de 2010

se fosse

A gente estava brigando. Como sempre. Nunca conseguimos passar um único final de semana sem brigar, discutir ou magoar um ao outro. Nunca conseguimos apenas sorrir e ficarmos felizes pela companhia um do outro... Na verdade, comigo sempre foi assim. As brigas eram sempre pelos mesmos motivos; a ausência dele, as minhas saídas noturnas, as negações dele, os pensamentos complicados meus, os olhares de soslaio dele para outras, meu desinteresse para com seus assuntos.
O assunto era sempre o mesmo. Ele e eu.
E naquela noite jamais seria diferente. Ele me acompanhou até o meu carro bufando de impaciência, e eu batendo meus saltos com força contra o asfalto - à frente dele. Sabia que continuaríamos a discutir assim que eu parasse para procurar a chave dentro da bolsa. Ele estava bravo por eu não ter contado onde estaria, e eu, brava por ele ter me ignorado. Nem ao menos um oi!, pensava enquanto adiantava o processo da busca da chave.
Você sempre faz isso!, ele por fim me disse quando me deparei com o carro. Você sempre sai andando com pressa na minha frente para evitar o que você sabe que vai perder.
Talvez fosse verdade. Talvez eu sempre perdesse em nossas discussões, mas sabia que a culpa não era minha, mas dele, por não compreender exatamente o que eu dizia.
Que tal a gente não brigar hoje? Você sai com as suas amigas, se diverte, eu me divirto com os meus amigos e amanhã a gente fica junto, sem brigas? Ele aproximou de mim e começou a fazer carinho em meu rosto. Eu gostava dele deste jeito, dessa maneira calma e serena que me conquistou no mesmo instante em que conversamos pela primeira vez. Gostava daquelas maneiras cuidadosas e apaziguadoras dele, gostava daqueles olhos castanhos de mesmo tom que os meus, gostava daquele sorriso largo. Gostava dele. Muito.
Por que brigar nesta noite em que estrelas brilham tanto para nós?! Ele já estava bem diante de mim, respirando a minha aspiração, podendo até sentir o nó em minha garganta pelas palavras que sairiam sem pretensão,...
Elas não brilham.
Elas queimam até morrer.
... sentindo a minha dor em não aguentar gostar tanto dele e não poder mais lidar com isso.
uma andorinha sozinha não faz um verão

24 de janeiro de 2010

at that night

Não é que eu seja uma pessoa difícil de se lidar, e sim os outros que fazem uma péssima interpretação de mim. E não péssima de a Bruna é uma pessoa ruim; não. Péssima de péssima interpretação, não consegue ver nada além daquilo que esteja ali, e, às vezes, não consegue obter nada nem mesmo daquilo que está diante de seus olhos.
É verdade, eu sou um bicho arisco, uma gata de rua, se alguém me fizer uma pergunta e eu tiver a chance de ser irônica e, ou, cínica, tenha certeza, serei. Carência e saudade são conceitos fracos para mim; erros não existem e a capacidade de ignorar é a minha melhor arma.

Não é que eu seja alguém difícil de se lidar. É apenas que os outros não compreendem como as coisas procedem. Se ligo uma vez por semana, se insisto numa noite e mando mensagens, não é que eu de fato necessite ou esteja afim. É apenas que eu gosto de doar a minha atenção e ser mimosa com alguém que eu goste. E é difícil encontrar pessoas com quem eu me importe de verdade.

E se eu acredito no amor apesar de todos os meus receios? Sim, acredito, principalmente quando me deparo com casais como esses dois.

23 de janeiro de 2010

Last Storm - please, God, the last one.

Hey,

Na última vez você me perguntou se podia me acompanhar. Permiti que você o fizesse, mas, confesso, ocultei a parte mais importante desse ato. Esqueci - voluntariamente, óbvio - de mencionar que você poderia sim me acompanhar, apenas não poderia me pedir para dar-lhe atenção durante o trajeto.
Estou caminhando por minha conta agora, com as minhas pernas, minha responsabilidade. Preciso aprender a lidar comigo mesma e, desculpe, mas não, não posso dividir minha atenção com outras coisas. Outras pessoas. Eu preciso entender que sempre haverá uma escolha errada antes de acertar - e estou errando muito ultimamente, estou decidindo pelas providências erradas, optando pelas escolhas errôneas.
Porém, não pense que ao acatar a decisão de aceitar sua companhia ao meu lado implica diretamente uma escolha. Não. Apenas numa aceitação - a de que alguém acompanhe tal processo. O seu vacilo nisso tudo é que você não me perguntou em nenhum instante quais seriam as consequências - e ainda bem, porque eu também desconheço, mas este não é um vacilo meu; faz parte do meu processo de aprendizagem.

15 de janeiro de 2010

a week far away from here

Galera,

estou a viajar de novo para o litoral, porém desta vez com a cômica família materna que possuo.
Não consegui ir à Saidera, comemoração de 1 ano da festa, e nem para sair com as meninas hoje. Meu pai, um ser jamais tão inspirado para viajar à praia, acordou com um ânimo que em 19 anos nunca presenciei e decidiu por ir hoje. Exatamente, hoje, sexta-feira, 15 de janeiro de 2010.

Beijos, gente.

14 de janeiro de 2010

Acho que, no fim, o ciúme não é um resultado de uma relação de posse, mas de perda.
eu estava aqui pensando... talvez não haja nada melhor que primos.

11 de janeiro de 2010

near or far away

Deixa-me cuidar de você de vez em quando, para protegê-lo dos seus medos e inebriá-lo com os meus encantos. Deixe-me abraçá-lo e mostrar que posso aquecê-lo e não deixar que nada o resfrie.
Eu cuido de você, só de vez em quando, porque eu não consigo fazer isso por todos os dias. E só de vez em quando não deixarei nem que o ciúme e nem a solidão cheguem a você...
Eu cuido de você.
E, assim, pelo menos uma vez, você estará protegido por mim.
Eu cuido de você se me disser que quer a mim em sua cama, abraçada a você e sussurrando o quão especial me foi. E virá a ser.
Eu dou-lhe beijos sem amor, sem sentimento; deixo-o a vontade para gritar ao relento que não é a mim quem você sempre sonhou.
Mas, de vez em quando, serei a única que o amou.
Um dia, meu querido, nos encontraremos e então meu amor será verdadeiramente profundo – ou menos superficial. E nesse dia eu vou poder assumir a você como aquele quem sempre quis na minha vida – quem sabe, então, poderei pedir para que seja apenas meu.
Assim, eu serei somente sua.
Mas, por agora, apenas, pesso: deixe-me cuidar de você, nem que seja de vez em quando.

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encontrei perdido no meu pc. por mais que eu saiba para quem eu escrevi, não usarei a tag.

Aí, sim...


10 de janeiro de 2010

trailer

Uma das coisas que eu mais gosto de fazer é imaginar diálogos. E de filmes. Só algumas partes. E foi isso o que veio a minha cabeça quando vi ao trailer de Sherlock Holmes:



- O que eu quero é alguém que me traga esses filhos-da-puta mortos ou vivos. Não me importo com o estado, na verdade.
- Então você quer meio que um detetive particular?
- Não. – Respira. – Um assassino de aluguel.
- Era exatamente isso o que queria ouvir.

- Existe essa pessoa que é muito requisitada. A cada época, ela atende em um telefone. Ultimamente tem sido esse daqui, não sei ainda se é, mas vale a pena tentar.
- E onde você conheceu essa pessoa?
- Foi ela quem me deu a vingança do assassinato de meu pai.

A pessoa é ela, uma mulher, uma adolescente, uma rapariga. Uns vinte ou vinte dois anos, estatura média, cabelos cacheados e rosto marcante. Como poderia ela ser um assassino de aluguel com essas características?
- E quem são os caras? – Ela pergunta. Calças jeans, blusa xadrez. Cintura marcada por um sinto grosso.
- São esses.
- Oh!, você possui fotos deles.
- Sim, algum problema?
- Para mim? Não. Para você? Todos. A mim, isso só torna as coisas mais divertidas. A você, mais desesperadoras. E isso é interessante.
- Por que mais desesperadoras?
- Porque – e isso é bom você gravar – se você sabe quem eles são, tenha certeza de que eles sabem o triplo sobre você.
- Mas isso impede de você ir atrás deles?
- Atrás deles? E onde estariam os meus modos?
- Você não vai pegá-los para mim?!
- Claro que vou. Mas eu sou mais do tipo anfitriã... eu os convido para almoçarem em casa, se é que você me entende. – Ela sorri. – E, não, nada me impede de levá-los até você; até mesmo porque a condição é vivos ou mortos para eles, e nada diz respeito a você.
Sim, ela pode ser um assassino de aluguel com essas características.

9 de janeiro de 2010

and I blame it on Cuervo

E 2010 começa em grande estilo.

Já na virada, quase morri afogada ao tentar pular a 7ª onda de 40cm de altura, um bêbado levou o meu copinho plástico com a minha champagne e, ao filmar os fogos a praia, cai no buraco de Imanjá - com 7 velas acesas!!! Não contente, choveu na sexta o dia inteiro, a televisão da microkitnet explodiu, a comida acabou, não podíamos sair de casa porque não há vagas por "ap", a pizza encomendada foi parar no ap errado e o carro aquaplanou no caminho de volta.

Satisfez a mim? Não, claro que não. Por que não então tomar um porre felomenal de tequila, ter blackout, beijar a ele? Discutir com a prima que você ama absurdamente? E terminar a noite de alguma maneira que você não lembra?

Sim, aí satisfaz.

Consciência pesada, moral jogada no lixo e fatos que nunca mais irão se desfazer.




Numa expressão: tô fodida ¬¬

8 de janeiro de 2010

what happened to you?
and now you care.
not actually, i´m just trying to keep a conversation ;D

6 de janeiro de 2010

jogo sujo e fujo

E quando eu fecho os olhos à noite, para dormir, você me ressurge nos sonhos e eu fico a me perguntar por quê e nenhuma resposta vem a mim. E você surge, ressurge e nasce em mim e nunca vai embora. Deixe-me um pouco sozinha, por favor, preciso lembrar-me de como era a minha rotina antes de você. Só que eu sinto como se isso não fosse mais passível de se acontecer porque, sim, e temo, essa é a única de mim que poderia ter sobrevivido depois de você.

4 de janeiro de 2010

Bruna Vollet, 25 de setembro de 1990.

Horóscopo Chinês: Cavalo.


Você é muito comunicativa e descontraída, por isso, tem facilidade de conhecer pessoas. É um pouco teimosa e segue sempre sua intuição. Gosta de curtir a noite e de badalar com os amigos. É muito curiosa. Para você a cultura é importante, está sempre atrás de novidades. Adora viajar, conhecer novos lugares e fazer muitos amigos. Você não gosta de se sentir presa; busca a liberdade acima de tudo. É muito reservada e dificilmente demonstra o que está sentindo. Seu maior desejo é encontrar uma pessoa inteligente e culta que acompanhe sua sede de sabedoria. Você é uma pessoa muito discreta, não gosta de expor suas impressões e opiniões, prefere guardá-las só para si.

3 de janeiro de 2010

I am not that good at all

close your eyes, sometimes, this helps.

Eu não sei o que aconteceu ontem à noite, juro. Talvez tenha sido o fato de eu tê-lo visto, e do outro não ter atendido ou, quando fez, perguntado quem era. Ou o fato de todo mundo estar contente no curso e na faculdade, dizendo que quando saí aqui procura pelo pessoal da faculdade nos lugares... Mas eu só sei que não consegui me diverti com as minhas próprias amigas. Cheguei de viagem sedenta por companhias e, no instante em que consegui as delas e não obtive a dele, eu me senti insatisfeita. Senti-me segundo plano, imaginando se elas notavam aquilo e se estava tudo de acordo com os vereditos.

Aí eu cheguei em casa e quis errar de quarto e me enfiar debaixo de outras cobertas. (Eu deveria ter usufruído deste direito quando era pequena). E ontem eu me senti uma órfã, porque não tenho nem ideia de qual palavra usar para quando a gente sente que perde o irmão.

"Saudade de você... pelo menos antes você preocupado e
cuidava de mim
"