10 de fevereiro de 2016

Parecia mútuo todo ato de estar junto. Parecia que tinha o acordo feito em silêncio e que não seria necessário dizê-lo sob nenhuma hipótese. Agir coerente quando perto e tão mais assim quando longe - longe dos olhos do outro.
Parecia recíproco.
Silenciosamente recíproco.
A tríade do pensar/falar/agir parecia inabalável, parecia verdade. Que o outro jamais trairia em alguma dessas circunstâncias, que o elo era inquebrável. Se um assim era, os outros obrigatoriamente seriam.
E parecia que havia uma outra tríade, um outro acordo. A mão que levaria ao fogo sem pestanejar ou tremer os nervos hoje queima em tudo aquilo que parecia.
Parecia que não, mas nem chegava perto da verdade. Se longe não é igual, qual então é pois a verdade?!