25 de julho de 2013

this five words I swear to you

Tá frio, sabe?! E as pontos dos dedos doem porque eles nunca ficam quentes. Sempre há algo para gelá-los de novo. Mas não é isso que a incomoda.
Você pode até achar que no mundo existem problemas maiores, e acontece que há mesmo. Só que nenhum problema é grande o suficiente se não atinge diretamente a gente e isto é um fato. Não é egoísmo.
É apenas que sentir os nossos problemas dói. Os dos outros não doem. Talvez nos compadeça de alguma empatia, mas não dói.
O dela agora dói. E é agoniante vê-lo resplandecer no sorriso que dá a todos. Ela não está aqui para enganar a ninguém e nem tentar esconder nada - ninguém entende quando isso acontece porque todo mundo quer ver sua dor. Não foi a vida que a ensinou isso. Não foram os tombos. Ela apenas nasceu com isso de deixar sua dor ali dentro para poder pensar nela sozinha.
Pensar, pensar, pensar e pensar mais um pouco. Impressionante como isso funciona de verdade.
Os dedos ainda doem e o frio sobe pelas pernas, porque os pés também estão congelados. Ah!, se eu tivesse algo bem quente para coloca-los agora. E o problema é essa angústia de não saber quantos anos de fato tem. Teme que não seja um ou dois a menos que a idade do RG. A mais, talvez?! Não.
Sair da zona de conforto não é fácil, mas não é só isso, minha cara.
Vencer a timidez que sempre traz consigo a insegurança e o medo de ficar sozinha. E é aí que idade interfere, porque, se fosse realmente aqueles dois números, essa angústia não apertaria o peito. Apertar o peito é claustrofóbico e ela é isso dai sim.
Entendeu agora porque é que sufoca? Não é a angústia em si, mas o que ela causa. Ela causa o que um claustrofóbico mais teme.

21 de julho de 2013

Mysterious Lake.

Eu não quero te deixar.

Não sei mais o que dizer sobre isso, só sei que não estou pronta para te deixar ir embora desta vez. Desse jeito. Passei tanto tempo dentro do seu mundo, da sua visão, da sua atmosfera que agora me parece injusto que eu tenha sido retirada dele simplesmente porque tudo acabou.

Não quero ir embora, entende? Não quero não mais ver nada daquilo tudo.

Ler o "Palácio de Inverno" foi magnífico porque algo na história me cativou tanto que sinto tudo dela ainda aqui comigo. Eu gostava de Zoia no começo, mas depois não sabia mais o que pensar. Já sabia quem ela era, mas me soavam como duas pessoas completamente diferentes e... e também não quero que ela se vá.

Entenda que eu me encantei por sua adolescência, pela meninice de Anastácia, pelos detalhes que nunca terei de Maria e Serguei, pelo o que nunca entenderei de Alexei. Você me encantou, Geórgui. Devo confessar que já comecei outro, mas não estou pronta para abandona-lo. Não tenho a menor vontade de apagar as história de mim e tão menos não mais pensar nela.

Não quero te deixar.