24 de dezembro de 2009

Take a breath

O que você faz quando está à toa? Levanta, lava o rosto e sai de casa. Passeia pelas ruas da cidade de forma indulgente, procurando um rosto conhecido ou uma companhia a mais. E hoje é Natal e algo dentro de você grita por um milagre, mas não qualquer um. Tem de ser aquele que você esconde, aquele que você ignora por todos os dias. E hoje é Natal e está nublado. Você não faz mais nada além de esperar, e percebe o quão esse ato é repulsivo. Entra no carro, dá partida, engata a ré, sai de sua casa, primeira, segunda, seta, primeira, segunda, terceira...

23 de dezembro de 2009

about 2009

Eu não queria ter de fazer a retrospectiva aleatória de 2009 agora, mas acho que não terei tempo depois.

Seguinte, manô:

Descobri que apego ao lar só no plano emocional, porque na prática mesmo... Houve um dia em que eu, lá em Campinas, quietinha, na minha primeira semaninha de aula, estava deitada no "sofá" e vi o pó do ar acumulando-se sobre o chão e, supreendemente, eu levantei e varri aquele chão. Senti-me óóóó, eu criei laços com a minha nova casa. Ingenuidade de minha parte, né?!, já que isso só aconteceu uma vez. Nas outras, eu só limpava direito porque a conhas e a eu possuímos uma relação nada agradável com pó/pêlos/perfumes. E, claro, eu devo mencionar as práticas culinárias não desenvolvidas/adquridas/exercidas por mim. É, exercidas, porque o que eu fazia lá está, assim, opostamente a exercer práticas culinárias.
Mamãe, uma dia, achando exageiro de minha parte, deixou-me cozinhar em casa e, depois, ela deduziu que me deixar fazer isso é um ato de suicídio lento e que era desumano fazer alguém se alimentar daquilo.
Sábias palavras, progenitora, sábias palavras...
A arte de pegar um ônibus. Sim, arte. (Ou técnica?!). Ela compõe-se em: não levantar o braço porque alguém pode sim perfeitamente achar que você está roubando ou sei-lá-o-quê uma posição ou direito dele e pode sim perfeitamente te dar um tapa (que, com sorte, pega no braço); tente sim que entrar em primeiro no ônibus, porque a sua gentileza pode te custar 40 minutos tendo de se equilibrar na Mercedes, equilibrar sua mochila e, dependendo do dia, sua mala, seu mp3 e, dependendo da lotação, uma outra pessoa. Portanto, deixe a educação de cidadão para ajudar alguém a atravessar a rua ou adverti-la que o cachorrinho dela fez queca no seu tênis. Terceira coisa sobre ônibus: nas primeiras vezes, você acha divertido e vai até contar para seus amigos suas experiências, depois... você até arrepia quando vê o 330 ou 332 passando. Legal mesmo é o 865, que te leva ou para o Shopping Iguatemi ou para a rodoviária.
E, claro, tem o carinho especial que eu adquiri pelas poltronas 17 e 21 do ônibus via Limeira-Campinas da VB.
O que mais fiz esse ano?! Ah!, sim...troquei de celular! TOQUES POLIFÔNICOS NUNCA MAIS, BABY!!! Agora ele toca genialmente Butterfly do Mraz, mas está cheinho de sertanejos =D Aquiri um gosto muito bom por vestidos, desenvolvi meu humor negro e sarcasmo, meu narcisismo e meu senso crítico. Verdade, ainda não possuo um raciocínio muito rápido para discussões... Meu cérebro foi consumido por Platão e seu estranho fanatismo pelo Sócrates (sim, eu sei que este foi mestre daquele), meu coraçãozinho por um ódio fixo por um certo professor de redação filosófica II. Fui em todos os sertanejos do Madalena (com excessão a um, né, Letícia???), desenvolvi uma paixão possessiva e louca por tequila, sal e limão; e sertanejo; e meus primos =D
Ah!, sim, agreguei, nesse ano, uns 5 primos hehehehe Conheci pessoa interessantes, engraçadas e descobri algo quanto a mim - uma coisa chata, na verdade. Não importa quem, eu vou sempre procurar pelos defeitos, sempre.
Minha carta chegou dia 13 de março, acho, e dia 12 de junho eu bati o carro. As discussões em casa mudaram de assunto; agora é: com quem vai ficar um carro e quem fica com o outro (geralmente meus pais não participam mais dessas discussões visto que eles perderam a voz ativa aqui).
Conheci o Vinícius, que se torna a cada encontro incentivador do meu carinho.
Briguei, me acertei, beijei, briguei de novo e agora estou totalmente sem falar com o Caio; tratamos um ao outro como perfeitos desconhecidos; tô me aproximando de novo do Rodrigo e meu irmão está escapando cada vez mais pelos meus dedos :/
Priscila e eu, siamesas sempre :D
Aprendi que domingo é dia da Babi, segunda à segunda é da Pri, sábado/domingo à noite é do Vi, sexta à noite é dia de beber com a desculpa de ser sexta à noite e que tal desculpa pode ser, perfeitamente, utilizada para os outros dias. Menos para segunda-feira. De segunda a gente bebe sob a desculpa de ser um dia chato e cansativo. Sábado à tarde é um ótimo dia para dar umas voltas pela cidade ou escapar para a casa de um amigo - e sábado de manhã é um péssimo horário para se ter aulas de inglês (e desconfio que não somente de inglês).

E foi assim meu 2009, entre risadas, beijos, abraços, amigos, choros, porres, sertanejo e noitadas à fora. Que venha 2010. Que venha tequilas :D sertanejos e faculdade.

22 de dezembro de 2009

sun is shinning, baby

O que você faz nos seus dias de folga? Pega o carro e sai pela cidade, buscando os amigos pelo celular e procurando por um bar. Enche copo atrás de copo de cerveja e dá risada, sustenta o vidro gelado com uma das mãos e varia sua posição na calçada. Seus amigos estão ali, alguns de pé, como você, outros, sentados. Mas estão com você, a compartilhar este momento de prazer ocioso. Você vai pegar sua menina mais tarde, ela já mandou uma mensagem perguntando se vão se ver nesse dia. Nesse fim de tarde. Você sorri porque gosta dela como nunca pensou gostar de outra pessoa, e vocês dois se dão muito bem, obrigado. Ela é mais velha, mas o que lhe importa? Ela é melhor para você. E você continua ali, na frente do bar, virando duas ou três garrafas com os amigos, contando fatos engraçados ou que você assim os julga.
É isso o que você faz durante os seus dias de folga.

No title at all

A ordem pela qual vou decidir pelas pessoas que ganharão textos meus aqui no blog não significa nada. Talvez seja apenas a necessidade de falar de determinado indivíduo naquele instante e, agora, às 06:01 da manhã, eu quero falar dele.

Danilo Vollet, 25 anos, naturalmente inteligente, divertido e um pouco sistemático. Ao meu ver, uma das melhores pessoas que eu conheço e não digo isso pelo laço sanguíneo, uma vez que ele é o mais velho e a tendência natural é odiar tal patente.

Eu não sei explicar. O que vejo nele é um garoto homem tímido mas que agrada perfeitamente a todos ao seu redor sem fingir nada. E as pessoas retribuem ao seu afeto de forma natural.

Existe também a notória diferença dele em casa e fora dela. Dentro: quieto, recluso, Simpsons, nenhuma mísera palavra sobre absolutamente nada. Teimoso, nervoso, consciente quanto a saúde e hábitos saudáveis. Fora: eloquente, engraçado - talvez um pouco irônico, eu não sei se isso é apenas meu -, companheiro, parceiro, amigo.

E eu pergunto a mim, algumas vezes, o por que dele não poder ser assim comigo também. Questões que a gente simplesmente carrega conosco e não quer nem tentar descobrir as respostas. Como um errôneo estudante de filosofia, descobri que é melhor entender o que a pergunta quer dizer do que encontrar uma resposta satisfatória.

A resposta vem com a compreensão dos termos.

Um dia meu irmão me tratou como alguém que de fato importasse para ele. E, dois meses depois, eu convidei-o para sair comigo e com meus primos e ele me respondeu "você dá escândalo", aí eu descobri que, naquele dia, ele estava apenas poupando minha raiva e a reputação dele, e não de fato se importando comigo. Porque, se assim tivesse acontecido, ele teria partido pra cima do cara antes de mim e depois teria me consolado.


É perturbador você gostar tanto de seu irmão e senti-lo como um desconhecido, ou um colega que você vê trimestralmente. Não tem nenhuma foto dele comigo no orkut dele. E às vezes machuca.

Hoje ele ganha, oficialmente, um diploma. Engenheiro de Produção. Algo melhor que a minha.

20 de dezembro de 2009

Dear, Santa:

Querido Papai Noel,

Convenhamos que de acordo com os números dos primeiros meses de 2009, eu não me comportei de acordo com o que os pais recomendam. Mas, entenda, eu não sou mais uma criancinha birrenta de 7 anos, sou uma adolescente de 19 anos aprendendo o que é Curtição. Ok!, não nego, aprendi isso de forma rápida e fácil e desenvolvi habilidades. E eu creio que o Senhor deveria ficar orgulhoso uma vez provada a minha habilidade de aprendizagem - diante do fato de que sempre houve ameaças quanto a presença de um presente no final do ano caso houvesse alguma reprovação nos ensinos.
Sim, eu considero o que eu passei nesses 12 meses como ensino - de sobrevivência em relação a minha vida social; caso contrário, estaria por implorar remédios tarja preta a um psiquiatra e não um belo presente natalino ao Senhor. Façamos, então, um balanço desse ano e veremos se mereço ou não alguma coisa. Ao todo, foram quatro porres, mas, memoráveis, apenas dois, logo, o total fica por dois mesmo porque os únicos a serem lembrados são os memoráveis (na verdade são três, mas um deles não se encaixa dentro da concepção de memorável). Faculdade, uma - e eu estou começando a acreditar que isso inclui as faculdades mentais também, mas o déficit não possui qualquer relação comigo. Frequência em aula... bem, aí, confesso, é um assunto delicado. Acho que, antes desse, devemos debater quanto a eu gostar de determinadas matérias e outras possuírem uma posição fixa na minha lista negra (que, JURO, não é num todo extensa).
Pois bem, aceitas as condições, vamos às matérias. Latim. Fechei com 4,6 e não pude conseguir gratuitamente 0,4 porque não obtive frequência mínima - mas a minha desculpa, aliás, causa, é que me inspirei no Senhor: e você só aparece uma vez por ano. Estou livre de qualquer acusação uma vez que o Senhor é sim o meu ídolo. Vamos à próxima matéria: história da Filosofia. No 1º semestre, faltei uma vez só. No 2º... o 2º é um pouco mais complicado porque, incrivelmente, sim, eu adorava o meu professor e a matéria, mas faltei um pouco além, confesso. O que é contraditório ao 1º, porque eu não gostava do professor e não entendia absolutamente nada do que ele dizia. Então acho que encontramos um padrão aqui: gostar do professor + matéria = faltas. A negação disso: presença. Claro que existe o caso à parte que é a aula de redação filosófica II, em que eu odiei simpaticamente o professor, a matéria, o dia e não compareci em mais que 6 aulas. FATO.
"Se fui uma boa filha" é um ponto interessante a ser visto também. Bem, meus pais me viram menos do que o ano passado, na maioria das vezes em que eles estavam acordados eu estava dormindo, não menti a eles, não furtei contra eles, nem tentei matá-los ou enfiar agulhas de costura em seus pescoços... até chorei e pedi mil perdões numa das vezes que fiquei de porre. Sim, sou boa filha e, MELHOR, uma consciente.
E, nos últimos seis meses, beijei apenas 3 caras (os mesmos várias vezes, mas isso é apenas uma minúcia.) E hoje estou religiosamente com um, que - com licença, Senhor Noel, mas, OBRIGADA DEUS - é tudobão. Viu, ainda por cima sou comportada.
Só infrigi 1 dos 10 mandamentos - o 10*. Porém, isso não pode ser levado em consideração, pois todo mundo o infrige e eu também tenho esse direito quase que humano! (E ninguém hoje em dia guarda domingos e festas, ok?), dos 7 pecados capitais eu me mantive perfeitamente correta em apenas me vincular à preguiça (avarento, em casa, é o meu irmão - fica a dica ;D ). Não briguei, não xinguei (elogios podem vir a tona com outras palavras e essas serem interpretados ao pé da letra, o que é uma pena), e até fiz amigos novos.
Então, diante disso tudo, só posso declarar mais uma coisa:

O Senhor deveria e muito apreciar, considerar e sentir-se felizardo pela minha sinceridade.

E a única coisa que eu pesso de presente de natal é:
1)Um carro zero, decente, lindo, 4 portas, tração nas 4 rodas, ar-condiconado, hidraulico, vidro elétrico, 2.2 no mínimo e na cor preta;
2)Um mp3 novo (olha a humildade, nem pedi um Ipod, hein?);
3)O Rafael P. para a Pri (é, estou apelando para o senhor porque Deus tentou, mas errou um pouco, sabe... quem sabe uma pessoa que tenha menos responsabilidades que Ele consiga acertar, né?)
4)Marri para o Celo;
5)Algum Leopoldino para a Lelê;
6)Homem de melanina acentuada para a Dé;
7)Um louro de olho claro para a Linão;
8)Menos ciúme na Má;
9)Um menos enrolado para a Babi;
10) Fabi, Féra e Sitiante na faculdade em 2010;
11) Vi comigo na noite de Natal;
12)X vestidos lindamente novos;
13)sapatos novos;
14)Aquele livro "Paris" juntamente com o dicionário de Mitologia Grega.

É apenas isso - ah!, e claro, se o Senhor quiser, como brinde, lembrancinha, sei-lá-o-quê, me presentear com uma linda conta bancária de saldo infinito, juro que acreditarei no Senhor piamente até o final da existência humana.

Uma grande fã do Senhor,
Bru.



*não cobiçarás a mulher do próximo - a cá, homi da outraOI!

neither do I

_Don´t you care at all?! he shouted in front of me. I could feel his breath on my nose.
_Not even a little. I whispered, without staring at him.
_YOU´RE LYING!!! his hands on my shoulders, making me move fastly for a side to other.
and them he stopped.
his brown eyes looking for something inside of mine.
he was brethless.
he was tired of something.
he took off his hands of me and decided to take one step behind.
_Maybe I do.
he has said to me once that my worse fault was my way how speaking. Slowly. Lowly. Whispering. He could never know when I was decided to lie to protect myself.
and it was like this way that I said that.
Slowly.
Lowly.
Whispering.
and with my eyes down.
_Maybe I care about it. Actually I do; but... it´s better acting as I do not. Sorry.

19 de dezembro de 2009

Então simplesmente não passa? É uma tremenda mentira quando dizem que vai ficar tudo bem? Eu terei de sempre fingir interesse por outra coisa senão você quando estiver ao meu lado? Sempre ter de forjar um belo sorriso e entreter-me com meus amigos para esquecer esse esquisito anseio de um mísero oi de sua parte? Essa mísera atenção que eu achei que eu ainda teria? Sempre ter de fingir que não doe?
Não. Não sou forte. Não consigo ser perto de você. Por que você simplesmente não poderia ter me perdoado e ter ficado ao meu lado? Ou ter me deixado ficar do seu...
Gabriel Vollet =D




17 de dezembro de 2009

talking to yourself

Então, o que eu faço agora? Como eu supero tudo isso da maneira como você fez, simplesmente não se importando com o que tinha acontecido? Você me disse, uma vez, que havia uma notória diferença entre sofrer por amor aos 16/17 e aos 22, então, qual é?! Estou tentando ver qual é, mas sozinho não consegui.
Eu respondo, clara e calmamente. A diferença consiste em você já se conhecer mais, estar mais velho e ter outras preocupações mais relevantes. Você não pode mais se dar ao luxo de amargurar essa perda por um dia inteiro. Hoje você tem uma empresa para empurrar, um trabalho para manter e um salário no fim do mês para receber. Você tem amigos que te cobram a companhia no final da semana, uma família que exige suas responsabilidades e seu labor, além da vida que, de agora em diante, você tem de tocar sozinho.
E como foi com você? Como é sofrer por amor aos 18?
Eu não sei. Eu não sofri. Só fiquei analisando as coisas de um modo impessoal. Mas acho que, nessa idade, você quer estar feliz para quaisquer fins. Chega um momento em que você se engana e entra nisso por inércia.
E você fez isso, certo?
Não.


Eu me persuadi.
Dessa vez não é que eu esteja torcendo para dar certo, mas para que não dê nada errado.

16 de dezembro de 2009

Roger Federer, nº01 do mundo =D
E em quais possibilidades do destino eu conseguiria um amigo de verdade, sem segundas iñtenções?
Acabei de ter o primeiro indício de ciúme. Não bom. Não bom.

15 de dezembro de 2009

inutilidade/insônia/alergia

Era para eu estar dormindo uma vez que tenho de levantar às 7 da manhã - o seja, daqui 1:20h. Mas o fato é que eu tenho, às vezes, esse pequeno problema de insônia. Ao dormir um pouco mais cedo do que estou acostumada, perco o sono no meio da noite e fico a andar pela casa sem rumo, vendo programas de tv que normalmente nem notaria que existem, folheando algum livro que comprei. Mas hoje, em especial, acordei sentindo uma das amídalas inflamadas e um calor meio descomunal, no entando, graças ao ventilador de teto quebrado, não posso abrir as janelas de meu quarto por causa de uma coisinha minúscula que incomoda minha existência: pernilongo.
Só que hoje eu acordei e escrevi o post anterior. Fato: eu perdi a minha inspiração e dom para escrita; as coisas não estão fluindo como antigamente. Minha criatividade está limitada a posts do blog e só. Nada além, nada. Então eu acordei, escrevi o post, voltei para cama num afã inepto de tentar dormir, mas decidi por revirar meu guarda-roupa (não ele todo, óbvio! Ainda possuo um pouco de compaixão para comigo mesma - e orgulho). Encontrei textos que escrevi ao longo do 2º e 3º ano do ensino médio, textos que desviaram minha atenção das aulas de matemática, química e até física (não, isso não pesa nenhum pouco na minha consciência), e também das aulas de literatura e gramática (isso sim pesa :x). No entanto, diferente do que acontecia nas primeiras matérias citadas, essas últimas não me causavam devaneio, mas, sim, inspiração.

Lembro-me até hoje de como eu cai de amores por Dom Casmurro. Foi exatamente naquela passagem em que Bentinho está em seu escritório e Ezequiel entra e, em seguida, Capitu e narra-se que os dois olharam para o retrato de Escobar - e eis o impasse: Bentinho e Capitu olharam simultaneamente para o retrato ou Bentinho olhou primeiro e Capitu seguiu seu olhar?! Eu apaixonei-me aí. Ainda naquela mesma terça-feira, lembro-me, tratei de adquirir o meu Dom Casmurro e o li em 3 dias. Lindo, perfeito e obsessivo.

Quase a mim ( :D )

A questão, porém, que eu quero mostrar aqui é que encontrei textos antigos, da época em que eu ainda escrevia Entre Pierrot e Colombina, uma trama de paixão, ciúme e traição dentro do mundo potteriano. Era um bom plot, algo que eu consegui desenvolver até o capítulo 7º. Lembro que eu adorava contar a Sam (que hoje, verdade, estou em falta completa com ela - sorry :x) sobre como eu queria desenvolver as personagens, como eu queria trabalhar o ciúme de Sirius para com Remus e Francine (personagem criada por mim para compôr o pseudo triângulo amoroso), a obsessão dele para com a garota... Lembro de tudo isso e chega até dar saudade.
Até encontrei no meio dos meus arquivos o primeiro cápítulo que escrevi: Obsessão. Eu coloquei o texto no FictionPress para compartilhar com vocês, porque, modéstia à parte, é particularmente bom.

E, Sam!, eu até encontrei os primeiros rabiscos de Circo de Cetim!!! Essa fic foi, creio, a minha tentativa de completar Dominique Weasley (nova geração de HP). E eu também sinto saudades de quando elaborava psicológicos e caráteres para ela nos e-mails para a Sam. Eu criei uma Dominique diferente daquela que todo mundo começou a moldar; uma Dominique que ou você ama ou você odeia. Uma Dominique dócil. E linda - e de cabelos cor de ferrugem, nem louros e nem ruivos, e de olhos cor de ciano, nem verdes e nem azuis. Linda.

Achei também um projeto que ficou, acho, uns 2 meses na minha cabeça: chama-se Castelos de Areia. Sirius Black desmoronando seus castelos de areia. Encontrei trechos que usei em A Menina que Queria Voar, xerox de parnasianismo, modernismo no Brasil, rascunho da fábula feita para a gincana (que não deu certo, diga-se de passagem ¬¬ ), muitas folhas de almaço e sulfite em branco, a primeira versão de A Menina que Queria Voar, trechos copiados das poesias de Álvares de Azevedo (aliás, está na minha lista de presentes de fim de ano Lira dos Vinte Anos, galëre =D ), minhas folhinhas de literatura... Sinceramente, com tanta coisa assim, me pergunto como é que fui parar na filosofia. Não sei se reclamo ou não, mas Letras teria sido sim uma boa opção também.

Bem, daqui a pouco eu tenho de me levantar - oficialmente. Ainda tenho muita coisa para olhar e lembrar aqui e sentir saudades da época em que a minha preocupação era somente chegar em tempo de pegar o meu lugar na sala de aula e, depois, na cara de pau mesmo, entrar em puro estado de devaneio.

I refuse to let me go away from you

Quando a gente vai embora, a gente não espera exatamente que a pessoa deixada para trás abra um sorriso, dê as costas para o lado pelo qual você se foi, e nem sinta sua falta depois. Essas sensações a gente refuta porque é o mesmo que concordar que não fazemos falta, no entanto, com ela, eu senti-me lisonjeado por ela ter esquecido de sorrir.
Sei sim que a minha falta tem sido mais um preenchimento, e não motivos de choros desesperados pela madrugada - porque era assim antes, quando estava ao seu lado. À noite, depois que nós dois nos entrelaçávamos, confundíamos nossas pernas e esquecíamos a quem pertencia o quê, eu rolava para um lado (sempre o dela) e abraçava-a, afagava seus cabelos e dormia em sua fragrância natural, perto de seu seio, ela virava o rosto e deixava-se ser carinhosamente minha companhia, mas deixava escorrer - e creio que voluntariamente - suas lágrimas.
Lágrimas não. Expessos traços de água que saíam de seus olhos e marcavam sua tez. Eu notava. Eu sentia. Eu sempre estava com a cabeça sobre seu coração e ouvia-o dançar na melodia daquela água salgada. Ele acelerava um pouco, porém, voltava tão logo ao ritmo de antes, compassado - e voltava a acelerar. Nesses momentos sentia que ela estava viva, que ela precisava me ver partir... que ela me faria ir embora antes que eu conseguisse marcá-la, de alguma forma, até mesmo como as lágrimas faziam.
Por isso eu parti.
Não tenho idéia de como deve ser agora, de como ela deve dormir e acomodar-se naquela cama grande. Quando dormia comigo ali, ela possuía o lado direito e ficava ali, encolhida em seus pensamentos, recolhida em seu corpo - e permitia-me participar disso. Ou eu entrava como um entruso nisso tudo. E quando sozinha... sim, já a vi dormir sozinha, nas furtigas manhãs de domingo em que lhe levava um delicioso café-da-manhã, encontrava um lindo corpo feminino no centro do colchão, dos lençois brancos e finos e seus cabelos pretos manchando a paisagem nude de seu quarto.
Eu a via consigo mesma e sem choros, palpitações ou cascas. Era apenas ela ali naquele meio.

Quando eu fui embora senti que esqueci de me levar junto. E agora posso acompanhar de perto o que é não fazer falta a ela - enquanto ela e eu fazemos falta a mim.

Ironic smile thrown the mirror

Se você tem mesmo que partir, então apenas o faça. Deixe-me aqui, neste quarto de motel, enrolada no nosso lençol sujo e com as minhas roupas espalhadas pelo chão. Você já arrumou as suas, já as vestiu e já sustenta a maçaneta entre seus dedos. Dedos calejados que persuadem o meu corpo a doar-se para você, a dar-se por você - a ser tão seu quanto meu ele não pode ser.
Por favor, deixe ali, no canto do quarto ou sobre a mesa a minha dignidade, felicidade e capacidade de importar-me com mais alguém. Coloque dentro de minha bolsa o meu prazer, a minha maquiagem que se desfaz quando estamos juntos e os meus sorrisos libidinosos. Mas vá de uma vez - sem acreditar que vai querer voltar. Mas vá de uma vez, sem querer me tocar. Não encoste em mim. Estou bem. Ainda nem chorei por você, nenhuma vez desde a primeira. Apenas se vá e deixe-me aqui, neste quarto onde passamos tantas noites.
Não vou ligar. Não vou escandalizar e nem tentar me matar - eu nunca faço isso.
Quando alguém parte da minha vida, eu sempre sinto que, na verdade, não é uma decisão própria da pessoa, mas o meu poder de convencê-la de que é melhor que ela parta antes que eu a abandone. O meu poder de fazê-la desistir não por si mesma, mas por mim.
Apenas vá embora e deixe-me aqui sozinha. Sempre fiquei melhor na minha companhia e, por educação, espero que tenha compreendido até aqui as minhas ironias.
Passar bem.

14 de dezembro de 2009

"Você tem certeza disso? Porque, assim, sabe aquela passagem da bíblia do Daniel na Cova dos Leões? Vai ser praticamente a mesma coisa, só que sem a intervenção divina. Ou seja, Deus não vai lacrar as bocas deles e tão menos cessar suas fomes... E eles são como leões famintos e você um pedaço generoso senão o suficiente de carne. E, desculpa, mas eu faço parte dos leões, então, você não vai poder contar comigo. Ainda tem certeza de que quer conhecer a minha família?"


E seria assim que eu tentaria dissuadir algum cara de querer conhecer minha família.

12 de dezembro de 2009

"é verdade?"
"a julgar pela sua pergunta, creio que posso deduzir livremente que ninguém te avisou quanto ao meus sarcasmo, né?! Caramba!, como tem gente sádica nesse mundo".

E pensar que consegui escapar de apenas ter de responder se sim ou não.

All you need to do is let me care about ya

Eu tenho vontade de contar a você o transtorno emocional em que você me encontrou - e eu pesso desculpas por isso, porque você não tem culpa, não tem que enfrentar isso comigo. Sim, estou muito calejada, muito receosa do rumo que tudo isso pode levar sem antes eu ter um comprometimento emocional completo com você.

Você me encontrou em um momento transitório, naquele estado psiquico em que nada se tem certeza: nem da carreira, nem do coração, nem das presenças. Desculpe-me. E acabei por me apegar a você não exatamente por você, mas pelo que você representa: você representa a rotina que eu tinha com ele. Então, quando mando uma mensagem, não sei bem se a mando para você ou por mim, porque esse era o laço profundo entre ele e eu... eu o tinha do meu dia-a-dia e frustrei-me muito quando notei que não existia mais ele comigo.

Que as mensagens não existiriam mais. As ligações nos sábados à tarde. As conversas cheia de meguices e cobranças de carinhos pelo msn todas as noites. O número no meu celular. O espaço dele nas minhas noites. Nos meus dias. Na minha vida... Sim, eu ainda penso nele - e em toda a mágoa, em todos os utópicos momentos em que ele deve sentir a minha falta e lembrar, instantaneamente, no que fiz para ele. E isso eu não estou pronta para te contar.

I have to. I must - but I cannot.

Mas eu quero também poder me abrir para você e contar o quão meu coração acelera com a sua voz no meu ouvido e quão tranquila e sossegada você me deixa. O quão aquele momento de silêncio entre nós me deixa feliz - por eu poder traçar os contornos de seu rosto com as minhas mãos, poder escorregar as unhas pela sua pele, pelas costas, braços e vê-lo arrepiar. Quero conseguir pronunciar em claro e bom tom o quão perdida fico no seu olhar, o quanto nossos beijos e abraços se encaixam para mim... o quanto eu espero para poder abraçá-lo.

E eu acho sim que as coisas entre nós estão funcionando, porque, mesmo sem a latente paixão que me degradou no outro relacionamento, estou adorando descobrir como é focar-se numa pessoa quando ela está diante da gente e quão bom é respirar tranquila e simplesmente não se importar com mais nada senão quando você está comigo.

Estou adorando descobrir com você o que é não ser ciumenta, neurótica e possessiva. Adorando descobrir em você uma certa paz gratificante.

9 de dezembro de 2009

O cinturão não faz a Constelação

Eu deveria fazer um post sobre cada pessoa importante na minha vida. Não sobre meus pais, tios e afins, porque, óbvio, eles são importantes não somente para a minha vida. Mas deveria ser escrito textos para cada amigo meu.

E ela foi a minha primeira escolhida: Priscila Vollet.

Minha prima de 26 anos que me chama carinhosamente de siamesa e tem um chilique toda vez que eu digo que já tenho planos. Ela é pequenininha, sabe, toda bonequinha - de cabelos louros e olhos claros que sim, são delas; afinal, a cor foi escolhida por ela. Mas isso não importa, porque ela é aquele exemplo de pessoa que, de longe, um nojo, de perto, uma figura. Isso já é clichê para ela, fato.

Pelo menos é o que os depoimentos alheios dizem - porque, para mim, ela nunca foi um nojo. Ela é minha irmã.

A gente já brigou, já discordou, já rimos juntas, uma da outra, sem ter motivo... já ficamos horas sem falar nada (ok!, horas sem eu falar alguma coisa, porque ela fala! E, meu Deus, como fala). Apesar dos 26 anos, ela tem essa aurea de menininha, essa carência infantil e ingênua de carinho. E é lindo de assistir as conturbações dela, porque, mesmo sem motivo, é fascinante o caos que se causa.

A amizade dela é bonita porque é extremamente sincera. Às vezes machuca, como toda sinceridade, mas não causa cortes profundos. Apenas um raspar na pele, apenas capilares rompidos - não um corte profundo na jagular. Jamais.

Note que temos praticamente 7 anos de diferença e nos damos muito bem, obrigada. E ela conta a mim tudo, e não me esconde nada - e eu tento escutar e guardar cada palavra dela, entender os seus motivos, captar a sua essência em seus relatos. Tudo o que percebo quando ela me conta alguma coisa é a sua necessidade de extravazar seus sentimentos e de mostrar que quase tudo a machuca.

Uma genuína alma de princesa.

É como dizem, todo mundo recinhece as 3 Marias, mas são poucas as que enxergam Órion.

8 de dezembro de 2009

A verdade nem machuca. Incomoda. Traz insônia - ou me faz perder o rumo das coisas. Não, nada disso. A verdade apenas me faz mover para adiantar e construir todos os argumentos para que eu esqueça, de uma vez, que nada vai dar certo entre a gente. Eu não consigo nem ponderar se me incomoda ou não o fato de estar dando tudo errado.

E isso também não me tira o sono. Isso também não muda o rumo. Nada o muda, na verdade.

A única coisa que eu pesso é que você me devolva a capacidade de gostar das pessoas. Eu preciso começar a me importar de verdade com o outro.

A verdade não me afeta. O que afeta é o que você roubou de mim.

6 de dezembro de 2009

Vai fazer 11 meses. E eu o vi ontem, sozinho, e hoje me disseram que ele estava sozinho também. Não é que eu esteja alimentando esperanças, não que eu esteja esperando por algo... é apenas que tem uma peça nesse quebra-cabeça - se é que há um! - que não encaixa.
O estranho é que eu não sinto nada benevolente ou magnânimo em relação a ele, mas todas as vezes que o vejo, não cabe em mim a vontade de chorar. Só que eu não choro na frente dele. Nem no mesmo ambiente que o dele. É apenas uma relação de posse que foi feita antes e eu não consegui desfazer.

...

Mas acho que já foi a época em que eu era somente dele.

5 de dezembro de 2009

impacto

Eu a vi escolher a melhor roupa, escolher as cores da maquiagem com cautela e ordenar cada cacho de seu cabelo para ficar bonito. Eu a vi se enfeitar com um sorriso no rosto, uma alegria sincera, um entusiasmo que há muito havia sumido. E ele estava ali de volta, nela e com ela, ajudando-a a se vestir, a colocar o vestido preto acetinado sobre as curvas, a sandália nos pés, o batom sobre os lábios.

Ela sorria a cada cuidado que tomara, em cada detalhe que pensara. Sorria porque tudo estava voltado para uma pessoa - uma única pessoa que lhe alegrava as noites, os sonhos, os anseios. tudo para compor o seu uno, o seu eu naquela noite.

Ela estava linda. Tão linda como sempre o fora antes. Mas estava mais - pela alegria, desejo, encontro. O encontro que não aconteceu. A presença de um outro que desfocou sua atenção. Não era ele, não era para ele, não com ele que ela estava disposta a aguentar o salto fino, os dedos dos pés ardendo em dor. Não era por causa daquele que seu sorriso expandia, seu coração acelerava, sua bochechas coravam.

Mas era por ele que os olhos lacrimejavam. E para ele, ela não estava tão linda assim.

Era Engano

Um coração cigano. No final – e no começo, no durante e no sempre – era isso o que a definia; uma sina a ser carregada sem marcas, sem chagas, sem dor. Ela carregava o cruel apego, o mais perverso deles: a de estar com todos e não poder ter nenhum. Monogamia não era bem o que seu coração prezava, mas não era algo que repulsava. Havia-se a esperança de que, um dia, existisse alguém pelo qual seu coração se importaria mais.

Apegar-se-ia mais. E ela estava na espera.

Seu coração não era leviano, não era de total imprudência e nem de um todo abrangente. Não era a todos que doava seu amor e sua atenção.

Não.

Ela não podia doar esses sentimentos, essas ações – não lhe pertenciam. Ela não sabia o que eles eram, como reagiriam em seu corpo e seu comportamento; não sabia porque não os tinha.

Seria sempre a metáfora. Seria sempre inconstante. Bastava um suspiro mais longo para se mudar, para não querer mais. Todo o seu corpo lutava contra algum sentimento, e quando estava perto dele se apossar de si, tudo a fazia sair. Tudo a persuadia de ir embora, sem deixar rastros, sem deixar esperança.

E ela nunca voltava para o mesmo. Nunca procurava por aquela iminência de sentimento. Nunca teve saudade.

Era um coração medroso, aquele, o dela. Medo de se perder por um outro.

2 de dezembro de 2009

there was that time I couldn´t take my mind off you_

I have couples of memories about that time. Good memories. Seletives ones. Rarelly ones. But good. I cannot lie about it. What had hurt me hasn´t been annoying anymore. Do not get worried. I won´t tell anybody I´ve missed you.

1 de dezembro de 2009

ficção

Eu tenho ódio dela, para ser bem franca. Depois de tudo o que aconteceu, de tudo o que esse cara fez para ela... ela me diz que está esperançosa. Eu tive vontade de enfiar a cabeça dela naquela privada, dar descarga e só parar quando a lavagem cerebral estivesse completa. Mas simplesmente não dá para fazer essas coisas com a sua melhor amiga.

Ela tem equilíbrio, sabe? Aquele equilíbrio que eu simplesmente esqueço quando o assunto é diversão, sexo e bebida. E, cacete!, ela me olhou com aqueles olhinhos brilhando, realmente me dizendo que que estava esperançosa de que as coisas entre eles dois iriam se acertar. Eu só pude me remoer em descrença, decepção, sei lá... depois de tê-la visto sentar no banco do bar, em plena balada que ela tanto amava, e deixar que tudo escorresse pelos olhos a fora enquanto ele dava atenção pra outra, achei que ela ia desistir ou, melhor!, ia de fato tentar seguir em frente.

Eu desejei ter ao menos tentado afogá-la ali na pia do banheiro público mesmo. Pelo menos respingado alguma coisa bem nojenta em cima dela para que percebesse o quanto aquilo era um absurdo. Eu tinha inveja dela por causa do cara que ela estava saindo, tinha inveja porque ela me contava, entre a vergonha, tensão e medo, sobre ele querer do that com ela porque ela o enlouquecia.

O cara me enlouquecia só com um sorriso e I would do that com ele se este não fosse a forma mais belamente olímpica de escape para ela. Se não fosse ele quem a fazia sorrir uma vez por semana de forma sincera.

Nós duas sempre fomos muito unidas e eu sempre estive perto dela. Ela é frágil demais, delicada demais, meiguinha demais... e tudo isso não ajuda em nada quando ela sofre, porque faz com que ela sofra demais. E eu queria poder sofrer por ela, mas eu sou rebuscada demais, sarcástica demais, inabalável demais. E sofro de menos, por um dia, uma hora, dois instantes. Ou nem isso.

Eu não sei do que ela está falando.