12 de dezembro de 2009

All you need to do is let me care about ya

Eu tenho vontade de contar a você o transtorno emocional em que você me encontrou - e eu pesso desculpas por isso, porque você não tem culpa, não tem que enfrentar isso comigo. Sim, estou muito calejada, muito receosa do rumo que tudo isso pode levar sem antes eu ter um comprometimento emocional completo com você.

Você me encontrou em um momento transitório, naquele estado psiquico em que nada se tem certeza: nem da carreira, nem do coração, nem das presenças. Desculpe-me. E acabei por me apegar a você não exatamente por você, mas pelo que você representa: você representa a rotina que eu tinha com ele. Então, quando mando uma mensagem, não sei bem se a mando para você ou por mim, porque esse era o laço profundo entre ele e eu... eu o tinha do meu dia-a-dia e frustrei-me muito quando notei que não existia mais ele comigo.

Que as mensagens não existiriam mais. As ligações nos sábados à tarde. As conversas cheia de meguices e cobranças de carinhos pelo msn todas as noites. O número no meu celular. O espaço dele nas minhas noites. Nos meus dias. Na minha vida... Sim, eu ainda penso nele - e em toda a mágoa, em todos os utópicos momentos em que ele deve sentir a minha falta e lembrar, instantaneamente, no que fiz para ele. E isso eu não estou pronta para te contar.

I have to. I must - but I cannot.

Mas eu quero também poder me abrir para você e contar o quão meu coração acelera com a sua voz no meu ouvido e quão tranquila e sossegada você me deixa. O quão aquele momento de silêncio entre nós me deixa feliz - por eu poder traçar os contornos de seu rosto com as minhas mãos, poder escorregar as unhas pela sua pele, pelas costas, braços e vê-lo arrepiar. Quero conseguir pronunciar em claro e bom tom o quão perdida fico no seu olhar, o quanto nossos beijos e abraços se encaixam para mim... o quanto eu espero para poder abraçá-lo.

E eu acho sim que as coisas entre nós estão funcionando, porque, mesmo sem a latente paixão que me degradou no outro relacionamento, estou adorando descobrir como é focar-se numa pessoa quando ela está diante da gente e quão bom é respirar tranquila e simplesmente não se importar com mais nada senão quando você está comigo.

Estou adorando descobrir com você o que é não ser ciumenta, neurótica e possessiva. Adorando descobrir em você uma certa paz gratificante.

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