11 de novembro de 2009

"Pretend you don't know me so well
I wont tell if you lied"
(Plane, Jason Mraz)


Ela havia dito não, de alguma forma. Ele só não conseguia julgar se haviam sido os olhos ou as mãos longe das dele. Mas houve, realmente, um não. Mas não era como se ela fosse se afastar dele apartir daquele instante; não, não era típico dela repulsar pessoas queridas devido a um sentimento não compartilhado.

Era apenas que, de uma forma ou de outra, as pessoas se apaixonavam por ela. Gostavam de ficar ao seu lado, de tê-la sempre. Uma constante companhia ou para ficar quieto ou para falar de tudo. Uma constante companhia que apaziguava alguns corações e mortificava outros. Muitos outros.

E ela nunca se afastava. Nem poderia. Mesmo sem se importar muito, não podia simplesmente não se dar conta que tinha um laço - e a ideia dele sempre ficar na inércia de se romper a qualquer instante incomodava. Deixava-a acabada, como se tudo sempre tivesse de se romper.
Eu não deixaria que isso acontecesse conosco. Mesmo que eu tivesse feito de tudo para deixar o nosso daquela situação, mesmo que eu não estivesse muito disposto a estar por perto sem a retribuição exata de meus sentimentos.

Mesmo que ela não me amasse.

"Mas eu aceito ser só seu amigo".

Ela tinha olhos pequenos, daqueles que é preciso prestar um pouco mais de atenção para entender como funcionava a sequência de cores ali dentro. E eles focaram-se em mim e senti.

Senti a decepção.

Ela levantou-se e saiu, abandonando o sorvete pela metade, o lacinho de cabelo, e a mim.
um amigo. Subestimei-a. Ela compreendia tudo o que era dito. um amigo. Quando era tudo o que ela queria. Um amigo.

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