24 de janeiro de 2009

Possível "About Me" no Orkut



A doce menininha do papai que aprendeu a discutir e possui um senso de humor peculiar. Cultiva seu sarcasmo com amor e carinho e almeja ser como Dr. Gregory House nesse campo tão singular. Pensadora mediocre, sem grandes reflexões para oferecer, mas gosta de analisar as atitudes alheias e pensar que conhece as pessoas. Verdade; na maioria das vezes, ela só analise as perspectivas ruins dos outros, mas tem vivido bem assim.

A linda menininha da mamãe que tem os laços mais atados e paradoxalmente frouxos com os outros. Quem lhe é importante é e ponto. Porém, ela não fica tão abalada ou morre de saudades. Vê seu lar como o lugar mais aconchegante que existe, mas odeia passar muito tempo nele. Gosta de sair com os amigos e na maioria das vezes haverá uma oração subordinada adversartiva para acompanhar grande parte de seus gostos.

Sua perspectiva de futuro é bem maior daquele que de fato será, mas duvida muito que a desilusão a machuque. Afinal, quem não pode morar em qualquer cidade francesa e dar aula numa faculdade de lá? Claro que ela já ficaria extremamente feliz se conseguisse ser muito boa no que fará e pudesse ser alguém cotada para trabalhos, assim como acontece com 2 ou 3 professores que ela conhece.

Ela gosta de livros, e lê porque quer saber mais, adquirir vocabulário, ter estilo de escrita. A idéia de um prédio tombado com arquitetura do século 1930 ou antes lhe agrada muito. Ainda mais porque, em sua cabeça, esses lugares possuem um tom meio alaranjado, meio sépia, e são clássicos e possuídores de muita história e livros.

A pequenininha do irmão que acabou de aprender que ele sempre vai ter razão e que ele é sim um de seus heróis - e que talvez o amor dele seja de fato incondicional. Obtenção de informação para ela é uma das razões de seu viver, e vai buscar o conhecimento seja onde ele estiver. Ela tem um amplo campo de interesses, e tem agonia ao ter ciência de que nunca vai conseguir aprender tudo.

Mesmo odiando física e química, acha as matérias interessantes e atraentes, mas sente alergia ao pensar em calcular alguma coisa nesses ramos. Hoje, recém formada do ensino médio, ela está chateada porque não terá ninguém para contar sobre outros assuntos. Nada de anatomia, bactérias e a evolução vegetal. Nada de saber o processo de formação de uma semente e fruto e nem que quanto maior a pressão, melhor para a reação.

Francês ainda é su grande sonho e invariavelmente vai parar com isso. Ela pode ser muita má, às vezes, e a idéia de ter o poder oratório em muito lhe agrada.

Gosta de analisar as coisas, as atitudes alheias, os fatos e até mesmo textos. A interpretação textual é uma arte, na concepção dela, e seu ídolo é Machado de Assis com Dom Casmurro. Acredita que para mentir necessita-se de treino e que há também uma arte em torno disso. O ser humano é mau e egoísta, mas ela busca irredutivelmente o melhor nas pessoas.

Ela é antagônica por si mesma, para simplificar.

Ela gosta do seus cabelos, todos em cachos, caóticos, displicentes. Ainda mais depois que lhe disseram que eles são iguais aos de Capitu, na microssérie da Globo. E Capitu é divina mesmo com péssimas interpretações de Santigo. Ela gosta de muitas coisas nela mesma e acabou de descobrir que proteína ajuda na prevenção de estrias na gravidez. Ela está cada vez mais certa de que não vai ficar grávida, uma vez que é vegetariana e proteína é algo muito escasso em sua alimentação. (E que sua mãe não leia isso).

Bem, essa pode ser ela, como alguns gostam de vê-la no msn.

20 de janeiro de 2009

minha nova meta para 2009 de fato é aprender a fazer embaixadinha!

18 de janeiro de 2009

Pessoa Analítica


Hoje é o 18º dia de janeiro de 2009, e eu sinto que já devo avaliar o ano. Talvez para saber o que mudarei daqui para frente, ou para apenas pensar.

Primeiro, preciso saber: o que é uma pessoa analítica? Analítico vem de análise, que eu entendo por atenção minunciosa de dados, fatos ou semelhantes. E pergunto-me: sou alguém analítica? Sim, sou. Assim penso devido a minha necessidade de prestar atenção a tudo, ou seja, desde da disposição de como uma frase é dita até da forma como alguém se comporta.

Detalhes.

E, além disso tudo, sei que mentalizo muito bem como direi algo, como agirei... catalogo em minha cabeça a forma como tudo será procedido (mesmo que na hora mude antagonicamente de idéia e faça o que dê na cabeça). Penso muito bem na minhas atitudes e até como devo me movimentar.

Sou alguém metódico, e, ainda assim, despojado - não importando muito como o dia terminará.

Ok, primeiro ponto analisado.

As coisas que fiz em janeiro.

Comprei um vestido, saí para dançar, para comer, beber, conversar. Fui à casa de minhas amigas, fiz dois vestibulares, 11 provas, marquei minha prova teórica de trânsito, dois livros, li O Jogo do Anjo e Eu Sou o Mensageiro, estou lendo A Cabana, mas está complicado. Mas esse eu termino por questão de honra! Voltei a correr, me arrependi de ter acreditado no que algumas pessoas me disseram, senti saudades, fui grossa, mal-educada, chata e sarcástica demais - tudo em tpm (e me doi pensar um pouco que gastei meu sarcasmo com pessoas que não o merecem!). Masquei chicletes só porque eles me lembram ele, chorei...

Senti-me a pessoa mais feliz só por tê-lo ao meu lado por 2 horas. Dei um tapa em meu rosto porque sim, estou apaixonada por ele. Tive insônia, escrevi um plot, me senti linda, me senti unique... meu coração explodiu à meia noite de uma sexta-feira por causa do telefonema dele, me dei conta de que não existe nada mais lindo que o olhar e sorriso dele, que gosto quando conversamos frente à frente, de quando tenho o perfume dele em mim...

Dormi bastante, acordei às 7 da manhã, fui dormir às 9, dormi só 3 horas, dormi 14... Não dormi.

Mas digo. Hoje. Algo em mim mudou. Freud foi cumprido. Meu ciúme virou contra mim... mas eu só quero um, como nunca antes quis ninguém. E nem terminamos janeiro, e eu já sinto que posso falar te amo sem medo do engano.

Amo.

17 de janeiro de 2009

...













Feche a porta. O frio pode entrar e o cobertor não ser o suficiente. Você pode até não senti-lo, mas ele estará lá, como pesadelo em noites escuras, medo em momentos solitários.

Descanse.

As besteiras serão suas, mas, por favor, feche a porta. O mal pode adentrar. Os pensamentos ruins. E a falta. A saudade. E a sua felicidade ir embora. Feche a porta, afinal, não queremos que isso ocorra. Mesmo que haja dúvidas. Mesmo que haja enganos. Não deixe a felicidade ir embora.

Se antes houve um esquecimento, mesmo que por uma noite, hoje não há. Você sabe disso. Hoje não há esquecimentos, não há como ter outro pensamento, com outros protagonistas. Será sempre a mesma personagem agora, e a sua felicidade já está vinculada a isso. A sua imagem. A sua presença.

A presença dele. Os pensamentos nele. E seu coração se anima. E a porta estará fechada quando ele decidir entrar de vez. E você, com toda certeza, vai fechar a porta quando ele o fizer. E você vai sentir a felicidade mais próxima, e ele, e ele... ele... e você com ele.

Feche a porta assim que o calor dele entrar. E sua felicidade nunca irá partir.

Fique.

Ok!,

acabei de conseguir Eclipse.

16 de janeiro de 2009

Pelo menos Uma Vez




Eu acho que, hoje, pela primeira vez, eu disse te amo sem medo de estar em puro estado equivocado. E, pela primeira vez, percebi que uma verdade dita soa mentira até quando os olhos estão fincados dentro dos seus.

Não senti a verossidade das palavras, e eu soltei a verdade - e também não senti a magoa.

Mas agora a saudade foi extinguida, o perfume relembrado e um beijo foi ganho. E dado.

14 de janeiro de 2009

Aos bons e velhos tempos



Eu não deveria declarar isso, mas sim, bateu saudade.


Hoje me dei conta disso, de que não terei mais essas coisas. Estava lá eu, dentro daquela van, partindo das 4 horas frustrantes de prova de matemática (sim, matemática, porque prova de inglês feita em meia hora é brincadeira!), quando minha amiga simplesmente diz "não quero papos cultos. Agora só me venham com coisas fúteis" e eu fiquei me perguntando o que diabos é açúcar invertido...

O açúcar invertido é um ingrediente utilizado pela indústria alimentícia e consiste em um xarope quimicamente produzido a partir do açúcar comum, a sacarose, segundo a wikipedia.

Enfim, minha saudade em nada tem relação com de fato querer saber o que é o tal açúcar. Mas no que essa informação representa... AH!, Droga, eu nunca mais (espero) vou ter quem me informe sobre física, química, matemática e principalmente biologia. Ninguém mais para falar, falar e falar e eu só entender 1/5 da aula, ninguém mais para me dizer que o Kosovo ficou independente e eu não conseguir lembrar o nome do novo país na prova... Ninguém para me contar coisas, me ensinar coisas diferentes ou interessantes... Sem aulas variadas.

Veja, não estou falando que o que eu escolhi não é interessante. Muito pelo contrário. Mas não é uma aula de biologia sobre o miocárdio. Não é uma aula de química sobre os fatores que alteram a velocidade uma reação. E nem que o Kosovo ficou independente (maldita questão!).

Por um segundinho abandonei meus planos de estudar e fazer academia para dar espaço a um novo plano: fazer faculdade e me matricular num cursinho! Claro que meus pai não vão acatar a essa idéia sem escrúpulos, mas seria interessante... e seria totalmente coincidente ao que quero, sou e desejo ser.

Cultuar bons livros, amar os animais e poder conversar de tudo a tudo e com todos.

11 de janeiro de 2009

existe algo mais antagônico que um libriano se fazer de seguro e decido?

10 de janeiro de 2009

adeus ano velho e ponto. venha 2009!

Ok, chegou a grande hora de um ano novo: avaliar o ano velho. Eu, para ser bem sincera, gosto de fazer isso porque me faz afincar mais a minha perspectiva de mim mesma: ser racional.

Em janeiro de 2008 foi a primeira vez que fui á praia, corri quase nenhum dia, comi quase todos os sorvetes que tive vontade e voltei quase da mesma cor. Alugaram um apartamento para no máximo 10 pessoas e havia 12 durante a semana e 16 no final desta. Li Lolita, adorei - apaixonei - e comecei a escrever uma história paralela com o mundo de Harry Potter que dei o nome de Ma Petit Fille. Projeto não concluído e abandonado por perda da essência de Lolita.

Em fevereiro só me lembro do carnaval, que foi o primeiro que não quis beijar ninguém, apenas curtir meus amigos e às músicas, voltar para casa às 7 da manhã e às vezes avisar meus pais somente nesse horário que iria dormir na casa dos meus primos. E vieram as aulas: o famoso 3º ano do ensino médio. Primeiro mês de aula, uma maravilha. Acho que foi nesse mês que tive contato com um profº de filosofia que viria a me ajudar a ratificar minha decisão.

Não me lembro como as coisas foram acontecendo mês por mês, mas sei que vieram as pressões do vestibular, as horas de estudo que, comigo, não evoluíam e eram raras em minha rotina. A certeza de que eu passaria era minha e via-me já como uma bizxete do curso de Filosofia 2009 na USP. Hoje, 11 de janeiro de 2009, estou prestes a fazer a 2ª fase da UNICAMP e já concluí a da USP e esse sentimento já não me segue mais.

Lembro que presenciei 2 tempos da minha amiga com o namorado dela (meu amigo também), o rompimento deste e o término de um namoro que eu jurava ser eterno. Ouvi o que acontecia com os meus amigos, como uns tinham problemas com mãe, namorado e ex, como outros estavam cegos pelo vestibular, aqueles que não estavam... e eu lutando para me segurar em alguma ponta. Eu não tinha um namorado, nem mesmo um pretendente. E não queria.

Sempre vi como as pessoas ficavam quando gostavam muito de alguém - até mesmo chegando ao ponto de se apaixonarem - e lembro como eu ficava quando assim estava. Se há algo que você faz com 13/14/15 anos que é útil é gostar muito de alguém. E foi com esse aprendizado meu que decidi que não iria me apaixonar, que não iria deixar ninguém vencer a minha segurança, a minha confiabilidade. Ninguém iria me destruir por um sentimento.

E vinha sendo racional desde então. Desacreditando no melhor das pessoas, mas buscando por isso. Lendo sobre falhas de caráter e não acreditando em paixão, saudade e companheirismo.

Larguei a academia com a desculpa de falta de tempo. Mentira. Eu tive tempo o ano todo para ir lá e ficar 4 horas de quisesse, mas a verdade é que eu não tinha mais saco para fazer isso. Comecei um curso de filosofia na antiga escola com aquele professor que eu conhecia. Só de ver. Ele me ajudou - muito - e traçou um perfil meu que eu pouco lutei para fazer juz. Ele ainda está torcendo por mim, acho, e vou me sentir uma fracassada por não conseguir passar em um dos cursos mais fáceis. Mas sabarei perfeitamente onde errei.

Errei na minha dedicação.

Li Crepúsculo, metade de Dom Casmurro, metade de A Mão e a Luva, metade de O Mundo de Sofia, metade de O Vendedor de História, li O Teorema do Papagaio, Através do Espelho, alguns textos de Caio Fernando Abreu que encontrei ao acaso na internet. Li Lua Nova, A Cabana, A Cura de Shopenhauer, algumas dez ou trinta páginas de Sócrates, O Julgamento de Sócrates.

Não é uma lista que eu me orgulhe, afinal, a maioria dos livros que eu compro, sei que vou ler apenas algumas páginas.

Meu irmão sofreu um acidente e quase deu perda total no carro. Abalou a todo mundo, menos a mim. Não sei por quê. Quer dizer, fiquei meio na corda bamba por um dia inteiro, só que depois, passou. E eu achei que havia acontecido o mesmo com os meus pais, até eles tocarem no assunto de forma mais profunda um mês depois.

Em julho vivi para academia e caminhadas. Vivi para sair com meus amigos e dormir. E fui feliz - até onde deu. Passei, verdade, um período difícil, vendo minha mãe chorando pelos cantos e aquilo me desestabilizou por alguns dias (todos). E a história se repetiu, mas, daquela vez, eu só chorei uma vez, quando criei coragem para contar às minhas amigas mais próximas.

Eu estava sendo uma sem sentimentalismo perfeita.

Foram dias longos.

E então veio o 1º dos 18. Só naquela festa que eu percebi que faria 18 anos. E me senti importante, adulta e digna de curtir tudo o que aparecesse na minha frente. E vi como tinha conquistado amizades importantes e como estávamos ficando adultas. Dentro de 9 dias eu não teria mais 17, mas 18 - e as lembranças de quando fiz 15 anos retornaram quase todas as nove noites.

Então eu fiz 18.

Foi lindo. Fui à academia e meu professor lembrou que era meu aniversário, me deu um abraço e espalhou para todo mundo. Minha amiga, parceira mesmo, não estava lá. Não lembro o motivo, mas sei que ela não esteve. Um dia antes, comemorei meu aniversário com 18 pessoas, que muito prezo, em um pizzaria. Foi ótimo. Foi lindo. Quando cheguei em casa, já eram 21horas e a minha família quase inteira estava presente.

Eu não sabia, mas estava a menos de 30 horas da mudança em minha vida.

Houve um casamento e uma festa linda. E lá eu conheci um alguém que eu não quis e que foi adentrando a minha vida de uma maneira que não sei explicar. No começo, não queria, mas ele fez-se especial.

Tive minha primeira crise de ciúme em anos, disse eu te amo sem de fato amá-lo, mas ele sabia. Disse eu não te amo com uma veemência que no momento me espantou. Senti saudades. Tive sonhos com ele... e quando estive prestes a me olhar no espelho, me dar um tapa na cara, e dizer para mim mesma muito bem, você está apaixonada, ele se afastou e me contou que a ex estava a ligar, que ele tinha outras e que gostava muito de mim.

Foi aí que um dia eu saí e não pensei nele pela primeira vez e que deixei alguém me flertar. Fui simpática com estranhos, saí de novo uma noite e deixei-me levar pela dança, pela aproximação, pelas palavras e pela bebida em meu copo que subia mais rápido que qualquer outra coisa. Deixei-me levar e beijei outro e gostei muito, porque, naquele dia, eu estava sentindo-me linda e capaz. E fui.

Vários homens se aproximaram de mim, vários disseram que eu era linda, e em nenhum deles eu via a imagem dele. E nem me lembrava dele - por 5 segundos. Mas, depois, lembrei-me dele dia após dia, minuto por minuto. Ele me tirou o sono - nada me tirava o sono até então! - e eu quis, de fato tê-lo.

No dia seguinte, eu queria vê-lo, mas não podia. Não teria coragem de encará-lo. Mas no vimos no outro dia, e foi especial e ele gritou para mim que me amava. Porém, não me convidou para acompanhá-lo no outro fim-de-semana e nem me ligou desejando feliz natal ou ano novo. Eu o fiz.

Na noite de natal, nós estivemos juntos porque não havia como ele se esquivar de mim. Estava sendo um pouco cautelosa por causa do meu irmão e os amigos deles me adoraram e me queriam por perto. E nessa noite sussurrei peão quando quis ter gritado minha paixão.

Eu liguei duas vezes pedindo para os encontrarmos e ele negou.

E então percebi que há muito eu não tenho mais saudades dele e que não gosto mais tanto assim. Apenas me habituei a ele. Só. E descobri que sou igual a qualquer outro clichê feminino.

Descobri várias coisas de mim. Prepotente, arrogante, soberba, chata, ciumenta, crítica, cética, possessiva, fraca, pouco determinada. Vou reverter. Algum dia. Hoje eu só quero conseguir dormir para aguentar 4 dias de provas que sei que só vão me deixar estressada e mais chata.

Ao longo desse ano, tentei mostrar uma visão racional dos fatos, só que falhei em quase todos os meus parâmetros. Minha excelência em alguns ramos foi guilhotinada. Minha confiança, dissolivida.

Passei ótimos 4 dias com parte de minhas melhores amigas em um hotel fazenda. Estávamos sozinhas, queimei as minhas pernas, fomos a Piracicaba e voltamos de ônibus para Rio Claro porque o cinema de lá não tinha sessões cedo. (Nunca, em toda minha vida, imaginaria que sairia de Piracicaba para vir ao cinema de Rio Claro). Fomos ao Hopi Hari, trocamos nossos points...

Aprendi a dirigir, deixei-me sair com outros grupos de amigos e a querer trazer mais pertos aqueles que já possuía. Primeiro porre, primeira promessa de não bebo nunca mais e a primeira ressaca... Nessa ordem. Criei tantas histórias que teriam dado ótimos livros que nunca foram para o papél. Criei tantas vontades... AH!, Sim, o tênis. Comecei a gostar e a entender esse jogo. Comecei a admirar pessoas como Roger Federer, Rafael Nadal, Guga e Fininho. As irmãs Vênus, as Olimpíadas... tudo!

No último dia de 2008 eu acordei às 5 da tarde, encontrei meu vestido passado e pendurado na porta do meu guarda-roupa, fui pôr gasolina no carro junto com meu pai, entrei na net, troquei de roupa e esperei pela virada de ano.

Claro que tenho muito mais a declarar, mas, por hora, isso me satisfaz.

7 de janeiro de 2009

sem muitos afazeres


Eu pintei minhas unhas hoje.

E elas estão vermelhas, e bem feitas.

Estão reluzentes...

Elas, apenas.

3 de janeiro de 2009

Incógnito.

Quando alguém surge na sua vida, você não fica procurando por motivos. Você simplesmente acata, pega e sorri, como forma de gratidão.

Caio F.P.S. apareceu mais ou menos assim na vida de Bruna V. repentinamente, sem motivos aparentes. E, para contragosto, não inventado e pouco acreditado, da parte dela, ficou. E tem ficado e, mesmo não agradando, ela o deixa ficar.

Sim, ela pensa por que diabos ele ficou se, ao escrever algo lindamente poético, nem um muito obrigado ele lhe dá.

Confesso, sem medo de aparentar inconviniente ou mal agradecida, que não é nada estimulante pensar na disposição das palavras ao longo de um texto para que, no final, a pessoa presentiada não consiga ler realmente o texto.

Afinal, há diferença em ainda sinto saudades e saudades ainda sinto e sinto saudades ainda ou até mesmo saudades ainda as sinto.


Caio. Um x que apareceu na vida da alfa Bruna e que recebe quase todas as prosas mais bem escritas por ela e ... e ele deveria se sentir um felizardo por tais feitos.

2 de janeiro de 2009

Conteúdo em prosa




Quando ela fecha os olhos, algo muda. Não é a luz que perde sua teoria e nem o preto escuro que ganha essência. É apenas o que se passa por dentro. E o que se passa é a louca vontade de afundar a cabeça no travesseiro e chorar... chorar... soluçar. Borrar o tecido florido pelo rímel do dia, manchar a tez com o preto da maquilagem e perguntar-se por quê.

Mas ela, invariavelmente, prefere apenas fechar os olhos. Sua razão guiá-la-á e em algum lugar chegará. E, irredutivelmente, seus pensamentos voltam para o mesmo assunto, comparando o antes com o depois, visualizando quando havia reclamações, quando ele se sentia carente e precisava dela. Quando ele pedia por ela.

Quando ela conseguia sonhar com ele.

E, de várias formas, à noite, ela chora. Seja ao manter os olhos cerrados, abertos, presos à parede... ao teto. Chora porque não sabe como entendê-lo, porque as frases dele ecoam em sua cabeça. Doe, eu sei, mas ela já entende que não doma sua razão - e que possui sim um lado sentimental. E que não consegue ser tão alheia aos demais, que seu cinismo é tão fajuto quanto suas conclusões.

Isso doe mais - porém, ela ainda não sabe. Tem que passar por tantas coisas para chegar a esse ponto que eu bem tenho ciência de que ela não quer. Ninguém quereria. Ninguém, em sã consciência, gostaria de passar por esse caminho. Mas ela já escolheu - só falta consentir. E agüentar. E suportar. E solidificar - até não mais sentir muitas coisas.

Se houvesse outro, um outro alguém que a colocasse nas nuvens, seria mais fácil. Sim, ela e eu sabemos. No entanto, não há aquele que desperte seu ímpeto da mesma forma que ele lhe fizera. Quase um favor, verdade, mas, ainda dessa maneira, um feito. Um grande feito. Ela não quis e ele insistiu. E ela deixou que ele a conduzisse, que ele a abordasse. Que ele a conquistasse.

E conquistou.

Daquela forma estranha, tão oposta, sem charme, mas o fez.

ESTÁ FEITO.

Eu sei que é isso o que ela pensa. Ele deu-lhe aquela antiga inspiração poética, aquela antiga vontade de escrever e a capacidade de compor frases bonitas - mesmo que sem significância qualquer. Mas deu-lha. E agora não há volta... quer dizer, há uma singular possibilidade, mas esta; esta ela repudia. É o cheque-mate para sua tristeza - e para sua felicidade.

Faca de dois gumes posta entre a cabeça e o coração.