3 de março de 2010

Smoke into me

Ela está fumando e baforando na minha cara, sem qualquer resquício de respeito em relação a minha postura de não acompanhá-la no ato. Apenas no ato, porque compartilhamos do mesmo vício. Possuímos a mesma lascívia, a mesma falta de libido. E até o mesmo sorriso. Mas o que nos difere é que ela não pode ser a mim, e eu, não quero ser a ela. Ela não ama, enquanto eu... eu só consigo amar.
Por um dia, uma noite, três horas seguidas. Uma vida.
Ela me acha patética por isso, e eu a acho patética por não conseguir se apegar. Ela não sabe o que é sentir saudade e nem o que é estar carente... e às vezes - somente às vezes -, sinto inveja por isso.

Talvez devesse fumar um pouco e sentir-me completa com esse ato, uma vez que só o uso do vício me faz sentir fraca.

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