28 de março de 2010

Meus rascunhos; meus livros, meu você.

Tenho uma certa saudade de você... mas eu não posso me deixar ter sentimentos. Desculpe, mas é que isso atrapalharia consideravelmente o que um dia prometi a mim mesma que pertenceria a uma única pessoa.
Tenho essa vontade louca de estar com você, mas não posso permitir tais pensamentos. Não posso me deixar tão livre para voltar a gostar de você, a me importar... Não agora que decidi simplesmente desistir, amassar essa folha inteira escrita sem rascunho e deixá-la ali no fundo do lixo do escritório. Não que o lugar da história que tentei construir contigo seja no lixo, mas é ali que ficam todas as minhas folhas amassadas e todos os meus rascunhos descartados.
É ali que estão os vários rascunhos que idealizei com ele, todas as folhas que demorei tanto tempo para conseguir me desfazer... e hoje, às vezes, me vejo fuçando no meu lixo de folhas a procura das minhas ideias, da imagem dele, dos esboços hasurados. Por isso você está ali, e não abandonado lá fora, onde o tempo e as condições climáticas podem perfeitamente desfazer a integridade do papel e sumir com todas as minhas palavras escritas.
Eu queria, queria e queria - muito! - não ter desistido de você, mas... mas eu já recuperei todas as minhas histórias dele que abandonei no lixo, e estão aqui guardadas na minha gaveta.
Não seria justo estar ao seu lado e ter de me esforçar por estar ao seu lado.

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