10 de março de 2010

O que fazer com os preservativos?!

Não mais afônica, mas com o mesmo vozeirão da Cicarelli, eu vinha caminhando feliz e sorridente (mentira - estou muito enciumada e brava!) pela rodoviária para chegar no guinche da VB quando um cara, todo vestido de branco, olhos azuis esverdeados, sorrisão branco e sobrancelhas marcantes juntamente com seus cachos deformados, encheu a minha mão de preservativo.
Eu fiquei mais meio abobada quando me deparei com aquelas, sei lá, 15 camisinhas? na minha mão em meados aos meus pensamentos de que deveria ter lavado a cabeça antes de sair de casa. O bonito moço de branco me explicou que era uma campanha municipal em prol do uso da camisinha e contra a AIDS, e me deu alguns tantos bons números de panfletos sobre o assunto.
Tentei, gentilmente (afinal, o moço era bonito!), equilibrar em minhas únicas duas mãozinhas os incontáveis panfletos sobre o uso da camisinha e como se pega ou não AIDS, as talvez 15 camisinhas, minha jaqueta jeans, minha passagem, meu caderno e os dois livros atrasados da biblioteca enquanto o moço bonito me disse, de repente, que Descartes, apesar de cientista, como filósofo só tratou de questões metafísicas.
Eu ri. Porque, veja, é meio que clichê dizer que um filósofo só trata de questões metafísica, porque, convenha-se, quase todos querem explicar Deus, Liberdade e Alma. Aí ele me explicou que tinha feito dois anos de filosofia, mas parou para fazer medicina.
Sorri, disse tchau e saí sorridente pela rodoviátia segurando 15 camisinhas e alguns bons tantos panfletos sobre o uso da camisinha e de que como se pega ou não AIDS.

Mas o Ciúme não passou e eu tô puta.

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