19 de março de 2010

As it should never be














“Que seja doce”, ela repete com uma freqüência enlouquecida. Ela tem essa mania, de fechar os olhoss e imaginar, de abri-los e continuar presa na fantasia e, dessa maneira, creio eu, é como ela acaba por ser apaixonar. E ela sempre se apaixona, mas por aqueles personagens criados em sua mente, que possuem o mesmo físico, semblante, corpo... mas suas essências, suas idiossincrasias, suas maneiras; tudo muda. Tudo não são eles.
É aí que ela cai, que ela se quebra, espatifa e se desfaz. É aí que ela chora, que ela ama, que ela dorme. Sofre. Corrói. Isolada. Eu entendo, eu sinto. É essa a dor que a comprime e expande, que a faz criar, que a faz voar. É essa vontade patética que Goethe criou que a envolve, e ela cai nessa rotina, nesse clichê, e, ao amar, ao sofrer e sentir pena de si mesma, ela cria, escreve, descreve e se intensifica.
Ela chega ao seu êxtase, clímax, elevação, nirvana. Ela se aproxima muito daquele estado perfeito de alma, mas sua mente e coração se unem e se tornam um único órgão a bater em prol de uma dor.
Até que parem.
Ou até ela se cansar de produzir.

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