19 de março de 2010

Do not even try to say no

Pára, ele grita. Pára com isso agora!!! E eu não vou parar. É a inércia, será que ele não entende? E foi com ele que tudo isso começou, essa inércia, esse descaso. Ele quer que eu me importe, que eu goste, que eu releve. Mas simplesmente não há mais como.
Ele corre até mim, segura firme no meu braço e me faz virar num ato bruto. Seus olhos estão grandes e vasculhando rapidamente os meus, pequenos, como sempre, castanhos, como sempre. Ele está ofegante, está nervoso, bravo e até com um pouco de raiva. Ele espera por alguma palavra minha, por alguma posição. Mas ele não quer a verdade, e ela é a única que eu digo então: por que eu vou me importar com alguém que nem ao menos gosta de mim? Por que eu vou me privar de sentir algo por outros se ele não sente nada por mim? Por que vou me doar a alguém que faz descaso disso? Não me julgue. Não julgue a ele. Apenas pare e aceite.
E ele me solta e volta a respirar normalmente.

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