25 de março de 2010

Damn it! i should be like her.

A cabeça dela está levantada, reta, olhando nos olhos. Eu não gosto quando ela faz isso, porque sei que ela está literalmente danda a cara a bater. Ela não se importa; na verdade, até prefere que seja atingida pela palma da mão alheia. Soa mais verdadeiro do que o uso desconexo de palavras sem significância alguma - pelo menos é o que ela me diz. Mas eu sei a diferença entre dizer, pensar e agir, e sei também que, quando ela oferece o rosto a tapa, assim o prefere porque o julgamento errôneo ou muito ruim alheio lhe dói mais. Dói mais ver falso conhecimento ser despejado de forma nenhum pouco prudente ou útil. Eles não conhecem os verdadeiros significados das palavras, ela me diz enquanto massageia o rosto. Ela provoca tudo isso, essa agressividade vinda dos outros, ela os provoca e os induz ao ato. E eles lhe bofeteiam o rosto e ela sorri, expandindo o batom vermelho que adora usar sobre os lábios. Eles lhe acertam ao rosto e ela os induz a mais... e eles não percebem que, no fim, não são aos desejos deles que são atendidos, mas os delas - e que ela sempre vence, mesmo quando assim não parece.
Caramba, eu queria ser como ela.

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