Eu abandonei a ele. Achei que não teria coragem de deixá-lo para trás com esta facilidade toda; com esta persuasão toda. Mas deixei.
Vejo a foto dele, vejo seus momentos felizes e penso "eu poderia ter participado disso", mas a consciência berra, sobressaindo-se sobre todos os outros pensamentos, e me chacoalha pelos ombrs "você jamais compartilharia dos mesmos momentos felizes, porque você não estaria feliz - não ao lado dele".
Bem sei onde surgiu essa força para não me humilhar de novo. E você está com boas expectativas agora; a mesma adrenalina se apossa de você e se contenta, por enquanto, em imaginar como seria o reencontro, a nova troca de palavras, de olhares e - por que não - de sorrisos. É a sua consciência que pede para você não esquecê-lo. Seu coração. Sua razão. Seu ser. Você. E o sorriso meio tímido ou alegre, de puro júbilo. Os olhos castanhos de um ou dois tons mais claros que os seus. O modo como arregalava os olhos em protesto à sua quietude. Os cílios cumpridos; as mãos... ah!, sim, você adorava as mãos dele. Dedos proporcionais à palma, algumas veias salientes... A gola da camisa dobrada perfeitamente... E o sorriso malandro debaixo do chapéu de peão.
E era com o chapéu que você se derretia - e foi isso que fez todas as suas decisões mais claras. Não importa a condição desde que ele continue a me extasiar desta maneira. Com futuramente ou sem para sempre, será e tem sido somente a ele.
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