eu desenhei uma árvore que ocupou a folha inteira, disse que ela está no topo da colina e que está sozinha. justifiquei com o fato dela ser daquelas árvores de troncos colossais, de 120 anos ou mais e que viverá ainda por uns bons tantos séculos... ela consome muitos nutrientes do solo e do ar, não poderia haver outras perto dela porque morreriam desnutritas. somente árvores como ela poderiam sobreviver, mas aí... aí seria o solo que morreria.
eu desenhei uma casa grande em que não é a minha casa. disse que levaria todos os meus familiares e amigos para morarem nela, mas que o meu quarto seria o do fundo, porque há um jardim lindo, colinas, crepúsculos e silêncio - e aí eu poderia escrever.
desenhei uma família, com o meu pai, minha mãe, meu irmão, minha cunhada, seus 3 filhos (dois meninos e uma menina), eu e o meu futuro e desconhecido marido com nossos 3 filhos, minha avó (porque ela vai viver para ver sua família crescer ainda mais), meu primo com sua futura e desconhecida esposa e suas duas menininhas, meu outro primo e sua futura e desconhecida esposa e seu casal de filhos, e a minha prima com o seu futuro e não-desconhecido marido e sua filhinha. e contei que faltava muita gente para ser desenhada, mas a folha não permitiria e nem o tempo. faltavam aos meus tios e tias, meus outros primos e seus futuros e desconhecidos e conhecidos e não futuros parceiros, seus filhos, meus amigos e parceiros e filhos... e faltou tanta gente que decidi, em casa, desenhar a todos.
desenhei uma mulher de perfil e disse que ela sabia cozinhar bem, era prestativa, se importava com os outros e era compreensível. mas era ciumenta, desorganizada, mentia e feria aos outros. sem contar sua capacidade enorme de ferir aos outros e perder o que tentava conquistar... pobre garota.
acho que tirando a parte do cozinhar bem, ela poderia ser perfeitamente a mim.
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