30 de março de 2010

durante a filosofia medieval

Ele está bêbado e você não quer ser desagradável justo neste momento. Ele gosta tanto de você que aceita até mesmo esse seu amor por outro; esse seu cuidado pelo outro. Ele te abraça e pede por atenção, você aninha seus dedos entre os cabelos dele e sussurra que está tudo bem - porque, em alguma hora, vai ficar tudo bem mesmo.
E, então, é como se o estado ébrio se esvaísse e os olhos deles encaram os seus.
- Promete?!, ele pergunta e você não entende.
- Promete o quê?
- Promete para mim que quando você tiver de ir embora de mim, vai fazer o mesmo que faz com ele?!
- Não estou entendendo_
- Promete que quando você me deixar e eu não quiser mais falar contigo, vai me dar cinco minutos das preces de final de ano e rezar por mim também?! Promete que você vai fazer isso exatamente como fez no começo desse ano por ele, quando você fechou os olhos e ficou ali quieta?
- Amor, o que você_
- Promete para mim que mesmo se eu nunca mais quiser olhar na sua cara, o que você sente por mim vai crescer a cada dia, assim como seu amor por ele cresce sozinho em você, sem você nem ao menos cogitar a possibilidade de não ser assim?! Promete para mim que vai lembrar de mim ao menos, como você faz antes de dormir em relação a ele?!
Você o encara no fundo dos olhos, tentando decorar os traços dos olhos verdes-prateados dele, e não tentando encontrar resquícios de algum castanho mais claro que os seus.
- Prometo.

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