14 de setembro de 2009

Meu Sonho - give me a shoot


Eu tive esse sonho hoje. No ônibus. Quando estava voltando para Rio Claro (é, eu tenho que especificar quando e onde porque eu dormi da meia noite até às 9h, depois das 10h às 11:30 - ônibus, indo para Campinas -, depois das 12h até as 13:10 - já no ap -, e daí das 16h às 17h - a caminho da rodoviária -, das 17:30 às 19h - voltando para RC -...).

Começou não sei como e nem sei aonde eu estava. Meu celular tocou do nada e estranhei o número. Ao atender, me deparei com a voz ébrica do Caio, pedindo pelo amor de Deus para que eu o levasse sei lá onde.

Não sei qual estado de sanidade de minha parte falou mais alto e lá fui eu buscar o garotão - mas eu acho que também estava indo para esse lugar, sei lá - e junto estava um amigo x. E aí começou a birra: ele não queria ir mais, queria ficar mudando de música, colocar a cara para fora (é, que nem poodle no cio dentro de um carro com vidro aberto), e começou a falar que queria porque queria ir para Barretos... e eu lá, na boa fé, tentando explicar para os dois que Barretos só é cidade uma vez por ano e por 10 dias (ok!, Rio Claro não é cidade nem por 1/2 dia do ano) e que essa época já havia passado e que os dois bonitinhos tinham participado dela enquanto eu não. Logo, aquelas imagens de diversão, cavalos, bois, arenas, sertanejo, cerveja (eu acho que já estava chorando nessa hora) deveriam estar nas cabecinhas deles como lembrançcas, e não como sonhos de uma noite de verão, e, portanto, eles iam SIM para esse lugar que eu não tinha a menor ideia de onde era!

O Caio fez birra, ficou emburrado, me chamou de chata, de arrogante, de mandona, disse que eu não era a mãe dele e que nem a mãe dele era tão chata como eu, mas ele parou quando eu ameacei a largá-lo no meio da estrada (isso, estrada... e eu nem dirijo em highways!).

Com os dois quietinhos, seguimos nosso caminho, mas, ao avistarem um posto, os dois começaram a ladainha de novo sobre ir para Barretos, que para aonde estávamos indo era chato demais e que queriam enxer meu porta-mala de cerveja. Palavrinha mágica dita, parei no posto e só tinha Itaipava.

Foi tenso.

Os dois começaram a falar alto, dizendo que aquilo não era cerveja e que queriam Antártica, e se não conseguissem essa, fariam (mais) escândalos. Eu me lembro perfeitamente da minha tentativa de me esmagar com a roda do meu carro (ok, isso é mentira, mas eu me afastei deles). Eles subiram no capô do meu carro, colocaram o som no último (não nessa ordem) e cantaram "Galopeira" com toda a potência de seus pulmõesinhos sendo que nem era "Galopeira" que estava tocando!!!

Eu teria arranjado Antártica se eles tivessem avisado quanto aquilo tudo! E acho que o dono do posto também teve a mesma sensação porque surgiu tanta, mas tanta Antártica que quase não coube do porta-mala. Só que o garotão de bota, espora e fivela não queria mais cerveja, queria Smirnoff. Entrou na lojinha de Conviniência do posto e comprou 6 garrafas de Balalaika e brigou comigo quando eu disse que aquilo nunca seria Smirnoff.

Ele apontava o dedo para outra pessoa, chamava a ela de chata e estraga prazeres, e eu dava muita risada quando chamava esse estranhO de Bruna.

Sempre tive certeza que iria para o céu, de uma forma ou de outra, e tudo ficou mais claro ainda neste sonho quando eu, bondosamente, deixava o Caio gastar dinheiro com aquele negócio de teor alcóolico duvidoso e, pacientemente, pegava as garrafas do carro, levava-as até o a loja, trocava por Smirnoff (veja que eu possuia um pequeno interesse nas vontades excessivas e ébricas deles)... e tudo para quê?! Para entrar no carro com os dois e ouvir o caminho inteiro que eu não entendia nada de vodka e que ele estava certo quanto aquilo ser Smirnoff.

O pen-drive que fica no carro possui mais de 200 músicas sertanejas e mais de 200 modas de viola. Mas foi o suficiente para o Caio??? NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃO. Ele disse que era tudo ruim e me enxeu as paciências para passar na casa dele para pegar os cds dele. Impressionantemente, era caminho. Ou deveria ser, se ele conseguisse se lembrar onde ficava a casa dele. E aí começou a birra de novo, porque eu tinha errado o caminho, que eu nem sabia chegar na casa dele, que eu só tinha música ruim (ruim porque foi ele o culpado disso ¬¬ ), que eu era chata, que não sabia me divertir, que nem sabia chegar em Barretos e blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá... e blá.

Eu lembro de ter cogitado por alguns segundos - e que se tivessem durados mais alguns, teria me persuadido de agir daquela maneira - o breve fato de abrir a porta e empurrá-lo para fora do carro; pelo menos assim ele ficaria quieto e o amigo dele entraria em choque.

Não, não abri a porta do carro e o chutei para fora - afinal, como já contei, essa ideia só perdurou em mim menos tempo do que o necessário para executar a ação. Mas larguei-os no lugar da festa e os deixei apenas com as latinhas de cerveja e garrafas de vodka que seguravam e o resto eu levei comigo.

O Caio gritou, me xingou e ficou dizendo que ali definitivamente não era Barretos. Óbvio que eu sabia e mal sabia ele que deveria ter me agradecido por ter chego no destino que ele queria (pelo menos o destindo que ele tinha em mente no começo do sonho)... porque se fosse no destino que eu gostaria, teria sido a algumas milhas atrás.

Sozinho (com excessão ao amigo), no escuro, com pouco álcool e sem sertanjo.


Ele não teria durado muito tempo ali e teria até mesmo perdido a virgindade. De novo.




Eu acordei desejando que ninguém nunca, mas nunca mesmo, se sentisse a vontade para me pedir caronas (isso sim é uma teoria furada)

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