30 de setembro de 2009

A diferença era só que a pele estava mais morena e os cabelos com alguns fios louros, devido ao Sol. Os braços um pouco mais rijos, o sorriso um pouco mais largo. E um pouco mais velha, mais mudada. Estavam todos bravos com ela, onde já se vira sumir daquela forma?! Estou indo para casa, ela disse. Havia um chapéu, uma regata branca, algumas pulseirinhas no pulso e um colar. Havia também uma tatuagem, uma mandala, no ombro direito, nas costas. Eu quis saber que tanto havia nesse mundo que você é apaixonado; fugi pro sul de Goiás. Ela sorriu, ajeitou o chapéu e cantou o refrão da música. Mas sabe que no fim eu continuei sem ver nada?! Porque quando a gente se apaixona, a gente fica cego... E sorriu. Ela ficava melhor toda morena, branquinha e um pouco arrogante, não daquele jeito, sociável, vivida. Dane-se o que você fez, lhe disseram, bravos, sua mãe quase ficou depressiva e você não passou seu aniversário com seus pais! Ela lhes sorriu. Seu primo, quem ralhava com ela, estava de fato preocupado. segurava firme em seu braço, mas ela só conseguia sorrir e ficar a vontade com a situação, como se tivesse treinado para aquilo por todos aqueles anos. E a faculdade? Largou os estudos, é?! Ela gargalhou alto, como se estivesse de fato feliz. Querido, disse, eu larguei a faculdade, não os estudos. Larguei minha casa, não minha família... não me pessa para ser quem eu era porque eu não posso mais agir daquela forma conhecendo quem sou hoje. A gente vai voltar a te ver? Já disse, estou indo para casa, mas não voltando. Vocês vão me ver, mas não me prender.

E ela saiu dali, sorrindo, cantando e dizendo até mais.

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