17 de junho de 2009

Sábado eu me sentei numa das mesas da praça de alimentação do shopping junto de mais duas amigas minhas. Cada qual falou das histórias engraçadas de suas vidas amorosas e eu fiquei quieta.
Minha vida amorosa é um Deus que nos acuda por causa desse negócio mui conhecido como ciúme. Mas um dia eu darei risada com isso tudo.
Enfim, a questão é que eu ri muito de todas as histórias e disse que contaria todas aos meus sobrinhos (o que muito se aplica aos filhos delas). Não demorou até se ouvir "e os seus filhos? Não vão saber dessas histórias?"

A questão é mais delicada. Eu digo que não quero filhos. É mais fácil para as pessoas entenderem isso do que eu dizer que não quero cuidar de uma pessoa que não seja tão eu, tão outro, e que seja apenas ele.
Filho não é perecível, sabe? Geralmente duram mais que a gente. Não é como se você pudesse enterrá-los de volta no jardim (caso seus pais tenham dito que você veio do repolho - eu vim!); você tem de educar e saber manusear as rédeas. Não pode ser rígido e nem solto, não pode bater sempre e nem mimar... e você nunca, nunca vai saber exatamente o que seu filho está pensando.

E tem a questão do amor que eu não entendo, não consigo fundamentar nada sobre e que me irrita profundamente!

Se quando eu olho aquelas coisinhas pequenininhas, indefesas, presas aos colos, carrinhos e semenlhantes, não me emociono? Claro! Tenho vontade de partir para cima, sequestrar, brincar, morder e fazer rir até dar dor de barriga. Mas depois eu vou devolver... E quando estão começando a andar, que ainda têm de segurar na mão, vão andando na pontinha do pé, alheios ao mundo e ao equilíbrio?
Meu Deus! Aí que eu mordo mesmo.
Mas passa, sabe. Eu sei que vão crescer, que com 4 anos serão insuportáveis e que só tende a piorar. Vai chegar a idade em que você será o eterno vilão; você e seu filho vão discutir, brigar, gritar e ele vai dizer várias vezes que te odeia. E você, mãe, vai pensar "como ele pode dizer isso quando fui eu quem dei a vida?" Pois é; filhos não enchergam isso.
E se for adotado então................... vixi!

Talvez eu tenha um menino; talvez um dia eu ache que é válido as estrias, os quilos a mais e as varizes. A dor de um parto, a responsabilidade e essas coisas todas... mas agora eu só quero ser a tia que pega os sobrinhos na casa do seu irmão para levar ao parque, shopping, cinema ou à sua casa para nadarem.

Eu quero farra, e não responsabilidades eternas.

Esse é o Mateus, 1 ano e 6 meses, filho da minha prima.

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