A arena depois de um rodeio fica linda. A terra, aqui, vermelha fica fofa. Os cascos dos cavalos e dos bois levantam e põem vida naquela terra que foi assentada, batida e presa ao chão.
E depois fica exposta, provando vida, provando movimento. Mostrando uma luta que aconteceu alguns segundos antes; entre o cavalo e o cavaleiro; entre o cavaleiro e o tempo; entre o tempo e a expectativa. Expectativa.
As pessoas olham. Oito segundos para ficar em cima, cair ou desistir. Oito segundos que demoram e não perecem tão rápido quanto soam. E o coração acelera. Ah!, como acelera.
É expectativa.
Mas não há nada mais lindo que a arena depois de um rodeio.
O céu azul escuro, quase preto, o palco do show ainda sem barulho, as pessoas ainda longe desse local... a terra à superfície dela, o cerco da arena, branco sujo, alto. Tudo ali tem vida depois de um rodeio. Tudo ali se movimenta na sua cabeça. A terra tem cheiro. Cheiro de terra; da terra.
À mente ainda há o som, os holofotes presos ao cavaleiro. E há aquele que você sentiu a respiração travada, a agonia subir e descer pela garganta. A apreensão vidra a visão no cavaleiro.
O chapéu na mão. A calça jeans surrada. A fivela fulgurante. A bota, a espora, o coração. Ele faz o animal dar vida aquilo que você aprecia - ou aprendeu a fazê-lo.
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Só por constar, como informação gratuita: Oscar Niemeyer arquitetou a maior arena da América Latina (foto) e ela se encontra em Barretos - SP. Barretos é a cidade conhecida pelo melhor rodeio do Brasil e tem fama mundial por causa disso. Esse ano será realizado a 54ª Festa do Peão de Barretos, do dia 20 a 30 de agosto.
Meu irmão chega dia 20.
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