22 de agosto de 2009

a platonic dream

O que, durante a noite, naqueles minutos furtivos antes de dormir, mais me diverte é ficar imaginando determinadas situações, vendo cada detalhe. É um meio de conseguir focalizar certas atitudes que devo tomar agora para que tudo seja como planejo. Por exemplo. Mês que vem, setembro, além do meu churrasco de aniversário, haverá o casamento do meu primo. Eu já tenho o vestido, já tenho o sapato, já sei como meu cabelo estará e já sei como será a minha maquilagem. Sei como devo me portar, sentar, permanecer ereta na mesa mesmo que isso me custe uma dor desgraçada na lombar. Além de levantar-me com calma, sem pressa, não ser vular em minha compostura. Não crio nenhuma expectativa, pois já disse Sêneca: quem possui expectativas, sofre (ou algo parecido com isso). Mas, ultimamente, o que mais me conforta e me faz dormir é me imaginar no futuro que almejo. Toda noite, depois de passado o meu desespero, eu fecho os olhos e me imagino com 28 anos e sempre, invariavelmente, voltando ao Brasil. Por que eu volto? Porque meu irmão vai se casar e eu tenho de estar presente. Eu sou uma das madrinhas, da parte dela ou dele, e estou mudada. Mais serena, mais calma, mais elegante. Eu me vejo assim porque algo dentro de mim grita que as coisas só vão melhorar quando eu for embora, quando descobrir as partes que me faltam e construí-las.
28 anos e há 8 no exterior. O que fiz? Terminei minha gradução na França, iniciei a pós e o mestrado por lá, estudei história da arte na Belas Artes, iluminismo e a 1ª revolução bruguesa e, então, fui para Inglaterra, estudar o contratalismo inglês. Alguns artigos publicados, provavelmente um livro já escrito, pronto para a editora.
Eu conheço o absurdo de fazer tudo isso em 10 anos... Aliás, o absurdo de conseguir fazzer tudo isso antes dos 30. Mas, por enquanto, eu não me importo. Basta-me fechar os olhos e pensar que em dez anos tudo será exatamente como hoje quero; que tarei minha família no final de cada ano e que serei tão mais dedicada em meus almejos do que sou hoje.
Sou mais platônica do que jamais achei que seria.






























obs: havia mais fotos de Paris e Londres, mas fiquei de saco cheio desse blogspot e fiquei com preguiça de recolocá-las quando foram apagadas. as fotos da torre foram adquiridas da viagem do meu irmão, feita em julho 2009, durante a festa do centenário dela.

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