31 de julho de 2010

I thought you would be my Paradise, but I always turn you on my particular hell.

"Perdi aquela necessidade juvenil de me apaixonar toda semana"
(Caio Fernando Abreu)

Eu também sei. Perdi também essa necessidade juvenil de me apaixonar toda semana por uma pessoa - a perdi no exato momento em que você me conquistou. Sou assim, às vezes, me entrego rápido demais sem conseguir apreciar o momento exato da conquista. Mas me entrego. Já o foi antes e doeu muito - e o é agora e nem me machuca; só o é quando eu sei que faço as besteiras.
Apaixono-me por você toda semana, e, incrivelmente, no meio dela, possuo o dom de te odiar profundamente e de me sentir uma tola por ser assim, apaixonando-me por você. No meio dela, possuo o dom de deixar os olhos inchados de tanto chorar só porque eu disse exatamente o que quis - mas isso implica discutir com você. Não. Não implica. Você nunca discute. Implica apenas você se afastar de mim e não me dirigir uma única palavra - nem mesmo aquelas que eu não quero ter.
E isso sim machuca.
Mas me apaixono por você, e choro, e adoro, protejo, arrependendo, cuido.
Perdi também essa necessidade juvenil, de precisar de muitos quando só há um.

24 de julho de 2010

think about me and we both we´ll get together tonight

A minha maquiagem está ainda no meu travesseiro. É sempre assim. Saio, me divirto, me animo. Bebo alguma coisa ou outra e fico na minha, sem me importar com quem mexe comigo. Chego em casa, exausta, querendo apenas tirar a maquiagem e a roupa e dormir. Mas não dá tempo. Sem você, como eu posso chegar em casa e sorrir? Ainda mais depois de tudo o que eu te disse?!
Choro em desespero mesmo, por notar o quanto você me faz falta, o quanto gosto de você e quão irracional fui. Choro e peço insistentemente a Deus para que Ele me dê meios de consertar e de te conquistar completamente - da mesma maneira que eu percebo que você faz comigo.
E quando sinto que não há mais forças ou choros, durmo.

E acordo com você.

22 de julho de 2010

i´m a little confused here. please, seetheart, help me here.

Desculpe por ontem. Não quis ser rude e fazer ceninha. Sei que tpm não é desculpa, mas eu sei como ela aflora tudo. Vou me comportar, prometo. Não quero te afastar por motivos tontos.Quanto a ela, não vou mais me importar (ok, vou, mas não vou mais dizer), se você me disser que não quer que eu demonstre nem uma pontinha de ciúme, tudo bem, mas me diga isso, por favor - não espere que eu preveja.Conversei bastante com as minhas amigas ontem à noite - elas vieram aqui em casa - e elas me disseram que eu devo demonstrar meu carinho por você de outra maneira, e não por textos ou mensagens (até mesmo porque eu bem sei que pessoalmente sou um pouco fria). Então, não vou mais forçar a barra contigo, nem esperar que você me diga que quer me ver, sente a minha falta ou que me chame de bonitona. Se você não quiser, eu não posso forçar... porque, daí, não vai ser verdadeiro, né?!!
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A verdade verdadeira é que eu queria que você se levantasse bravo, batesse com as duas mãos na mesa, inclinasse a cabeça em minha direção e me olhasse com ódio. E gritasse! Sim, gritasse que sou uma louca ciumenta e que você gosta sim de mim, só não sabe dizer isso.
A verdade verdadeira é que eu queria que você me segurasse firme pelos braços e falasse bravo que estou louca, que elas são suas amigas assim como você tem de aturar os meus amigos quando saímos à noite.
Eu só queria ouvir uma vez que fosse...

20 de julho de 2010

Estou meio sem sentimento, meio sem vontade. Tenho preocupações e não pressão. Jogue limpo comigo, por favor. A certeza de que você é está se esvaindo a cada não nada que você me dá. Não estou pressionando, não estou movida pelo ciúme. A preocupação. O que aconteceu aconteceu, não posso mudar o fato. Você tomou aquela decisão sozinho e me perguntou depois. Isso me fez pensar. Fez-me pensar em que está tudo errado, em que conquistamos os limites errados primeiro. Estou preocupada, meio com medo de que nada disso será algo de fato verdadeiro.
I need words. I need to explain everything. I have to do these things, I have to give you all I have inside of me. I´m not push you.

19 de julho de 2010

I can´t hold something that is not even real!

A música melancólica em nada ajuda. Sim, ela acha o silêncio uma música melancólica - ele deixa a sala pequena grande, o vazio cheio de pensamentos e os seus próprios muito claros. Todas as perguntas e questionamentos se organizam. Ela sabe o que aperta o peito.
Dizem-lhe, sucessivas e consecutivas vezes, que ela tem tudo e não há do que reclamar. Ela concorda, sempre, porque quem lhe fala olha para seu pai e sua mãe, e ela também acha que o que eles deram para ela, seja em virtudes, ensinamentos, educação ou materiais, não deve ser nunca reclamado, mas agradecido - e ela o faz sempre. Mas seus pensamentos se organizam quanto a si própria, e tudo o que enxerga são fracassos, desistências, medos, inseguranças e escolhas erradas.
Aos 20 ainda não descobriu para o que nasceu. Todos os seus interesses são dignos de bons passatempos, atividades a preencherem o tempo livre, que lhe deveriam tirar o estresse do dia-a-dia - e não algo que possa ser sua profissão, seu ganha pão. Tinha tanta certeza daquilo por três anos anteriores à faculdade, mas, agora, soava tão errôneo, tão não seu. Ela enxergava: sem capacidade para aquilo. Sem determinação para fazê-lo sua carreira ou ter o mínimo de decência. E os investimentos?! Tanto dinheiro para desistir...
Claro que há o orgulho, o conhecimento das apostas alheias, a decepção geral que tudo vai causar. Sua mãe fala em Deus, e ela se pergunta o que Ele está fazendo?! Há coisas mais importantes, mas a onipotência é para garantir atenção igualitária a todos.
Dois anos passados e nada.

what are you up to?


A menina de olhos grandes me encara. E encara também aquele cara sentado do outro lado do parque. Praça. Não sei ao certo. É um lugar repleto de passarelas e árvores antigas, altas, de troncos largos. Eu olho e apenas consigo pensar quantos xilemas e floemas elas devem ter, pois elas são largas e altas. Muitos nutrientes, penso eu. Muita luta pela sobrevivência. O moço está parado entre elas e ele nem nota tudo isso; o quão difícil deve ser para aquelas árvores conseguirem se manter tão perto no mesmo espaço.
Elas estão confinadas a ficarem ali, afinal, foram plantadas nesse parque. Praça. Não entendo o por que desse moço não se levantar e não ir embora. Todos levantam e vão embora depois de uns quinze minutos. As árvores ou crescem, ou morrem, ou são cortadas - o que é praticamente morrer, um assassinato. Elas são tão imperadoras neste parque que ninguém ousaria um homicídio aqui, afinal, notariam facilmente que alguém fez isso. Ele não se movimenta muito; às vezes troca a posição da perna, muda a folha de jornal em questão, olha um pouco para os lados, mas volta sempre na posição inicial.
Eu notaria se alguma delas sumissem, principalmente Mercedes. Mercedes, acredito eu, deve ser a mais velha de todas. Ela é alta e sua folhas são final e cumpridas, e sempre tem algumas outras coisas penduradas. Seu tronco é todo retorcido e isso, acho eu, são suas rugas. Mercedes é bonita.
Ela está encarando ao homem mais intensamente. Ela segura alguma coisa entre as mãos. Ela aravessa a rua sem movimento, se coloca entre as passarelas, passa por Mercedes e eu estendo as minhas mãos.
A menina estendeu as mãos e o que ele encontrou ali jamais contou. Mas o fez continuar a voltar ao parque. Mercedes cresce a cada dia. E o parque talvez nem seja uma praça.

18 de julho de 2010

The last person I kissed is you.
I kissed you and you back.
You kissed me and I back.
We both kissed together.

15 de julho de 2010

You said hello. Sorry. I couldn´t hear it when I left


As unhas vermelhas descascadas. O esmalte a se soltar e os dentes loucos para roerem as unhas. Assim são os sinais do nervosismo. Os olhos correm rápidos pelas mãos, barra da blusa, pontas dos cabelos. Olhos furtivos, dançantes, desesperados. Sim, ela vai embora.

Apenas uma palavra a faria desistir de tal atitude. Mude. Ninguém a diz. Não que ela espera ouvi-la; ninguém nunca soube disso. Ninguém nunca percebeu que ela queria um motivo para mudar, porque ela sempre acaba por partir e deixando a todos como estão. Está.

Ela termina de tirar o esmalte. A unha está fraca. Ela vai roê-la mais tarde. Ela já está partindo - não importa quantos pedidos haja para ficar, não importa qunatos olhares assustados pousem sobre o seu furtivo. Eles nunca dizem o que ela quer ouvir. Ele nunca disseram para ela largar mão daquela mania.


E ela vai embora. Sem esmalte. Sem pena.

14 de julho de 2010

caiu no formspring

São 4:48 da manhã e eu ainda não dormi - não que viesse a ter essa ilusão depois de passar o dia chuvoso inteiro debaixo de edredons e curtindo meu companheiro pijama moletom. Mas parece que tem outra pessoa na insônia que resolveu, através do anonimato (não o julgo por isso), me fazer uma pergunta no meu formspring. A pergunta me divertiu e me fez pensar sobre algumas coisas que quero sim compartilhar aqui no blog.

Qual presente que você mais gostou de ganhar? E quais você prefere ganhar?
(E o pior é que essa pergunta nem é do random do formspring). Eu geralmente gosto de todos os presentes; perfumes, brincos, pulseiras, roupas, livros, caixas diferentes e bonitas... gosto de tudo. Mas o que eu mais gosto mesmo são das cartas que alguns escrevem e dão junto com o presente. Adoro essas coisas escritas pelas próprias pessoas, acho que é porque satisfaz o "recíproco", uma vez que eu amo escrever e sempre escrevo cartas para as pessoas. Mas gosto de CARTAS, coisas escritas a mão ou não, mas que sejam longas.Prefiro ganhar livros, seja lá qual tipo de livro for (menos auto-ajuda, negócios, direito, gravidez e essas coisas assim). Livros clássicos, que estão na moda, de filosofia, psicologia e até de turismo. Livros. Apesar de que se um dia ganhar um caderno, muitos lápis de cores, canetinhas e essas coisas de papelaria muito me agradariam também.Pensando melhor, um presente que adoraria ganhar é uma surpresa. Não uma festa surpresa, apenas uma surpresa.

Acontece que de fato não há nada que me deixe mais feliz no meu aniversário do que, ao abrir a embalagem do presente, ver aquele papel dobrado fazendo peso lá no fundo. Gosto ainda mais quando é uma carta e não apenas um bilhetinho, com a caligrafia da pessoa e coisas que me fazem sentir que são verdadeiras. Aprecio ainda mais quando estão escritas palavras que eu nem esperava, fatos que eu nunca chegaria a saber ao menos que a pessoa me contasse.
Gosto quando noto que a pessoa que me presenteou perdeu alguns minutos de sua rotina para escrever alguma coisa para mim. E, sim, acredito piamente em que tudo isso tem haver com o fato de eu amar escrever e sempre escrever algo para as pessoas de que gosto. Às vezes eu mesma fujo das minhas intenções e acabo escrevendo bobagens e o bom e velho "parabéns, tudo de ... para você" (né, Sam?!). Mas quando posso, elaboro - como o que fiz ano passado para a minha amiga Mariana, em que, uma semana antes dela completar 18 anos, fui escrevendo uma carta por dia para contar como eram os dias regressivos dos 18 dela na minha vida.
Uma vez fizeram uma festa suspresa para mim e eu quase estraguei tudo. Ainda bem que não, porque foi ótimo chegar do inglês e ver minhas queridíssimas amigas em casa. Mas, ainda assim, eu gostaria de ganhar uma surpresa. Seja um discurso no meio do parabéns, uma carta do meu querido escrita às pressas e entregue de qualquer jeito a mim, um presente inusitado, um mico total, ou uma pessoa que há muito muito tempo não via, uma reaproximação. Qualquer suspresa.

Meu aniversário está chegando. Dois meses e meio. Pretendo fazer um churrasco de novo (sem brincadeiras para com o meu vegetarianismo), convidar praticamente as mesmas pessoas, acrestar umas dez a essa lista, tirar outras dez também, família reunida, frio na barriga, dar atenção a todos e não conseguir fazer isso direito. Mas, sinceramente, a única coisa que consigo pensar é: será que ele e eu ainda estaremos numa boa até lá? (e claro que também penso como é que vou arranjar caixas de som).




Um suspresa.

13 de julho de 2010

i shouldn´t care about it, but i do.

Sabe o que eu mais temo nisso tudo?! O dia em que nos sentirmos confortáveis o suficiente um ao lado do outro para contar sobre os nossos medos. Eu possuo muitos com você. Na verdade, creio que meu maior medo seja você.
Não consigo imaginar o dia em que poderei te contar que vou sim largar meu curso, minha faculdade, essa vida. Em que vou largar sim a filosofia e todas as frustrações que tive com ela. Temo a sua reação ao saber que não tenho nem idéia do que fazer com a minha vida, que não sou esforçada, determinada ou perseverante naquilo que quero. Temo que você também me veja como uma fracassada, que você note que possuo muitas falhas.
Tenho medo de que você se assuste e vá embora.
O dia em que eu segredar que não gosto do meu corpo, que estou em dieta há mais de 8 anos e que há 4 está tudo estagnado. Temo a hora em que eu terei de lhe contar que a faculdade do estado é o meu maior erro nos últimos dois anos; que não possuo amigos por lá, que fico sozinha a semana inteira e que a minha habilidade social é horrível.
O meu maior medo é que você concorde mesmo que sou uma perdedora, uma problemática e não queira alguém como eu por perto. Que você não queira alguém que largou a faculdade e voltou para o cursinho, alguém que não consegue fazer nada por mais de um mês seguido.

O meu maior medo é te ver partir por causa de mim.

12 de julho de 2010

it´s been only you all this time. hold me close, closer, closest.

Enquanto você descansava de olhos fechados, ela ficou ali perto de você, beijando carinhosamente sua boca, rosto, pescoço, orelha. e ela também notou como seus cabelos possuem reflexos castanhos claros, o que foi um pouco decepcionante devido a ela adorar seus cabelos pretos. É, caro, eles não são pretos de verdade. Esses reflexos dizem que de fato você foi loirinho quando criança, mas ela agradece, sinceramente, por eles terem escurecidos.
Assim é melhor, ela pensa.
Os poros da pele, da barba, os cabelos, as sombrancelhas, a boca vermelha. Ah!, meu caro, ela o olha com tanta admiração. Não importa, não importa, não importa. Você é tão lindo. E ela o adora.
Espanha ganhou B)
Nadal deve estar mui feliz ahuiheiuhauei - aliás, quem ganhou Roland Garros e Wimbledon?! Ah, tá.

7 de julho de 2010

What are you doing?
Nothing.
Exactly, you´re not doing anything! He´s going away and you won´t do anything to not let this happen!
He´s not going away.
Oh, no?!
No. I am.

6 de julho de 2010

all of us

Hey, Meninas.

Minhas melhores amigas, pois dentro de todas não escolho uma como melhor amiga, mas a todas. Porque todas sabem de mim. (Claro que oito anos de amizade pode ajudar um pouco). Choramos, discutimos, brigamos, rimos... me atraso, cheguei na hora uma vez, somos mais que três, mais que cinco. Mais que um milhão. Somos todas nós jpa quase no auge de nossas idades.
Ah!, nossas idades. Quantas palhaçadas em nossas idades. Os micos eternizados, as piadas internas esquecidas e repetidas, contraste de uma pessoa e outra. E o que falta em uma tem na outra, e assim fechamos nosso círculo.
Com todas de vocês.
A vida nos afastou e nos tornou pessoas diferentes. Vocês têm outros amigos e eu continuo com os mesmos. Ainda não me importo. Em algum momento, irei, mas, por hora, gosto assim. De todas vocês.

Venha as Tequilas que a gente faz a festa.
o sonho foi mais ou menos assim.
havia uma arena de corrida e eu corria, mas não me cansava. meus pés mal tocavam o chão. às vezes, verdade, parecia que tinha de fazer muita força para correr, como se tivesse um pára-quedas preso às minhas costas. aí eu resolvi correr em direção a casa dele. era só dar a volta no quarteirão e pronto, mas não foi bem assim. tinha um monte de casas, como uma vila, e para passar de casa em casa eu tinha de atravessá-las, pedir licença e ir.
era dia dos namorados. na última casa tinha uma festa. nesta festa estava a bibliotecátia da escola e o goleiro júlio césar, e eles eram casados e ele sabia quem eu era. perguntei pra senhora dona da festa onde morava ele morava. ela disse que era na casa amarela com telhado preto. quando encontrei a casa, a senhora se referiu ao morador como o menino que havia morrido. eu me desesperei.
minha mãe me levou a um outro local. parecia um cemitério antigo, e havia uma igreja antiga, enorme ali perto. eu entrei na igreja. li uma frase em alguma das poucas sepulturas de mármore sujo. tirei meu moletom vermelho e coloquei sobre uma estátua de anjo aberto. minha mãe cai sobre um banco e me diz que ele está no imenso caixão sobre o altar. eu o vejo ali então. e começo a chorar. eu nao tenho fôlego de tanto que eu choro. dói a garganta. dói o peito. abraço um objeto coberto de jóias preciosas que está próximo ao caixão; foi ali que eu o vi. e eu choro. choro muito...
- I´m going_
- where are you going?
- to somewhere farest from you.

5 de julho de 2010

You´re not just that crush I had the pleasure to meet at the begginin´ of the year. Not anymore.

Tem essa corrente de escrever uma carta por dia determinadas pessoas vivas, mortas, existentes ou não. Pensei em tentar. Mas da minha forma. A primeira deveria ser para o meu melhor amigo, mas começo com a segunda; ao meu crush.
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Meu Querido,

bem sei que não é assim que o chamo. Bem sei que querido seria o último dos vocativos em minha seleção, uma vez que é usado para favorecer e acentuar a minha ironia. Mas a uso aqui - porque o modo como escolhi chamá-lo pertence a mim. (E um pouco a você).Estamos brigados, meu querido, estamos separados. Estamos tão mais distantes agora que não me sinto nem mais no direito de dizer que tenho saudades, que a mágoa passou - e que, sim!, aquela foi uma desculpa muito esfarrapada, uma vez que você mesmo já alegou que foi pirraça (ou quase isso). Mas você ainda está chateado e eu não entendo o motivo. Pedimos desculpas, (praticamente, I meant), e ainda não o sinto próximo de mim como era antes. Parte disso devo dizer que desconfio ser as suas próprias dúvidas, o que, para mim, está tudo bem, porque eu mesma possuo um monte. Nesse tempo separados, muitas coisas passaram pela minha cabeça. Ao acordar na manhã seguinte, olhei para a Coca-Cola sobre a mesa e dei graças a Deus por não precisar mais dizer quanto a eu tomar ou não refrigerante. Porém, meu querido, ao longo dos dias também notei que a sua implicância com a minha dieta me faz falta. Sim, é verdade. Faz-me falta ouvi-lo dizer que sou uma miserável infeliz por ser vegetariana. Faz-me falta ouvi-lo reclamar do modo como dirijo, do modo como converso, do modo como sempre acabo por pedir desculpas.
Faz-me falta o seu jeito.
Faz-me falta essa outra pessoa que convive há tão pouco tempo comigo e me deixa ser exatamente a quem eu sou. Essa neurótica - segundo você, deixemos bem claro! -, ciumenta que gosta de deixar claro para qualquer outro ser do sexo masculino que o único interesse é você. Não importa onde eu esteja. Não importa quem esteja ao meu redor.Meu querido, por favor, não fique mais bravo comigo porque eu não estou mais chateada. No fim, tudo vira piada e eu estou te esperando para rir comigo.

Sua bonitona (?)

4 de julho de 2010

" se nós nas travessuras das noites eterna já confundimos tanto nossas pernas "

Meu querido,

sinto em lhe dizer, mas eu vou mudar. Um dia posso acordar e não gostar das pantufas que trago nos pés, e nem da toalha de rosto impecavelmente branca que sujo todas as manhãs com a maquiagem de meu rosto. Posso até mesmo não torcer mais para o São Paulo e achar que vale a pena colocar um pedaço de carne branca na boca; ir ao supermercado só para olhar a sessão de higiene e não ver mais graça nisso; não querer gastar meus preciosos dez minutos olhando os esmaltes novos e nem os meus preciosos noventa minutos vasculhando a Siciliano.
Talvez não encontre mais motivos para olhar os livros e nem gostar de xerox, papelarias e afins. Talvez ache seus amigos um porre e os meus puro tédio. Meus pais e os seus uma coisa só, e eu e você duas totalmente opostas.
Mas aviso de antemão para não se preocupar, porque, mesmo mudando, minha tpm continuará um saco, meu ciúme continuará aguçado e minha vontade de lhe analisar será mantida. Mesmo mudando, mudarei para tentar ser sempre o melhor para você e a melhor escolha para mim, desde que essas duas coisas coincidam em um ponto positivo.
Eu vou mudar.

a last time for admiring your smile and my stupid questions. and then, I promise, I´ll let you go alone.

o fim não é morrer, mas ver a tu partir. existem tantas coisas que eu gostaria de poder te perguntar antes de tu dar-te as costas a mim que, nessa fração de segundo enquanto o fazes, escolho a pergunta mais idiota. "por que não ficas?". incrivelmente tu paras e tornas-me a frente de teu rosto. e, novamente, por uma fração de segundo, a mesma de segundos anteriores, o sentimento de esperança me abate na mesma proporção que o de desespero me pegou. estou feliz por não teres ido embora naqueles segundos anteriores, mas neste pelos quais sucedem - tu deste a mim a chance de ver uma última vez teu sorriso em concordância comigo. sim, eu já sabia que era uma pergunta idiota.

Caio Fernando Abreu

Às vezes me lembro dele. Sem rancor, sem saudade, sem tristeza. Sem nenhum sentimento especial a não ser a certeza de que, afinal, o tempo passou. Nunca mais o vi, depois que foi embora. Nunca nos escrevemos. Não havia mesmo o que dizer. Ou havia? Ah, como não sei responder as minhas próprias perguntas! É possível que, no fundo, sempre restem algumas coisas para serem ditas. É possível também que o afastamento total só aconteça quando não mais restam essas coisas e a gente continua a buscar, a investigar — e principalmente a fingir. Fingir que encontra. Acho que, se tornasse a vê-lo, custaria a reconhecê-lo.
I want to be your valentine.
Even if this is not for all days long
- but just for today.
Just for today I want you to want me as your Valentine.

Rafael Nadal bicampeão em Wimbledon





















Já que abateram meu eterno Lorde Suíço, que seja uma vitória espanhola.

3 de julho de 2010

and then I promised to myself I´d never sing a song of love if it didn´t belong to me


A música sendo tocada e cantada por todos. Não era para você estar ali no meio, ainda tem muitas coisas para serem esclarecidas. Você canta junto deles e bebe da mesma água a noite toda. Uma olhada para o lado e você o vê abraçado a ela e cantando no ouvido dela. Um beijo no rosto, no pescoço e o sorriso no rosto dela. Uma saudade antiga é remexida e você suspira. Já faz tanto tempo que nem mesmo na lembrança estavam gravados os toques e o tom da voz. Você sorri. Por quanto tempo esperou que ele a abraçasse de repente, no meio da noite, sorrisse ao pé do ouvido e sussurrasse um simples por quê. Não é que dói, é apenas a sensação de esperança que havia se implantado naquele tempo. E você sorri. Sorri em conforto, porque não tem mais ciúme dele e nem ficar desconfortável perto - mesmo que o tempo tenha trazido entre vocês dois um abismo. Imagina por algum tempo como seria se vocês voltassem a conversar e como contaria peripécias sem quaisquer importâncias só para rirem juntos.
A música termina. Você o olha uma última vez. E sente-se em paz com ele.

2 de julho de 2010

the days i have been so together with you and I´m still in

Vai fazer sete dias, meu caro, que as coisas estão voltadas para um único fim. O fim de você voltar e me deixar aninhar-me entre seus braços e analisar, de perto, sobre o colchão e sob a colcha, como se comporta o seu rosto. O fim de você me deixar sentir a sua tez tão branquinha, seus cabelos tão escuros e seu olhar um pouco vago. Sentir seus contrastes em pura sinestesia, sentir o tom de sua voz com os meus olhos e saborear, lentamente, cada olhar seu sobre mim.
Como me faz falta!, ter a você, mesmo de tão longe, em todos os meus gestos e minhas vontades; em todas as minhas metas e bem-quereres. Faz-me falta quando, à noite, rezava - baixinho para que ninguém percebesse - para que você acordasse bem, ficasse bem, dormisse bem e, mesmo que involuntarimente, sentisse a mim.
O único fim que espero paciente é que você sinta a falta de me ter em seus braços, abraços, mãos, sorrisos, beijos e carinhos. Porque eu sinto a sua falta, de acordar e fazer um pensamento por você, de abraçar o travesseiro na ânsia de que o nosso dia juntos chegasse, de olhar para o teto e sorrir na doce lembrança de você me olhando de cima.
Na doce lembrança dessa saudade cessar e aumentar.

Eu ri.


1 de julho de 2010

I drink the wine and who gets drunk is you

- Talk about it.
- Come on. You don´t care.
- It sounds terrible even for a person as me. Well... I know I´m a sarcastic person, an egocentric one, most half of the time I don´t care about the others itens on society. I just wanna know about my feelings, my humor and the reason why the things I want don´t work. But, now, oh!, God, ... I am really concerned about you. Please, tell me how you feeling.
- Really?!




- Of course not. It´s just sarcasm.