28 de fevereiro de 2009

at night


Ela vê, entenda. Ela pode até não ser você, mas ela vê.
Vê a falha da continuidade de olhar. A constância do desvio de direção. E sempre na direção dela. E ela continua a ver e não há linhas tortas ou má direcionadas para outros lugares.

Outros olhares.

26 de fevereiro de 2009

the best carnaval night

A melhor noite de carnaval não foi gasta em um clube com músicas típicas, com pessoas te forçando a andar por osmose e nem por uma legião de copiadores de passos. A melhor noite de carnaval foi a de terça quando eu liguei para alguém perguntando o que faríamos.



A gente combinou de ir ao Botequim das Meninas cuja programação nos enganou, pois estava fechado. Em meios a pingos e incertezas, nos ajuntamos em um carro a partimos para uma pizzaria. A Vecchia. Lá, comemos algo muito gostoso, tomamos sucos, rimos alto, falamos de homens bons e ruins, analisamos casos, tiramos fotos, tentamos lamber os cotovelos, interagimos com os garçons, dissemos absolutamente nada que venha a ser útil em algum futuro, o brigadeiro é tradiconal (como consta no cardápio - brigadeiro: o tradicional, chocolate, granulado, ... - o que também deixa medo uma vez que traz as reticências no final) ... e fomos expulsas.


De lá fomos parar no Habib´s, que sucedeu a história do Itaú e do Gordão fechados, do drive in, da Unimed, Farmazul e o balanço do carro que dá sono. Já no Habib´s, chegamos falando alto, brincando com a atendente, pedindo caipirinha, mais brigadeiro e um doce. Ligamos para outras pessoas e não é que há mais gente desocupada às 1 da manhã?

Eu tirei com a cara de todo mundo, fui zuada também (não dá para ser perfeito), tiramos mais fotos, coloquei todos os papéizinhos na blusa de um amigo, demos risadas altas, resgatamos histórias passadas, tomamos chop e voltei para casa.


24 de fevereiro de 2009

Small Crime


Às vezes eu tenho a plena ciência de que não sei o que estou fazendo.

Talvez seja o salto alto, a dor no joelho, a bebida a mais ou meu organismo que não agüenta. Ou a reforma ortográfica, as idéias que passam rápido demais ou a unha cumprida que não me deixa sentir o teclado do note.

Mas pode vir a ser a incerteza e a luta, razão e a emoção sempre se atritando e se cutucando, ou o livro que estou lendo. A agenda que comprei, a roupa que usei, o que eu deixei de fazer. O que eu não disse, o que deixei escapar entre risadas, os sarcasmos que engoli.

Hercule Poirot, Agatha Christie ou A Cabana e Willian P. Young, ou até mesmo aquele As Damas da Noite com o seu escritor francês e sua história que eu não entendi. E até seja por causa desse abandono...

Sei lá, só sei que deu vontade de renovar e dar a cara a bater. Então, me dê licença.

22 de fevereiro de 2009

A little about what I call as family

Cara, eu vivo numa família de loucos.

O primeiro deles é meu pai por me corrigir quanto a idade dele (aliás, parabéns para ele aqui). Depois vem meus pirmos que se arriscaram a entrar no mesmo carro que eu - e devo enfatizar o fato da chave estar na minha mão e eu sentada no banco do motorista. Meu irmão não pode faltar com aquele cabelo cogumelo dele - e por estar com ele, minha conhada vem logo em seguida. Minha mãe nunca me corrigiu em relação à idade dela.

Aí vem o meu tio, que vai adiantar a chegada da minha carta, um amigo da família que sei-lá-como gosta da gente, a minha tia que tem as melhores tiradas, a mais velha que foi apelidada de C3PO e minha avó que consegue dormir no meio da cozinha com todo mundo gritando junto.

Acho que já posso mencionar minha prima de 4 anos que aceita meus beijos de batons vermelhos e roxos e as mrdidas que eu dou (fortes!), outra prima minha que me ama incondicionalmente e eu nem sei o que fiz para merecer tanto. Um primo que é pau mandado - fato mais que comprovado com 6 anos de namoro -, outro que também é, mas não sabe. Um tio que é zuado litros por todo mundo por também ser pau mandado - só que da sogra -... e volta para o tio da carta e para o meu pai que têm malignos planos para com a sogra (minha avó), e todas as cunhadas acatam tais idéias.

E, acredite, se ver mais de 4 vezes na semana, saindo da casa da pessoa escolhida só às 2 da manhã quando a grande maioria vai trabalhar no outro dia, não é normal.

E acho que posso me incluir nessa lista, pelas mordidas fortes numa menininha de 4 anos, na de 9, 11, 13... no primino de 19, 21, 24, 26... no irmão de 24, na conhada de 22 - e mais o pai, a mãe e até estranhos que conheço. E pelas vezes que corri atrás de um monte de criança, que acompanhei todas as farras deles, que aceitei levar meu primo à casa dele de carro... que bati em extintores, paguei micos legendários...

A vida é assim, oras. A gente nasce no lugar certo.

21 de fevereiro de 2009

eu gostava de você, eu o adorava. defendia-o com unhas e dentes e falava de você de tal forma que ninguém podia pôr defeitos. e ninguém colocava - ninguém ousava.
esquecê-lo... eu devo, estou fazendo, mas são nas tardes vazias que tudo volta. e se há saudade é porque foi bom.
e eu gostava tanto de você, que hoje perdi a vontade de querer outros, mesmo que haja, mesmo que eu veja que é melhor, mas perdi.

18 de fevereiro de 2009

o comodismo como ele é e deveria ser

A verdade é que se perde o interesse em querer conhecer. Não por receio, por desgaste. Então, acaba por se esforçar em manter as amizades que já tem, porque, simplesmente, não há desgaste e nem surpresas ruins.

Trying to get something about this

O complicado de se assistir a um documentário sobre a política é que se percebe que há algo errado, algo que falha consecutivamente no entendimento do conceito. A Política deveria ser o ponto de união social em que há racionalidade visando o bem comum - e, assim, idéias como mentira, corrupção e justiça perderiam a abrangência de compreensão.


Eles seriam conceitos muito bem determinados, entendidos e executados.


Você olha a sociedade, a organização desta e como esta é regida, e você sabe que está errado, que valores se perderam na história. E sabe que deve se mudar isso tudo, mas, fato, você tem medo, porque mudar está diretamente relacionado a não saber o fim. Onde estamos, você conhece os meios e os fins, e isso o conforta porque não gera controvérsias.


Em outras palavras nada sutis, você está acomodado do jeito que está e as mudanças irão trazer choques e necessidade de repensar no atos, conceitos, entidades. Necessidade de enfrentar o desconhecido e elaborar novas estratégias.


Talvez sejamos apenas a insistência de um erro passado, ou o não-solucionar de crises burguesas.

16 de fevereiro de 2009

Nothing happens on eighteen


Eu tenho 18 anos. Para muitos, é muito. Para outros muitos, não é o suficiente.
Ainda não sei se devo me dizer mulher ou garota, não sei se devo me apresentar como crescida ou em andamento. Ou em hiatus.
Algumas atitudes minhas não são maduras, não são coerentes, mas não me chame de hipócrita, porque sei onde amarro minhas pontas. Tenho 18 anos e isso não é nem um quarto de minha vida, então, por favor, não me diga que o que faço demonstra a idade que tenho, porque os meus 18 anos é uma singular idade que demonstra onde estou.
Na transição, digo eu. Estou numa transição.

O que diferencia dos 15? Nos 15 você quer terminar o colegial e entrar na faculdade, e eu queria viajar, queria ter todos os livros que me permitissem ter e queria aproveitar. Hoje, no 18, quero a faculdade, o mestrado, o doutorado, o pós-doctor, um trabalho. Quero viajar pelo mundo, conhecer tudo o que eu conseguir e sair, divertir, ter amigos.
E quero crescer, e sei pensar, e sei o que quero. Hoje eu quero ter 18 anos, e vivê-los até os 19.

Não é infantilidade um slap on face; é não se deixar levar. Se isso é ser fraco? Concordo, não estava preparada. E você hoje me odeia pelos motivos errados, e quero fix up everything pelos motivos errados também.

Mas, por favor, não julgue meus 18 anos. E não espere atitudes de um alguém que já conhece a vida.

15 de fevereiro de 2009

Ele me disse:

"quem espera pelas oportunidades é porque não sabe que está vivo".
"quem espera alguma coisa do tempo é porque não tem coragem".

E ele me diz essas coisas na minha cara, negando, assim, meus 18 anos de vivência. Ele é meu irmão. Ele, meu guia. E ele vai embora.

13 de fevereiro de 2009

He is going before I miss him at all





















Meu irmão vai para a Irlanda.

Em 30 dias eu não o verei mais nos finais de semana, não vou vê-lo acordar e nem vê-lo se irritar comigo pelas minhas babaquices. Ele não vai me dizer o que é certo ou errado por 5 meses, não vai atestar que não consigo discenir as coisas, que sou desligada, desleixada e que nem me importo com o que ele me diz.

E ele tem muitas coisas para me dizer.

Eu sei como será... ele vai partir antes que eu sinta saudades. E vai voltar antes que elas acabem.
Danilo: boa sorte no seu novo caminho! Eu o apoio em tudo e estarei sempre aqui, precisando de você. Amo você.

I told ya.

Fato: as aulas de carro vão acabar com o meu joelho!

12 de fevereiro de 2009

It´s when you fall down on the floor

Você sabe o que é desmaiar?


Não, não estou me referindo ao fato de seu coração não conseguir potência o bastante para seu sangue chegar ao seu cérebro afim de suprir a falta de oxigênio. Não estou querendo resgatar aquelas aulas de biologia fatídicas que tiraram horas do seu sono vespertino porque tinha de estudá-las.


Eu estou falando de apagar enquanto está andando, de se lembrar da vista preta e acordar deitada no chão, sentindo alguma dor no corpo por causa do baque. De você querer falar, mas não ter vontade ou ânimo para tal, de querer se mover e desistir da idéia logo em seguida.


Desmaiar não é perda de consciência, é perda de vontade. Você não se importa se tem gente o olhando, se sua mãe está desesperada, se o seu médico está quase lhe dando um tapa (hiperbólico - ele não vai te dar um tapa!).


Desmaiar é ter a visão turva por alguns instantes que você julga serem horas, mas não são! É ceder à gravidade e nem sentir dor quando chega ao chão - caso ninguém o segure -, ficar surdo ao mundo e só ouvir a si mesmo, querendo falar, se mexer, e, ainda assim, não querer fazer nada.


E quando sua visão volta ao normal, você estranha as caras preocupadas, seu irmão dizendo que você se levantou muito rápido e a sua mãe colocando a culpa em seu vegetarianismo.


É tudo uma questão de lado.

11 de fevereiro de 2009

I guess we know what it used to be


"que seja eterno enquanto dure

disseram isso e copiaram a torto e direito. todos amam essas palavras moraesidianas.

só que eu prefiro que seja bonito enquanto
dure
.

o infinito é muito até quando em um curto espaço de tempo.

10 de fevereiro de 2009

To you



Como vai você? Sua vida está andando, seus planos funcionando e seu trabalho crescendo? Você está mais feliz, mais forte, mais digno?

O tempo fez bem a você? E quantos favores você realizou só por realizar, sem esperar que a outra pessoa retorne isso - ou se lembre depois? Você se interessou por alguém? Chegou a ver nela o futuro de sua vida?

Eu fiz tudo isso. Ou quase tudo. E queria contar a você como foi tudo isso - ou o quase desse tudo.
A minha vida está andando - de um jeito bem estranho e completamente diferente daquele que eu tinha planejado, mas está. Dei alguns tropeços, verdades, e caí para valer em algumas partes do caminho, mas isso me serviu para entender que não posso ser correta sempre e que também não posso perder a passada.

É como uma dança. Se você não sabe dançar, pode se deixar levar... Mas eu não sei dançar e não gosto que as pessoas me levem, então, prefiro dançar sozinha, ao meu compasso.

Com as minhas músicas.

Tem tanta coisa que eu queria contar...

Eu fui viajar e devo ter tomado uns 18 sorvetes de goiaba, fui mais criança que a minha priminha de 4 anos e tive meu biquine cheio de areia. Eu ia dormir tão tarde que eu nem percebia pela manhã quando uma voizinha fina falava alto no meu ouvido - crente que estava sussurrando - que queria ir à praia comigo.

Estou tirando carta agora e até que dirijo bem. Quase atropelei um gato e deixei o pára-choque do carro numa valeta, mas isso não vem ao acaso, afinal, meu instrutor disse que são condições adversar de acaso e eu acredito nele. (Só que eu ainda acho que isso se chama condições adversas de motorista).

Mas irreleve o fato.

Não passei nos vestibulares. Não sou boa quanto pensei ser. Ou até sou, mas existem pessoas melhores. E minha mãe ainda está sofrendo o impacto - e duvido que ela digira antes de novembro deste ano. Eu estou de bem com a minha vida, e não tenho amargurado as coisas que aconteceram ou deixaram de. Aliás, muitas coisas que fiz já perderam seus motivos, e outras, em que pensei para descobrir ser o correto ou não, perderam suas importâncias.

Os livros que me dispus a ler estão abandonados em cima da minha cama e, ao entrar numa livraria, nenhum título me aguça mais.

Estou mais forte, sabe. Não sei explicar como, mas sou.

Com o tempo, caso ele não seja apenas o oxigênio degradando nossas células, a gente... a gente percebe a nossa volatilidade e que, mesmo desejando ser o contrário do que somos, corremos em direção ao início. Como numa circunferência, feita com compaço. A ponta corre para longe do início, mas é onde ela termina.

Somos um compaço, eu acho.

E das fraldas viemos, para a fraldas voltaremos.

Um abraço,

If we have an oportunity


" crianças não têm esse vício.
quote de Hell - Paris 75016

Let´s talk about...

Sim, eu acho que eles não corrigem direito as provas na UNICAMP.

talvez eu esteja muito chateada e esteja procurando por motivos para a minha não classificação.
A propósito, fiquei em 50º colocado, mas não é o suficiente.
Bora cursinho de novo ¬¬

7 de fevereiro de 2009

Hoje ela sentou aqui comigo e me contou tudo. Tudo o que eu já presumia.

O que acontece é que ela não vê que talvez ela não queira mais conversar, que ela não se importe com o que aconteceu depois e que só se obriga a idealizar tudo isso porque necessite manter esse vínculo.

Vínculo com esse passado.

E ela também não enxerga que foi melhor assim, e que tudo o que aconteceu também foi ótimo. Ela me disse que gostaria de viver tudo de novo, mas ela não sabe, da mesma forma que eu, que não está preparada porque ela foi, sim, um pouco machucada.

Ela está sensibilizada.

Concordei com tudo o que disse, com todas as vírgulas, com todas as pautas. Só que agora nego.

Ela não percebe que algo a impede de seguir em frente da forma que queria. Ela deseja sim uma última conversa, para saber exatamente o que aconteceu - só que eu não aconselho isso. É cruel, até mesmo para alguém como ela.

Mas ela ainda tem a mim para dizer o que quer ouvir. Eu sei que quando ela desejar a pura verdade, tudo o que de fato penso, ela vai pedir... como já fez muitas vezes antes.

6 de fevereiro de 2009

Let me see these happenings.

Tem uma série de fatos que ocorreram na minha vida nesses 4 meses que.... bem, não sei se posso apenas esquecê-los.

Hoje eu sei o que acontece. Tê-lo perdido fez-me cair na rotina que ele me tirava. Na rotina de fazer nada. Antes, eu mandava mensagem, elaborava textos bonitinhos e que pudessem passar alguma coisa. Pensava nele, pensava em possíveis circunstâncias que nos poderiam vir a acontecer, se algum dia ele me faria alguma surpresa boa. Também analisava seus atos, suas palavras, seu jeito.

Aí terminou - não da maneira que eu tinha planejado, não do jeito que pudesse dizer para ele we may be friends, or best friends, if this get right. E eu me decepcionei. E chorei por uma noite apenas. Senti raiva. I gave a slap on his face. Esqueci. Lembrei - e de novo, de novo e again. Reviver a maldita cena não me machuca - e nunca o fez. O ato em si é que me causa um desconforto. Mas eu só consigo me lembrar das coisas boas...

E houve a saudade. A falta. E agora, aqui, pensando um pouco melhor, creio que me obriguei a lembrar dele. Eu não sinto euforia. Não sinto ardência e nem calor. Não sinto vontade. E nem desejo de correr atrás, enfiar meu orgulho entre as pernas, abanar o rabo e dizer que está tudo bem, se ele quiser.

Não quero.

Lembrar faz aparecer um peso na cabeça.

Infelizmente foi assim o fim. Ele foi quem o escolheu - e não eu.

Se tivesse sido do meu jeito, ele teria ganho um lindo discurso, com memórias e coisas que se fizeram detalhes no instante mas indispensáveis no agora. Ele teria ganho um último beijo e nenhum pouco do meu sarcasmo. E um sorriso, um abraço e até uma ligação. Teria ganho alguma gratidão e até algum incentivo.

Teria sido praticamente perfeito.

Mas ele optou pelo tapa. E eu concordei.

E teve ainda a certeza de passar em alguma faculdade. Certeza essa que foi dilacerada sem dó, que foi dissipada. E, não sei como, não me chocou da forma que eu achei que seria feito. Como já disse em outro post aqui, sei bem onde falhei.

E, veja, a dor de não ter aulas de química, biologia e física não vai existir (nunca existiu, aliás .D só a dor de ter de tê-las). Terei mais um ano para amadurecer algumas idéias, alguns conceitos, conhecer algumas coisas. E vou conhecer.

E estarei pronta da próxima vez. Só que vou para mais longe. Just one more time.

Sucessão de fatos esses que não me causam desconforto. Apenas reflexão, que é algo que eu pouco gosto de fazer.

Uma pausa para a pauta


Se eu acho digno ou não, ou heróico, o ato da pequena chinesa que tentou se suicidar para poder doar seu fígado ao pai - que está com câncer -, não vem ao caso.

Quero pautar aqui aquele quadradinho laranja.

Afinal, risco de vida ou risco de morte?

Eu sei que o Pasquale disse que era de morte, mesmo que risco implica a retirada de algo que já se possui - e mesmo que digam que a única coisa que nos pertece é a morte (poetas! Blah!) -, só nos pode ser tirada a vida.

Logo, perdão Pasquale, mas eu vou continuar a dizer/escrever/pensar em risco de vidai, e serei a pedra do tênis dos demais quando estes disserem, em minha frente, risco de morte.

(Nenhum pouco persuasivo, mas digno .D Ah!, só para a curiosidade. A menina oriental está internada no mesmo hospital que o pai e, se antes a família não tinha fundos para o tratamento do patriarca, iagine agora que tem duas pessoas internadas lá).



5 de fevereiro de 2009

Um brinde aos afortunados.

"queria aquele beijo que você negou
queria ao menos uma noite de amor"






As pessoas acreditam que a decepção doi - mas ela nem o afeta de verdade. Sua vida continua, suas gargalhadas, suas vontades. Alguns planos podem mudar, algumas expectativas, vontades. Mas elas também continuam, de uma forma ou de outra.


As pessoas gostam de acreditar que a decepção machuca para usá-la como razão para tal - só que ela nem chega perto de causar desconforto. No máximo, apaga alguns sentimentos e algumas pretenções, algumas idéias. Só que tudo está exatamente como está.


A decepção serve para um único fim - assim como qualquer outra que venha a ocorrer na sua vida -; serve para aprender. Triste, eu também acho. Tudo serve para aprender, e esse clichê é o mais batido de todos. E você aprende que se enganou, que foi enganado, que as outras pessoas são falsas e que você é um trouxa.


E, só para tentar se sentir um pouco melhor, você diz que nunca se deixou levar - e não mesmo, eu acredito!, campeão - e que as palavras e atos nunca o enganaram. Só que você já se decepcionou e o que sobrou de toda a sua precoce perspicácia? A burrice de ter se deixado envolver e ter se habituado a isso, e a sua brilhante esperteza foi deixada de lado.


E você se orgulhando dela! Devo aplaudi-lo agora ou só no final?


O que o machuca não é decepção para com alguém, mas consigo mesmo. E você está decepcionado duas vezes, e a que mais doi é descobrir que você se declarou a si mesmo que falhou mesmo sendo bom o suficiente.


Palmas para nós, então! Eu já sei que a minha decepção foi feita em dose dupla. Na minha inocência. Em meu hábito.


Somos campeões, eu acho.

4 de fevereiro de 2009

pelas faces que eu tenho

por diversas vezes escutei que eu sou má. e por diversas vezes até gostei disso. mas estive pensando... eu sou de fato má?

quero dizer, todas as atitudes de corrupção de caráter em muito me instigam. Mentiras, cinismo, acidez, prepotência, arrogância,
vingança, malícia... acho que o nome certo seria alguém misterioso.

só que a compreensão, amabilidade, meiguice, delicadeza também me chamam atenção exatamente por contrapor ao que disse no outro parágrafo.

acho que vou continuar a adotar a minha postura séria, erudita e maliciosa.

Australian Open 2009


Que eu não sou nenhuma crítica ou especialista em tênis, todo mundo já percebeu.

Nesse esporte existem apenas duas pessoas que me interessam: Roger Federer e Rafael Nadal, necessariamente nesta ordem. Mas claro que tenho lá as minhas simpatias por Novak Djokovic, Marat Safin e Juan Martin del Potro.


E nada me atrae muito no esporte feminino, a não ser as irmãs Williams, Maria Sharapova e só, até então. Já são 3.


Mas eu vou comentar sobre a final do Australian Open deste ano. Vou falar que simplesmente fiquei sem fôlego quando Nadal abraçou ao Federer, quando o Federer fez o discurso e chorou. Vou dizer que não, não entendo o que ele sentiu ali e que sim, acho que faço idéia do que venha a ser a decepção.


Deixo aqui em baixo um vídeo sobre o que ele falou. E se Rafael Nadal diz que Roger Federer é o melhor, quem sou eu para desacatá-lo?!




Mas digo que Nadal fez uma partida histórica contra Fernando Verdasco, algo que durou 5 horas e 13 minutos e depois enfrentou uma partida de mais de 4 horas. O espanhol, primeiro da nacionalidade a ganhar esse grand slam, já ganhou em todos os pisos, acho eu. No piso duro, na grama, no saibro (aliás, válido dizer que ele é o rei do saibro).




Eu tenho muita confiança em Federer e tenho certeza de que ele vai atingir a marca de Peter Sampras e vai conquistar seu 14° grand slam. Só que não vai ser em Roland Garros.
FEDERER IS THE GENIUS!!!

VAMOS, RAFA!!!

Mudança Clássica


Acho que vou mudar o cunho desse blog. Claro que continuarei a colocar meus textos - afinal, como me descrevi ali, meu cérebro crê cegamente que eu vivo só para este fim (escrever) -, mas preciso de algo menos erudito e mais fútil.

Todo mundo merece um peace of mind, em algum momento literário.

Vou escrever sobre a minha decepção - ah!, por favor, esqueçam aquela decepção amorosa que eu tive (se é que posso chamá-la de amorosa... apesar de muito me aparentar caricaturial o.O). Enfim, não vou mais colocar minha visão analítica do caso aqui. Isso não me apetece mais. Vou falar da minha decepção em não passar da USP.

Fato 1: Eu de fato achei que ia passar, mesmo tendo a plena ciência de que avacalhei horrores na prova de história e geografia, mesmo tendo plena noção de ter interpretado quase todas as perguntas de português de forma errônea.

Fato 2: Estou me sentindo o mais podre de todos os lixos. Uma completa incopetente que não conseguiu passar em filosofia, o curso easiest of ever. Mas ainda não descobri se estou assim por mim ou pelo o que meus professores, pais, familiares e amigos pensarão - provavelmente, será o mesmo tipo daquele descrito no começo.

Fato 3: Oi, eu tenho 18 anos. Tenho de entrar agora mesmo ou esperar mais um pouco? A questão aqui é: se eu entrar agora, posso fazer o que sempre sonhei e não necessariamente usufruir do diploma e, quem sabe, ingreçar em mais alguma faculdade. Caso isso não aconteça, bem, é um ano a menos para tal plano e posso estar velha demais para o mercado de trabalho.

(Tá certo que aqui posso relevar o fato de não ter nenhum interesse em ser mãe e, por tanto, não precisarei de 6 meses de licença materna e mais extras).

2 de fevereiro de 2009

O Ápice do Crescimento Humano



A gente cresce, amadurece e muda os pontos de vistas. A gente cresce, desrespeita, grita e fica mais chato, mais irredutível. Fica sem graça, sem grandes esperanças, sem vontades para mudar. A gente cresce, esquece e consegue solidificar alguns parâmetros, não aceita novas opiniões e dificilmente vai dar o braço a torcer.

A gente cresce e vê que o racional é a pior escolha. E que ser muito sentimental é corrosivo e desgastante. Tentar conciliar os dois é impossível e que é melhor se agarrar em alguma ponta, e, então, inexplicavelmente, essa ponta é a que mais cutuca porque parece muito mais fácil agir de acordo com a outra.

Só que a gente cresce.

E aprende que agir de forma viavelmente fácil nunca coincide com o que a gente pensa. E tornamo-nos tão hipócritas quanto julgávamos os outros. A hipocrisia, de certa forma, faz parte de nós - e queremos negá-la por todos os confins.

A gente cresce e quer pensar, analisar, encontrar as saídas. Só que a gente cresce e encontra todos os meios, mas nunca aceitamos, pelo simples fato deles deixarem passar os sentimentos dolorosos. As saídas são portas para materiais, mas o abstrato atravessa essa porta junto de nós, e ele fica conosco no lado de lá também - o que torna muito difícil esquecer que a porta é um marco de mudança, e não apenas um obstáculo.

A gente cresce e aprende que obstáculos não existem. O que existe são marcas páginas, que depois de virada, a gente esquece aquela página. Mesmo que haja um quote relativamente bom. E o marca página continua conosco até o fim do livro, e, terminado este, partimos para outros.

A gente cresce e quer entender, quer fingir que sabe como pensar e sabe como agir. Que a gente sabe exatamente como ser ponderado e que não nos apegamos às coisas. Somos seres soberbamente desapegados, que nada pode nos atingir e que nosso ego é inabalável.

Perfeitamente solidificado.

E a gente continua a crescer e a perceber que dez anos é muito pouco para construir uma vida, e se pergunta como nossos pais conseguiram. Em dez anos eles se conhecerem, casaram e tiveram um filho, e a gente nem consegue se ver livre da vida acadêmica em dez anos... e eles deram os primeiros passos para nos ter. E a gente cresce e pensa em primeiro se estabilizar financeira e profissionalmente e esquece que não é só isso o importante.

A gente sempre cresce, e sempre vai agir como se estivéssemos descalços e sem nada para se preocupar, como se o que somos é o bastante para nós e que o mundo é superfluo demais para nos atingir. Nada e nem ninguém pode nos tirar do eixo de equilíbrio.

No entanto, há um porém. Tudo tende ao equilíbrio, mas nada o atinge. Nem reações químicas, nem as imagináveis leis econômicas capitalistas. A mão invisível sempre tende para um lado, e nós, seres que crescemos, sempre achamos estar do lado errado.

O lado de lá sempre será melhor visto daqui.

A gente cresce e só crê, ainda mais, que estamos o fazendo para nos ratificar. Mas nós nos negamos, porque o óbvio é simples demais.




O ser humano é mais vil e interessante do que ele pensa ser.

1 de fevereiro de 2009

as the stuffs are




Eu me importei com você por 116 dias. E você pôs tudo a perder em 1. Agora, só aguardo a sua consideração... não uma explicação, apenas um pedido ou de perdão ou de respeito. Você é quem escolhe.


Sim, sinto sua falta. E sim, pensei em você nesses 10 dias, mais do que gostaria. Pensei no que dizê-lo caso você decida vir falar comigo e como devo agir, mas sei que se vê-lo pessoalmente serei fraca ao ponto de deixar tudo aflorar de novo.


Sei que decidi no começo permitir uma amizade, um ombro de melhor amiga para você... mas eu não posso. Seria muita hipocrisia de minha parte. Uma amizade se baseia em confiança e verdade, e eu não confio mais em você e não consigo enxergar nada de verdadeiro nos seus atos e dizeres.


Eu só me pergunto se alguma vez você foi sincero comigo e disse a verdade, se em algum momento tudo o que você me dizia, sussurrava, foi de fato o que você sentiu. Se você de fato me amou com a mesma intensidade que me contava, se ficava feliz quando me via, se desejou por algum dia que eu gostasse muito de você.


Pesso que seja verdadeiro comigo uma única vez. Pelo menos agora, que já não temos mais nada a perder. Já nos perdemos um do outro e, sim, eu penso muito que talvez poderemos nos encontrar de novo. Mas eu não sei mais se quero.


Você havia me prometido que não me machucaria, que não me abandonaria... e você conseguiu quebrar a única promessa que me fez. Não que hoje eu sofra ou esteja machucada... não, isso é pesado demais.


Estou decepcionada.


Sim, eu criei algumas expectativas ao seu redor, mas todos os meus sonhos reprimiam tais anseios. Você me contou de 3 planos em que 2 deles você acabava por se casar... eu não sei se quero casar. Em toda a minha infância, eu brincava de ter vida independente, e não de construir famílias. Eu brincava de conhecer novos países, e não de bonecas. Eu brincava de ser sozinha, e não de cuidar de alguém.


E, de repente, eu me vi querendo cuidar de você e fiquei confusa. Só que algo crescia em mim; algo que eu julguei ser saudade. Mas é possível sentir tanta a falta de alguém assim? Droga! Eu estava te amando - mesmo com todos os discursos que ouvia em relação a eu não ser uma menina para você. De você não poder ser um terço do que eu sou.


Reconheço que parte da culpa é minha, afinal, eu fiz a esperança que me dei e tentei passar a você. E aquele tapa foi a minha representação máxima do quanto eu gostava de você, do quanto eu estava disposta a enfrentar todas as palavras árduas ao nosso repeito. E você jogou tudo fora, sendo mentiroso e baixo... Decepcionando-me.


Não, eu não conseguia esperar nada de você. Absolutamente nada. Nem compromissos, nem sentimentos e nem ações, porém sempre me disseram que eu deveria confiar nas pessoas e que todos são inocentes até que se prove o contrário. Eu confiava unicamente no que você me dizia. Achei que você, no mínimo, me considerava.


Você consegue ver o que eu lhe digo? Havia um nada e você conseguiu tirar mais coisas desse nada, tornando-o maior. É abstrato e difícil de entender, eu sei, mas esforce-se.


Hoje eu não sinto mais a dor aguda no peito que eu julgo ser ódio. Eu não quero mais que você se exploda, e nem que morra. Nunca quis, para ser sincera. Hoje sinto sua falta como acho que nunca senti. Não lembro de você beijando aquela garota, de você no ato em que me disse que não faria. Até lembro, mas não me causa desconforto. Passou. Só consigo lembrar de você brincando com meu anel e dizendo que eu deveria usar um outro na mão direita, de você buscando a minha mão enquanto dirigia, da sua mão pousando sobre o meu joelho enquanto me perguntava se eu queria de fato ir embora para casa. De você me olhando enquanto eu o mordia um pouquinho mais forte, você me apresentando para seus amigos, me pedindo para ir numa festa com você, de me chamando de meu anjo, dizendo que eu sou má, que sou complicada, que ajo de uma forma no telefone e na sua frente fico tímida.


Lembro de você me contando que machucou o dedo e que me queria por perto para poder ajudá-lo, que queria que eu estivesse com você num casamento, que sua irmã encontrou o cartão que lhe dei, que amava minhas mensagens, que amava meus textos e que eles lhe obrigavam até mesmo uma terceira leitura.


Mas agora... agora eu só quero lembrar. A gente já não estava bem e não ficaríamos melhores. Eu queria toda hora dizer a você o que eu sentia e que nunca acreditei nas suas desculpas. Eu não falei nada para você não pensar bosta e ficar tranquila no vestibular. Eu tô trabalhando muito e não tenho tempo nem para mim...


Eu juro que as achei bonitinhas, mas não passíveis de verdades.


E tem mais isso. O que você sabe sobre mim além do fato de eu ser uma vestibulanda de Filosofia? Eu sinto que te conheço tão bem e que posso prever seus atos. Você acha que eu danço mal, não quer ter um chefe e acredito que trabalha muito para que isso aconteça. Tem fé, e mudou com as pessoas por uma paixão latente de 4 anos e sei lá quantos meses. É bravo e em alguns momentos efusivo. Busca as coisas constantemente com o olhar e preza amizades.


E eu indago agora: como você vai encarar ao meu irmão depois do que ele também o viu fazendo comigo? Você não sabe disso, e eu nem vou contar, mas meu irmão é o principal em toda a discussão. Foi ele quem me disse que você não é para mim. Foi ele quem me deu apoio depois daquele dia e me disse, claramente, que foi muito melhor eu ter saído com vocês.


Foi ele quem me disse que você fez um favor a ele, e que agora ele não seria mais o irmão ciumento e implicante com o namoradinho da irmã.


A minha decepção foi grande. Decepção com um caráter, buddy.

Só uma viagem então?

Minha praia durou exatamente 65 tridents, 21 picolés, 18 bolas de sorvete de sonho de valsa da Kibon, 3 pares de brinco, 3 anéis, uma faixa de cabelo, 1 caco de vidro no pé - e este inflamado -, 18 horas de sono ao todo, n caldos de ondas, 3 cantadas, 1 choro, 1 mau-humor, 1 vontade súbita de homicídio contra minha priminha de 4 anos, x partidas de truco noturnas, y partidas de cacheta em que eu ganhei 20 vezes, 7 rodas de viola, 2 copos de 750 ml de suco de laranja, 4 caipirinhas compradas no quiosque, 20 feitas em casa, 2 livros lidos e 1 comprado...
Mas nada se compara quando você passa 7 dias com a sua família, ouvindo seu pai e seu tio falarem mal da sogra, a noiva do seu primo ser zuado ao cubo, você e sua cunhada conversarem até as 4 da manhã de assuntos mais variáveis, você quase conseguir uma insolação na perna porque dormiu na sala e não estava preparada para SOL. Dormir de calça jeans em pleno litoral, achar um clone do seu irmão na praia... e você conseguir se manter organizada, econômica e sem nenhuma vermelhidão no corpo em anos!!!