1 de fevereiro de 2009

as the stuffs are




Eu me importei com você por 116 dias. E você pôs tudo a perder em 1. Agora, só aguardo a sua consideração... não uma explicação, apenas um pedido ou de perdão ou de respeito. Você é quem escolhe.


Sim, sinto sua falta. E sim, pensei em você nesses 10 dias, mais do que gostaria. Pensei no que dizê-lo caso você decida vir falar comigo e como devo agir, mas sei que se vê-lo pessoalmente serei fraca ao ponto de deixar tudo aflorar de novo.


Sei que decidi no começo permitir uma amizade, um ombro de melhor amiga para você... mas eu não posso. Seria muita hipocrisia de minha parte. Uma amizade se baseia em confiança e verdade, e eu não confio mais em você e não consigo enxergar nada de verdadeiro nos seus atos e dizeres.


Eu só me pergunto se alguma vez você foi sincero comigo e disse a verdade, se em algum momento tudo o que você me dizia, sussurrava, foi de fato o que você sentiu. Se você de fato me amou com a mesma intensidade que me contava, se ficava feliz quando me via, se desejou por algum dia que eu gostasse muito de você.


Pesso que seja verdadeiro comigo uma única vez. Pelo menos agora, que já não temos mais nada a perder. Já nos perdemos um do outro e, sim, eu penso muito que talvez poderemos nos encontrar de novo. Mas eu não sei mais se quero.


Você havia me prometido que não me machucaria, que não me abandonaria... e você conseguiu quebrar a única promessa que me fez. Não que hoje eu sofra ou esteja machucada... não, isso é pesado demais.


Estou decepcionada.


Sim, eu criei algumas expectativas ao seu redor, mas todos os meus sonhos reprimiam tais anseios. Você me contou de 3 planos em que 2 deles você acabava por se casar... eu não sei se quero casar. Em toda a minha infância, eu brincava de ter vida independente, e não de construir famílias. Eu brincava de conhecer novos países, e não de bonecas. Eu brincava de ser sozinha, e não de cuidar de alguém.


E, de repente, eu me vi querendo cuidar de você e fiquei confusa. Só que algo crescia em mim; algo que eu julguei ser saudade. Mas é possível sentir tanta a falta de alguém assim? Droga! Eu estava te amando - mesmo com todos os discursos que ouvia em relação a eu não ser uma menina para você. De você não poder ser um terço do que eu sou.


Reconheço que parte da culpa é minha, afinal, eu fiz a esperança que me dei e tentei passar a você. E aquele tapa foi a minha representação máxima do quanto eu gostava de você, do quanto eu estava disposta a enfrentar todas as palavras árduas ao nosso repeito. E você jogou tudo fora, sendo mentiroso e baixo... Decepcionando-me.


Não, eu não conseguia esperar nada de você. Absolutamente nada. Nem compromissos, nem sentimentos e nem ações, porém sempre me disseram que eu deveria confiar nas pessoas e que todos são inocentes até que se prove o contrário. Eu confiava unicamente no que você me dizia. Achei que você, no mínimo, me considerava.


Você consegue ver o que eu lhe digo? Havia um nada e você conseguiu tirar mais coisas desse nada, tornando-o maior. É abstrato e difícil de entender, eu sei, mas esforce-se.


Hoje eu não sinto mais a dor aguda no peito que eu julgo ser ódio. Eu não quero mais que você se exploda, e nem que morra. Nunca quis, para ser sincera. Hoje sinto sua falta como acho que nunca senti. Não lembro de você beijando aquela garota, de você no ato em que me disse que não faria. Até lembro, mas não me causa desconforto. Passou. Só consigo lembrar de você brincando com meu anel e dizendo que eu deveria usar um outro na mão direita, de você buscando a minha mão enquanto dirigia, da sua mão pousando sobre o meu joelho enquanto me perguntava se eu queria de fato ir embora para casa. De você me olhando enquanto eu o mordia um pouquinho mais forte, você me apresentando para seus amigos, me pedindo para ir numa festa com você, de me chamando de meu anjo, dizendo que eu sou má, que sou complicada, que ajo de uma forma no telefone e na sua frente fico tímida.


Lembro de você me contando que machucou o dedo e que me queria por perto para poder ajudá-lo, que queria que eu estivesse com você num casamento, que sua irmã encontrou o cartão que lhe dei, que amava minhas mensagens, que amava meus textos e que eles lhe obrigavam até mesmo uma terceira leitura.


Mas agora... agora eu só quero lembrar. A gente já não estava bem e não ficaríamos melhores. Eu queria toda hora dizer a você o que eu sentia e que nunca acreditei nas suas desculpas. Eu não falei nada para você não pensar bosta e ficar tranquila no vestibular. Eu tô trabalhando muito e não tenho tempo nem para mim...


Eu juro que as achei bonitinhas, mas não passíveis de verdades.


E tem mais isso. O que você sabe sobre mim além do fato de eu ser uma vestibulanda de Filosofia? Eu sinto que te conheço tão bem e que posso prever seus atos. Você acha que eu danço mal, não quer ter um chefe e acredito que trabalha muito para que isso aconteça. Tem fé, e mudou com as pessoas por uma paixão latente de 4 anos e sei lá quantos meses. É bravo e em alguns momentos efusivo. Busca as coisas constantemente com o olhar e preza amizades.


E eu indago agora: como você vai encarar ao meu irmão depois do que ele também o viu fazendo comigo? Você não sabe disso, e eu nem vou contar, mas meu irmão é o principal em toda a discussão. Foi ele quem me disse que você não é para mim. Foi ele quem me deu apoio depois daquele dia e me disse, claramente, que foi muito melhor eu ter saído com vocês.


Foi ele quem me disse que você fez um favor a ele, e que agora ele não seria mais o irmão ciumento e implicante com o namoradinho da irmã.


A minha decepção foi grande. Decepção com um caráter, buddy.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigada pela visita, deixe seu comentário :D