5 de fevereiro de 2009

Um brinde aos afortunados.

"queria aquele beijo que você negou
queria ao menos uma noite de amor"






As pessoas acreditam que a decepção doi - mas ela nem o afeta de verdade. Sua vida continua, suas gargalhadas, suas vontades. Alguns planos podem mudar, algumas expectativas, vontades. Mas elas também continuam, de uma forma ou de outra.


As pessoas gostam de acreditar que a decepção machuca para usá-la como razão para tal - só que ela nem chega perto de causar desconforto. No máximo, apaga alguns sentimentos e algumas pretenções, algumas idéias. Só que tudo está exatamente como está.


A decepção serve para um único fim - assim como qualquer outra que venha a ocorrer na sua vida -; serve para aprender. Triste, eu também acho. Tudo serve para aprender, e esse clichê é o mais batido de todos. E você aprende que se enganou, que foi enganado, que as outras pessoas são falsas e que você é um trouxa.


E, só para tentar se sentir um pouco melhor, você diz que nunca se deixou levar - e não mesmo, eu acredito!, campeão - e que as palavras e atos nunca o enganaram. Só que você já se decepcionou e o que sobrou de toda a sua precoce perspicácia? A burrice de ter se deixado envolver e ter se habituado a isso, e a sua brilhante esperteza foi deixada de lado.


E você se orgulhando dela! Devo aplaudi-lo agora ou só no final?


O que o machuca não é decepção para com alguém, mas consigo mesmo. E você está decepcionado duas vezes, e a que mais doi é descobrir que você se declarou a si mesmo que falhou mesmo sendo bom o suficiente.


Palmas para nós, então! Eu já sei que a minha decepção foi feita em dose dupla. Na minha inocência. Em meu hábito.


Somos campeões, eu acho.

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