17 de fevereiro de 2010

it´s my life

Eu devia estar dormindo e não pensando nessas coisas. Eu deveria estar me preparando para acordar ás 8:30 da manhã para, por fim, conseguir devolver 3 livros à minha antiga professora de História. E, definitivamente, eu não deveria estar tentada a fazer um cursinho que prepare seus alunos para medicina - e tudo pelo conhecimento que essa experiência e esses professores poderiam me passar.
Quando eu passei na faculdade, em 5ª chamada, não senti orgulho de mim mesma. Senti isso quando decidi por apenas fazer dois vestibulares e passar para a segunda fase de ambos. Quando tudo isso aconteceu, acreditei que poderia, por fim, dedicar-me a algo que gostasse e somente ao que gostasse. Porém, descobri que gosto de poucas coisas, e as outras tantas que me encantavam, desgastaram a mim. E houve, claro, a descoberta de não haver qualquer impulso dentro de mim para conseguir o que eu realmente queira.
Mas, nesta afirmação, há um impasse. O quê eu quero? O que exatamente estou esperando de mim?!
Por muito tempo, acreditei que minha maior ânsia fosse o conhecimento. E talvez isso tenha me levado direto para a Filosofia. Mas eu sei o primeiro motivo que me levou a escolher isso.
Eu sou uma pessoa terrível, alguém que nutre inveja, ciume, raiva e egocentrismo. Eu sou uma pessoa deprimida, que guarda dentro de si os verdadeiros sentimentos que eu nunca - NUNCA! - irei aceitá-los, dizê-los ou confirmá-los.
A verdade é que tem muita mágoa em mim. Meu irmão, meus amigos, meus estudos, minha vida acadêmica...
Eu passei um ano conturbado, em que dei vazão mais a minha vida social e sentimental do que à acadêmica, e racional. O foco eu perdi e todos os meus sonhos. Quando paro para viver o que tanto queria antes, essas coisas, as imagens, as sensações simplesmente não me alegram, não me jubilam, não me satisfazem mais.
Incomoda a mim ter 19 anos, quase 20, e não poder decidir para aonde eu vou, quando, como e com quem. Não poder fazer uma tatoo, ter uma cnh e emus pais não deixarem eu dirigir na estrada, e, o pior, ter de fazer tudo isso escondido porque eles nunca dariam o consentimento. Mas isso não pesa tanto, porque poderia ser o contrário.

E de repente eu perdi o interesse no que estava escrevendo...

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