Toda mulher idealiza um homem perfeito. E hoje à tarde, imersa na raiva que tenho pelo meu hermano, comecei a pensar no meu.
Eu experimentei de duas pessoas que muito me alegraram; um simplista charmoso que me chamou de arrogante e pedante, e um outro lindo e simplista, de voz estranha, e que achou que eu estava encaminhando as coisas para algo sério.
A única coisa que eu consegui absorver desses pseudo-relacionamentos relâmpagos é que eu gosto da parte simplista, humilde e modesto. E até um pouco tímido, mas definitivamente a parte de não compreender ironias, sarcasmos e cinismos não está na lista de características aceitas por mim.
E pensando um pouquinho melhor, o meu homem perfeito não precisa ser lindo (charmoso sim!). Basta ser bonito. Ou ter uma beleza condicente a minha (bem, então necessariamente ele será lindamente belo). E precisa ter senso de humor bom, porque senso de humor bobinho ou idiota a gente encontra em qualquer lugar. Apreciar sarcasmo, ironias e distingui-los de escárnio de tpm é importante... falar inglês, francês e gostar de me ouvir e ouvir minhas teorias. E gostar muito, mas muito mesmo de mim, porque eu sou um bicho difícil em determinados momentos do mês.
Tem de entender que eu não sou muito de falar, que, às vezes, gosto de apenas ficar por perto, quieta, olhando e observando, fazendo cafuné. Apenas que eu gosto de dar carinho e que necessito recebê-lo também, mesmo não sendo em mesma proporção. Entender que tenho picos de energia e meu humor pode ser cruel; que fui criada ouvindo histórias de meu pai e brincava de escolhinha sozinha.
Um homem que me leve no bar, que goste de dar risada à toa e que saiba me reprimir com dizeres exatos. E que aprenda, com o tempo, que eu presto muita atenção no que ele diz, no como ele diz e quais palavras ele usou para dizer, além de prestar atenção em seus atos, andares e olhares, e que minha capacidade de memória para essas coisas de aparente desimportância é muito elevada.
Claro: sertanejo, rodeio, sair à noite, à tarde, cerveja já estão incluso no pacote desde o início, porque homem que pára de sair é um porre.
E tô começando a acreditar que o fator altura seja de fato relevante também.
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