Ele me perguntou hoje, depois de um longo tempo narrando suas aventuras com pessoas desconhecidas por mim, o que eu faria no lugar dele. Isso tudo envolve pessoas que ele não gosta, mas não pode anunciá-las como inimigas. Pessoas cujas ações anulam as atitudes dele... e que já o fizeram sofrer muito.
Eu disse assim apenas:
"De duas uma: ou mantenha seus amigos próximos e o inimigos mais próximos ainda, ou, perdoe seus inimigos, mas nunca se esqueça de seus nomes."
Ele me olhou com desdenha, declarando o quão aquilo era um senso comum e como não ajudava em nada. Eu quero saber de você, insistiu.
"Bem, eu sendo Bruna Vollet e dona de um imenso e inabalável ego que só Deus pode questioná-lo, eu perdoaria a eles, esqueceria de tudo, mas manteria um plano."
"Manter um plano? É isso que você chama de perdoar?"
"Estamos falando de inimigos, coração, não de outras pessoas. O plano é sua válvula de escape. Uma prevenção. Seu perdão é pelo o que eles fizeram, e não pelo o que eles poderão vir a fazer. Você precisa estar pronto para lembrar os nomes deles quando precisar".
Ele me chamou de calculista e eu expliquei que a prevenção possui vários nomes. Alguns alegam ser pejorativa, mas, na minha vidinha, muitas das coisas que os outros definem assim me soam extremamente charmosas e necessárias.
Ele disse que eu era estranha. E eu, no meu sarcasmo, retornei "É, nesse mundo pensar é ser estranho. Não tenho culpa se você não convive frequentemente com pessoas do meu naipe".
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