10 de julho de 2009


Cada pessoa tem um brilho próprio.
Algumas, verdade, não o mostram a flor da pele, como outras – e aquelas, pela falta de sensibilidade ou sagacidade alheia, acabam por passar despercebidas. E há os brilhos diferenciados. Uma pessoa pode ter vários brilhos, depende apenas de quem a vê.
De quem a conhece.
E o processo de conhecer é algo complicado, porque os brilhos que se aprende a ver podem ser apagados pelos defeitos – mas aí é uma mera questão de compreensão. Os defeitos enfatizam os brilhos. Eles moldam a beleza da fulguração do brilho.
Nada, num caráter, é mero acaso. Nada, numa pessoa, é excesso. Os detalhes compõem a obra, o conjunto, ela. Alguns desses detalhes, verdade, soam falhas para os demais...

Talvez seja apenas isso. Ninguém possua falhas. O que acontece é o olhar diferenciado. O brilho é o mesmo por todos os lados, mas cada fulgura deste brilho é interpretado de um jeito pelos olhares alheios.
Ninguém possui defeitos. Todos são seres perfeitos. Mas a interpretação muda o conceito, muda o gosto; o Belo de cada um atrai em intensidades diferentes pelos os outros.
Por isso cada pessoa tem um brilho próprio.

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