11 de maio de 2008

Algumas meias verdades

Você quer que eu seja sincero? Então serei: eu não a amo. Não posso amá-la. Esse sentimento não me pertence, não me é viável.
Eu julguei amá-la no começo, pois acreditei realmente que você tinha mudado essa condição em mim. Foi um doce momento ilusório que eu vivi, talvez pela ânsia de que você fosse realmente capaz de fazer algo assim, mas isso é um ato grande e ninguém é grandioso o bastante para mudar uma essência. Esta é a minha essência: não poder amar.
O que fiz foi repetir constantemente uma mentira até o ponto em que ela se tornasse uma verdade. E ela nunca o foi e acho que não a repeti o suficiente. "Eu a amo". "Eu a amo". "Eu a amo"... Era-me um mantra que nunca me apazigou.
Meus sentimentos não foram em um todo uma farça. Por alguns instante eu cheguei a importar-me com você. É verdade, eu lho digo sem peso na razão. Mas importar não é o que você esperava, não é mesmo? Eu não a culpo. Fomos dois principiantes um com o outro, julgando entender os motivos e já conhecer as conseqüências.
Caminhamos juntos por inércia e afastamo-nos por repulsão de cargas.
Era isso o que éramos. Forças físicas. E é isso o que não somos mais.
Desculpe, eu nunca a amei.

Um comentário:

  1. u.u
    ai, eu vou te dizer q esse trechinho tocou numa ferida minha... escrevi algo com este mesmo tema, chamado foto. nunca publiquei, pq queria esperar a dor passar.
    não a minha, mas a dele...
    i.i
    mas acho q isso nunca passa, não é?

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