Estranho como não deu tempo de nada.
Nem de se despedir, nem de entender, mas, vai saber?, às vezes era o que deveria ter acontecido mesmo.
Eu pensei em várias coisas, em vários jeitos de você ao menos se lembrar um pouquinho de mim aí, mas... bem, não deu tempo. Não deu tempo de eu terminar a caixinha com todos os quotes de músicas e textos que me lembravam você, nem de entregar o escapulário, nem de escrever uma carta e nem de te dizer o que eu senti verdadeiramente.
Todo dia eu olho suas fotos e acho incrível que você esteja realmente vivenciando a tudo isso, a toda essa mágica e esse sotaque estranho para potato. Não parece real até que você prove que é.
Em mim ainda sobrevive um misto muito estranho de raiva e saudade, mas, agora, em que você me deu a oportunidade de acompanhar por imagens isso daí, sinto como se você fosse um estranho que esbarrei na rua, apertei a mão e sorriu-me. Um estranho que me cativou no primeiro ato e que perdi num virar de esquina.
Uma vez eu te disse que não seria em um mês, nem dois, três em que eu o esqueceria. E não foi, e não o é - mas eu não sei se você consegue mensurar tamanha a decepção e mágoa que você causou. O sofrimento que você optou por me dar. Por muitos dias eu senti ódio de você. Por muitos dias senti repúdio. Às vezes, quando a lembrança me retorna, acho tudo muito, mas muito irônico. Eu te odeio. Eu te gosto. É a liberdade poética (ou seria e sentimental?) que me permite fazê-lo.
Muitos acreditam e argumentam que eu devo esquecê-lo, seguir feliz e boa. Eu acredito em que devo seguir feliz e boa. Esquecer a gente nunca esquece - a felicidade nos é única, a dor nos é para sempre.
Estranho como não deu tempo de fazer e nem dizer nada.
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