27 de janeiro de 2011

filtro de sonhos

Deixei quieto, falei para eu esquecer - porque disso tudo bem sei que nem era para ser. O estranho apenas é não sentir, justo em mim quando há muito te sentia sempre aqui. É estranho superar os eternos e os novos amores, a gente fica sem rumo, sem credo, e, mesmo assim, está bem. Justo a mim que escrevia em letras garrafais que pensava em você mais quando não queria e muito mais quando me esquecia? Em letras cursivas saudade até senti-la bem? E passou. Oh!, passou. E passou.
Não cri que o faria, não acreditei (bem praxe de mim, jamais acreditar muito em nada. Somente nos outros. Na inexistente boa índole alheia). Talvez eu não tenha as suas imagens, talvez eu não tenha a sua vista - e isto é certo, de que não possuo nenhuma delas -, e meu cotidiano seja morno e sem graça, sem risada e sem olhadas, mas eu tinha a capacidade de alegrar-me com a sua imagem em mim - e tirei isso de mim.

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