16 de novembro de 2010

Se dissessem "Vá!", eu iria. Há muito as malas estão prontas esperando pelo chamado, guardadas em todos os cantos e espalhadas por todos os cômodos. Assim são as minhas bagagens, sem um lugar para ficar, sem um lugar para serem guardadas. Elas não merecem ser guardadas; precisam ficar expostas às vistas para que eu me lembro todo dia desse desejo de ir embora.
Ah!, minha doce Escócia, onde os cabelos em muito se assemelham da minha querida Dominique. Nunca contei a ninguém, mas é para a terra dos castelos consagrados que a minha querida Dominique fugiu com um filho em seu ventre e uma promessa de viver em paz. Sim, ela só queria viver em paz, e não em lugares que lhe cobrassem entendimentos e comportamentos que ela mesma não compreendia.
Dominique nunca pôde amar por não entender a reciprocidade contida nisso. Dominique não pôde se importar porque nada, de fato, lhe era importante. Não é indiferença, porque indiferença é sempre resultado de algum impacto, assim como a diferença. Era apenas que ela nunca sentiu nada para saber o que importar significava.
Sim, minha querida Dominique partiu para Escócia e é para lá que eu vou. É para lá que me chamam. Dominique me chama. Dominique me clama.
Minhas malas estão aos montes porque eu não sei ao certo o que devo apresentar à Dominique.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigada pela visita, deixe seu comentário :D