30 de outubro de 2009

not freak out now


A pose dela agora seria uma ótima fotografia, de solidão, de ócio ou até mesmo autismo, em sua definição social - e não patológica. Ela estava sentada sobre o colchão de casal dobrado, no meio daquela saleta sem muitos móveis, perto da bicicleta ergométrica inutilizada há anos, perto da imensa janela que se abria para uma minúscula varanda em um apartamento no 9º andar.

É, seria uma bela foto de solidão.

A Beautifull Mess tocando um pouco mais alto que as normas do prédio permitiam, os cabelos molhados, os cachos ainda a se formarem, o barulho da cidade atravessando os vidros da janela, um Sol tímido a se espreguiçar tardio às 10:38 da manhã de uma sexta-feira. E ela quieta, sozinha, diante da televisão desligada, diante do móvel da sala ainda um pouco limpo.

É, seria uma ótima foto de ócio.

O celular ao seu lado, quieto, como sempre deveria ser nesses horários, as pantufas vermelhas, pretas e brancas jogadas entre o móvel e o colchão, as pernas cruzadas, e o pensamento na aposta que graças a Deus não fizera na noite anterior e na liderança do campeonato brasileiro. Nem acreditava que em fração de minutos o Palmeiras laçou três gols contra o Goiás. Isso daria muitas discussões no próximo domingo...

Seria uma foto de autismo.

O mundo corria lá fora e ela nem ousava mexer as pernas para mudar de posição em relação ao fino e frio vento que adentrava a janela. E ela nem notara que a música terminou, que o vento aumentou e que o tempo passou.

Ela só está na inércia do domingo chegar para poder abraçá-lo.

25 de outubro de 2009

ela me perguntou, no exato momento em que declarei que talvez estivesse a gostar dele, se ele não era uma válvula de escape. confesso que fiquei impressionada com a velocidade em que respondi não.

o outro. há tempo que o outro não passava pela minha cabeça de forma tão simples quanto naquele momento em que parei para ver se de fato não era uma válvula de escape. e notei que estava certa em minha resposta.

depois do outro, os outros que surgiram não me faziam absorta como ele estava fazendo no agora. talvez a diferença estivesse naquele sorriso largo ou naquele par de olhos castanhos. sempre castanhos. mas, no fundo, não importava o que, o por que e o - principal - como. nada importava.

nada importa...

... quando a pulsação aumenta, o rosto fica corado, a boca forma sorrisos a serem doados, tudo fica em silêncio e com aquele deslizar de dedos pelo braço nasce um arrepio e uma vontade de abraçar e nunca mais querer sair dali.

nada importa.

quando há o choque de quente e gelado, uma respiração mais profunda perto do ouvido... e um belo sorriso.

"everything will be fine
everything in no time at all"

20 de outubro de 2009

é como dizem: você não é nada até que precisem de você. e eu me tornei muita coisa - senão tudo! - para quem é tudo para mim. não importa quem eu sou, mas o quão bem ao meu lado você está.
eu coleciono amigos e a minha vida transpira paixão e festa. o resto? o resto é descartável.
você diz que se encantou comigo, com o meu olhar. que nunca se deparou com um par de olhos castanhos tão intensos e enigmáticos como os meus, e que sente falta de olhá-los por um tempo que seja longo o suficiente para decifrá-los.

e eu adorei isso.

você não disse que tava com saudade do meu beijo, dos meus abraços, mas do meu olhar. o olhar que eu te lancei quando pediu meu celular, o olhar que você disse que era diferente e não soube explicar.

eu adorei.

e adoro acordar com você na minha cabeça.
Ele tem aquele sorriso - o mais bonito que já presenciei. É largo, branco, simétrico. Expansivo, chamativo; ressaca. Convidativo, focado, artístico.
O sorriso mais lindo que já vi.

17 de outubro de 2009

as God said

por volta de uns dez dias eu devo ter rezado para que alguém aparecesse e agisse de acordo com o esperado. e aí eu saberia que eu estava bem, que as coisas estavam encaminhados como queria, e assim, então, por conclusão, eu sorria em paz.
esse alguém aparenta ter surgido e, mesmo com todas as controvérsias, com todos os nãos que eu disse a mim mesma, não tá acalmando. não me é apaziguador. não me deixa feliz.


em todos os pedidos, em todas as crenças, em todas as vezes que apertei os olhos para pôr toda a minha fé, no fundo - no fundo mesmo! - era um pedido egoísta. que esta pessoa sempre fosse a mim. e ninguém mais.


E aí ela fechou o livro, abandonou a caneta e olhou seu reflexo no vidro da janela. Tinha uma ou outra marca de sorriso no rosto. Deveria intensificá-las mais.


Gabriel *.*

E ele tem de ser assim, lindinho.

(será que quem lê isso acha que eu estou grávida?! GALËRE: NÃO ESTOU, OK?!)


acho que até que gosto de astrologia :D

14 de outubro de 2009

às vezes eu minto para ver se meu poder de persuasão é bom para comigo mesma.
às vezes é.


Estou com essa mania, de fotografar (ou tirar fotos, porque isso está longe de fotografar) os crepúsculos.

Fotos pelo celular mesmo.

13 de outubro de 2009



porque, além da fantasia do homem-aranha, o Gabriel vai ter todas as fantasias que ele quiser (e que eu quiser também).

12 de outubro de 2009


Por meio mísero segundo eu achei e concordei com todos os argumentos que surgiram em minha cabeça de que tudo aquilo seria divertido. Agora estou a me perguntar como me deixei levar por estes pensamentos. Talvez seja porque algo dentro de mim queria muito que isso acontecesse, e, claro, quando aconteceu... não chegou nem perto do que eu sonhava que seria.

As idéias são perfeitas por algum motivo, e o motivo é que somente nelas está realizado o que se quer. Eu deveria ter ficado com a idéia, com a ilusão e com o sonho. Deveria ter deixado tudo de lado quando o primeiro a não saiu de acordo. Deveria ter levantado da cadeira e ter ido embora; deveria ter sido forte para refutar aquela degradação de mim mesma.

Meia força de vontade para me fazer certa a ir embora.

E eu não tive.

Cansaço é o que se prossegue. Cansaço de fazer pose.

Eu não falo sobre a minha vida, sobre as minhas preferências. Não falo sobre as minhas opiniões... As pessoa têm a irritante mania de me chamarem de petulante, arrogante. A irritante mania de me olharem com medo, receio, nariz empinado. Ou de nem me olharem. De nem me darem a chance de contar o que eu quero. Contar que eu leio. Escrevo. Penso.

Ninguém me dá a chance de mostrar algo que realmente seja idiossincrático a mim.

11 de outubro de 2009

rescue me



"Do you?".

That was his question to me. I didn´t understand... what the hell did he want to know about me?

"Of course".

tá complicado.

toda vez que eu saio eu me sinto um lixo. um nada. como peão de tabuleiro de xadrez. não é muita coisa em jogo até que se atravesse o tabuleiro. eu me sinto fora, por fora, longe... incapaz de continuar, de flertar, de me estabelecer. Incapaz, totalmente, de tentar ser alguém.

tá complicado.

eu não me sinto mais linda, poderosa. não. nenhum pouco. só consigo olhar no espelho e ver o que acumula no meu abdomen, e isso vai me matar. já está. eu tenho vontade de nunca mais sair, de nunca mais acordar, de nunca mais continuar. Até mesmo de tentar.

tá complicado.

10 de outubro de 2009

don´t get worried about me
tonight I have to be free

9 de outubro de 2009

O fim da briga

Quando a noite aparece, as pessoa começam a se produzirem e a telefonarem para seus amigos. Afinal, a noite de sexta-feira é sagrada, é única. O tipo de noite da semana em que o céu é mais mágico e os sorrisos mais sinceros. Ou não.
É a noite em que o libido afloresce, em que os olhos chamam a atenção e a inibição é descartada. É a única noite em que todo mundo é de ninguém, mas alguém será o escolhido para ser a pessoa. Pelo menos naquele instante.

E é assim, diante deste tipo de noite, que eu a observei - de longe. Ela não estava vestida para uma noite de sexta-feira. Dava para perceber que estava cansada e que acabara de chegar da outra cidade em que estuda. O tênis branco nos pés, com a calça jeans surrada, a blusa preta por cima e os cabelos ao vento. De cara lavada, sem maquiagem, sem olhos pintados. Sem vontade.
Pararam ali, as duas primas, porque a loura quis. Dava para perceber. O moço que ela gostava fazia-se presente no recinto.

Só que a morena, de cabelos ao relento, não quis. Ou até quis, mas não admitiria com essa facilidade. A questão não era quem ela gostava, mas quem ela travava uma luta interna, para descobrir se o amava ou se apreciava.
Elas conversavam com os amigos tranquilamente, e a morena dava risada, se divertia, entretinha. Só que... só que eu via, entende?! Via que ela estava deslocada, nenhum pouco interessada. O sexy appeal que sentia pelo moço de sua roda de amigos fora reduzido a nada quando percebeu o que não queria: ele não estava afim dela. Ele estava a ignorando. Ele estava fingindo perfeitamente que ela não existia.

E eu vi que doeu. Que doía. It has been hurting.

E a briga acabou. Apreciava e não queria ele longe de sua vida... queria seu amigo de volta.

Pelos olhos baixos, o sorriso um pouco maior e a vontade de interagir mais me fizeram crer que, naquele instante, então, ela desistira e decidira por seguir a vida. Mesmo na infelicidade de não tê-lo.






E é assim que eu encerro a tag Caio neste blog. E é assim que eu encerro a história do Caio na minha vida. Está decidido.

8 de outubro de 2009

comentário da noite: o chuchu ficou mole, só a casca dele que não.

7 de outubro de 2009

Medo de Perder


O texto que eu coloco aqui explica o post anterior. Estou colocando aqui pelo medo de que aconteça algo com o pc e eu o perca. E isso eu não posso.

Eu tenho de escrever às escondidas, não posso me expor. Quando todo mundo pensa que você é só mais um cara que passou, eu concordo crente que é o único que ficou.

Obrigada pelos parabéns, de verdade. Com exceção aos dos meus amigos, o único que me importa é o seu... sei lá, eu te vi no rodeio hoje, vi você lindo com o seu chapéu, sua camisa, sua bota... e você é o único peão naquele lugar, em qualquer lugar. No meu coração. O único homem... o único consegue, mesmo de longe, me desestabilizar e me fazer perder a pose. A pose de desinteressada, de desapegada. Como eu me apaguei a você... de tal forma que achei que era impossível. E não falo pelos fatos, mas sentimentos... eu quero te encontrar de novo. Quero te ver de perto, sentir seu cheiro e decorar cada um dos risquinhos dos seus olhos castanhos. De um tom mais claro que os meus. Quero sentir você em mim, comigo... quero dar risada com você, beijar a boca como há muito não consigo fazer.

Hoje fez 1 anos que a gente se conheceu.

1 ano que minha vida mudou... um ano que eu espero ter mudado um pouquinho a sua vida... ah!, Coração, se você pudesse me entender, se você pudesse resgatar metade dos sentimentos que você sentia por mim... se você pudesse me dar a chance de provar que eu mudei e que a gente poderia ficar juntos de novo... é a única coisa que me faz ficar acordada até tarde, pedindo a Deus, humildemente, que você esteja ainda no meu destino. Ou eu no seu. Pedindo a Ele que te proteja e cuide de você melhor do que eu fiz.

Quando eu te vi hoje, tive vontade de sair correndo, te abraçar muito forte e gritar para todo mundo que ninguém vai tentar ser mais perfeita para você do que eu. Ao meu modo, claro, afinal, não posso moldar carateres para ser uma pessoa perfeita... e você, melhor do que ninguém, sabe que eu não sou perfeita. E a única coisa que me impediu de fazer essa loucura foi a impulsividade. Eu carrego em mim por todos os dias por livre espontânea vontade o amargo arrependimento de todo o mal que eu te fiz...

Porque assim sempre vou saber que quem estragou tudo fui eu, que quem me tirou daquele Paraíso foi unicamente eu... e quem todas as noites fecha os olhos e lembra daqueles belos dias, daquelas tardes de sábado em que você me ligava, das mensagens que eu te escrevia, das conversas no msn, do ciuminho que eu sentia, e que o único que era capaz de transformar meu dia em pura felicidade era (é) você, sou eu. Quem resgata tudo isso é porque não dá simplesmente para esquecer, sabe... você está carimbado, cravado, ferrado em mim. Por tudo o que me causou. Por toda aquela explosão de sentimentos que guardo somente por você. Ninguém me mexeu mais que você. Ninguém me foi tão especial. Ninguém chegou tão perto de conhecer a verdadeira pessoa que eu sou, de saber como sou eu sem as armaduras. Você me tinha por completa. E eu não cobrava nada em troca... me bastava saber que, às vezes, eu era a dona dos seus sorrisos, olhares e até tesão. No às vezes, Coração, eu me fazia eternamente feliz.

Você me fazia eternamente feliz. Era isso que funcionava, não era?! Me diz, por favor, e não ignore essa parte: como eu fui tão má com você?! Como eu me deixei ser tão impulsiva, tão desconcentrada... como eu acabei com tudo o que você sentia por mim?!

Você é a pessoa mais especial para mim. A única que rouba minha sanidade. Minha criatividade. A única que me move. E eu nunca me doei tanto assim por alguém... e nunca me senti feliz por causa disso.

Eu não estou pedindo para que de uma hora para outra você acorde numa manhã bonita e diga que gosta de mim... Mas que você acorde numa manhã e lembre de mim. Que acorde numa outra manhã e se lembre de mim de novo, e de novo, e de novo... eu tô pedindo por uma 2ª chance, a última para tentar resgatar as coisas boas. Uma chance para que você sinta a minha falta, uma veizinha que seja. A 2º chance, às escondidas, para cuidar de você de vez em quando, te fazer cafuné, te fazer sorrir, te fazer mais uma vez a pessoa mais importante da minha vida. E dane-se os outros.

Dane-se quem não acredita que a gente não é compatível. Mas não posso ignorar meus tremores, meu calor, minha vontade de distribuir sorrisos ao mundo quando sinto você por perto. Não posso apenas ignorar que meu coração vai saltar pela boca quando seu perfume vem à lembrança, quando cada marca do seu corpo esteve junto do meu. Não posso ignorar que você me fez completa... e espero do fundo do meu coração que eu também o tenha feito completo algumas vezes.

Você é a minha inspiração, o meu bem-querer... a pessoa que me mudou, que mudou minha vida, meu jeito de ser, pensar e até de ver as coisas. Você me fez tão melhor...

Você sempre me fez uma pergunta: o quanto eu gosto de você. Se lembra?! Eu não consigo pensar em nada que chegue perto do quanto eu gosto de você. Não consigo enxergar nada nesse mundo que se aproxime um pouco da imensidão desse sentimento por você... mas se houvesse um meio de provar, um meio de você entender que estou disposta a passar por cima do meu orgulho, do meu ciúme, do medo...

Uma prova que pudesse te fazer enxergar a mesma garota que você viu naqueles dias... aquela menina tímida, descobrindo o que é estar com alguém de quem se gosta, descobrindo o que é estar completamente apaixonada por uma pessoa tão diferente dela... aquela menina que se perguntava como poderia alguém ser tão maravilhoso diante dos seus olhos... aquela menina está aqui. Sou eu. Um pouco mais armada, verdade, mas com a mesma sensibilidade. Sou eu. Ela tá aqui, te esperando... e não deixando que ninguém mexa nela. Eu pertenço somente a você. E não tenho pressa nenhuma em te mostrar isso, em tentar de conquistar uma 2ª vez... Ela está aqui, sensível, chorona, tímida e brincalhona. Eu estou aqui para sorrir para você, te abraçar, te beijar, te deixar louco.

Uma 2ª chance, quando você acreditar que eu mereço e acreditar na minha completa sinceridade. Só não pessa para eu me afastar, porque daí você vai me esquecer e esquecer de uma pessoa que nutre o mais lindo dos sentimentos por você.
o que fode a minha vida gostosamente é eu oferecer atenção para alguém, da forma mais bonita que conheço, e ela, sutilemente, me mandar tomar no cu em silêncio.

6 de outubro de 2009

eu tenho de contar uma verdade para vocês: depois que me disseram que eu havia mexido de uma forma diferente com o Caio, tentei me reaproximar dele. Eu já contei aqui que estava tendo um sentimento mais fraterno por ele, só que, pô, não, sabe?! Não dá para fingir que ele não me fez feliz, não dá para fingir que o químico-físico entre a gente era perfeita sintonia.

Não dá para simplesmente apagar as coisas de errado que eu fiz e que estragou toda a minha felicidade.

Lembro que aqui escrevi, na época, coisas horríveis, como se ele tivesse culpa total - quando nnão teve - do que aconteceu... e hoje, meses depois, perto de reaviver todas as datas bonitas, a única coisa que me martela costantemente antes e durante o sono (sim, durante o sono), é aquele tapa.

Puta-que-o-pariu! Quem me conhece sabe que eu jamais agiria assim em sã consciência. Quem me conhece sabe que eu nunca teria feito isso... mas o ódio me moveu. E me arrependo dia após dia desse ato e peço a Deus, incessantemente, que me ilumine para encontrar um meio de ser perdoada.

Nos meus 18 anos aconteceram muita coisa - e quando digo muita, eu de fato quero dizer isso - e a principal dela é que não sou nem criança e nem mulher ainda (e que tenho de voltar para academia urgentemente), e que aprendi que é melhor amar de forma rápida do que não amar - ou amar depois que tudo acabou. E que conseguir o perdão de uma pessoa não é tão simples assim. Tem muita coisa embutida nesse ato.

E descobri que tenho uma tendência mortal e cruel de tirar com a cara dos outros. Principalmente em âmbitos de amizades masculinas (apesar de às vezes ficar com um pouco de pena, Edu, continuarei zuando sua cornice até o fim dos tempos). Mas eu tiro até com a mãe da minha amiga 0.o foda.

Mas é isso, comecei falando do Caio e terminei com a cornice do Eduardo... acontece.

do you remember when I have told you I would be here forever?!
I cannot do it anymore.

baloons and fights

Está chovendo, ela diz, olhando para o céu que ainda lança o primeiro pingo. Sempre chove, não é mesmo?!
Ela tem uma percepção diferente; é um tipo de ser humano que não vive das ações, mas do que entende a sua volta. Ela não precisa agir, apenas sentir, e ela sempre sentiu muito bem o meu humor. Os meus pensamentos. E o faz agora, de novo.
É como se algo maior adivinhasse que você precisa da chuva para sentir a sua nostalgia. Eu a olho e tenho vontade de bater naquele rostinho celestial. Por que você acha que eu estou nostalgica?! Estou ótima hoje.
Ela solta aquela risada para mim e eu fico sem graça. É sempre assim.
Você é muito bobinha... desde quando nostalgia é ruim?! Se você sente falta é porque foi bom, não é?! Não sei, respondo... Parece-me que sentir falta no hoje é sinal de que nada está bem, como se o passado tivesse sido melhor.
Ela ri. De novo.
Claro que o passado foi melhor! O passado você sabe como foi, mas no agora você não tem nem idéia de como proceder. Hoje você pode estar tão bem como antes só que ainda não sabe, porque isso daqui ainda é presente e você só vai entendê-lo quando for passado. E será este o momento o motivo das suas nostalgias futuras.
Eu deito no chão, com os braços apoiando a cabeça e sinto os pingos sobre o rosto.
Mas isso me soa como se eu sempre vivesse do passado, respondo.
Mas a gente sempre vive do passado. Não somos os presentes, mas o que fizemos no antes. Um prédio só é um prédio despois de construído, oras.
Fico quieta.
Sempre fico.
Sinal da nostalgia.
Deus sempre manda as gotas que você precisa. Ela diz, depois de um tempo calada.
Você acredita que talvez haja um Deus? Ela sorri. Eu saio ganhando acreditando. Se não existir e eu não acreditar, fico na mesma. Se não existir e eu acreditar, em nada a minha crença me afeta. Se existir e eu acreditar, saio ganhando. Se existir e eu não acreditar, saio perdendo. Na única hipótese em que perco é caso ele exista e eu não acreditar... por que escolher a menor das probabilidades se ganho em 75%?!
Mas uma dessas escolhas é se Ele não existir e você não acreditar.
Essa possibilidade não existe. Para que eu dizer que não acredito numa coisa se ela não existe mesmo? É um ciclo vicioso. É o mesmo que você sair por aí eu não acredito em cavalos roxos, de olhos grandes, com aspectos dragonianos e chifres de uma vaca. Todo mundo sabe que esse treco não existe...

E a chuva continua a cair.

5 de outubro de 2009

faz tempo que eu estou tentando encontrar um meio de te dizer
que te devo milhares de desculpas e vou pedi-las enquanto eu puder viver.
"we´re gonna survive for the rest of your whole freak life" - it was what he was whispering thrown my ears. and i got no fear of. no angry. no feeling. i was fine.

4 de outubro de 2009

i won´t love you anymore
O que acontece é: 1) eu só gosto de te provocar, de verdade, não tenho nenhuma atração física ou sentimental por você. É apenas esse zóiovedi que me chama atenção, porque eu nunca me deparei com algum olho claro que me cativasse. Mas não quero nada além de um bom flerte. 2) Uma mera menção ao nome dele já me faz tremer, você viu, notou, percebeu. Você apenas disse um comentário sem nexo, um jogo de palavras sem assunto, e nesse meio estava o nome dele e meu mundo paralisou... como posso eu me interessar por outro quando meu coração salta a boca desta maneira? 3) Sua mãe é um amor. E me disse para nunca gostar de você, ou de qualquer outra pessoa... quando meu rosto fica rosado por causa de uma outra pessoa. 4) Você é bobinho demais para mim, desculpe...

2 de outubro de 2009

Há quem diga que sou todas as coisas ruins de um jeito bom - e que sou as coisas boas perfeitamente

Era pra gente ter crescido junto


É só o que eu tenho pensado nos últimos dias, sabe?!, que a gente deveria ter crescido junto - de verdade - e não com essa lona de circo nos acercando por todos os lados e fazendo, assim, de nós, juntos só na visão dos demais.
Ela me disse que você faria de tudo por mim, me ajudaria quando mais precisasse... mas quando eu mais precisei, você não foi persuasivo o suficiente para me afastar da decepção. Não quis me afastar do grande sofrimento.
Você não fez nada para evitar que eu chorasse...
Era só para a gente ter crescido de fato junto e, assim, hoje, verdadeiramente, seríamos irmãos.