5 de dezembro de 2013

Universo meu Paralelo

Essa banda pode ser qualquer uma que se encaixe dentro do seu vocábulo de "melhor banda da minha vida". Pode ser sua, minha, de qualquer um que um dia sentiu-se próximo de pessoas que viu uma vez, dez metros de distância, tentou camarim e foi barrado pelo segurança.

Quem nunca tentou entrar no camarim, para ser só mais um fã querendo um pouco de atenção num afã secreto de ser notado, não sabe o que é ser barrado por um segundo, uma fita, dois cones e uma corrente. Eu fui barrada por um segurança mesmo, que me expulsou não só da fila, mas do salão.
Obrigado você porque graças a sua atitude tive uma bela volta para casa com o namorado, pensando e refletindo um bocado sobre tudo.

Mas esta banda aqui pode ser de qualquer fã. Para mim, pode se encaixar perfeitamente ao Queen (uma pena que eles não são mais uma banda) e o fator que movimenta a vontade pode ser Radio Ga Ga. Pô, eu gosto desta música e me arrepia os pelos ouvir o Fredd movimentar aquela multidão no ao vivo em Wimbley.

Só que não é o Queen. Não nesse momento. Há algum, teria sido. E teria sido também o Capital Inicial.
E, se é verdade a teoria de universos paralelos, vejo que tem um eu meu muito feliz fazendo a ideia que eu tive nesse plano: rodando a estrada e registrando momentos, pensamentos e brincadeiras de uma banda - afinal, cabe aqui qualquer banda. E me deixa um pouco conflituosa imaginar que também haja um eu meu cantando (minha memória para música é péssima; não sei uma letra de cor. Mas, vai saber, talvez este eu tenha desenvolvido um mecanismo de memorização, por que não um igual aquele do The Mentalist, envolvendo o palácio de memórias com um lugar em que muito bem conheço?!).

Esse eu tá quieta nos poucos degraus de uma casinha singela do Rio de Janeiro. Tá olhando a noite que se faz quente e tenta pegar no rosto algum resquício de brisa fria. Não vem. Mas o laptop no colo ferve. Escrever, escrever, escrever. Hoje eles fizeram uma entrevista para um site de música independente,  e se bem entendi começou agora e os caras queriam um grande começo com grande estilo.
Eu concordo que eles escolheram a melhor banda.

Faz tão pouco tempo que estou aqui que nem parece certo estar aqui, invadindo o espaço de criação deles. Mas prometi ser quieta e cautelosa - e o tenho sido com tanta precisão que às vezes eles realmente conseguem esquecer que estou ao lado deles. Isso é ótimo, pois consigo captar cada um deles em seus momentos quase ínfimos.
Vezes em quando eles me perguntam como está indo, como estou encaixando as coisas; estão preocupados. Eles se completam tão bem um com o outro que, secreta e inconscientemente, têm medo de que outros os enxerguem de outra maneira senão aquela do mundo deles. O mundo dos quatro. Se minha visão é diferente? Sim. Distorcida? Acredito em que não. Não há como distorcer uma esfera - seu centro equidista de qualquer ponto.

Na entrevista, quiseram saber se eles possuíam a noção da projeção deles como banda pelo Brasil. Eu queria ter respondido por eles, contado a minha história e feito as contas de probabilidade daquilo ter acontecido, e aí sim chegaríamos a conclusão do tamanho do que são enquanto banda. Eles se entreolharam por algo que eu poderia dizer ser a menor fração de tempo registrada. Cumplicidade. Ali conseguiram conectar todas as vias de pensamentos deles em uma única e fluída que fosse congruente a todos.
Não vou contar o que eles responderam. Que busquem o site e leiam a entrevista!

Saímos de lá com fome - eles com fome. Paramos em um restaurante de selv serf. Tem-se os vorazes e o equilibrado, me perguntando sobre sinergismo dos alimentos e qual componente inibe outro. Falei de alguns porque, assim, de cara, não me lembro de todos. Ele me disse que andava cansado e que estava preocupado, afinal, precisa-se de disposição para ser compositor. Para ser quem a mente dele comanda.
Ele é um grande "expressador", de qualquer coisa. Ele diz que eu também sou, mas acho que de uma maneira bem mais branda, afinal, a sonoridade não me é importante. Eu só vou escrevendo, escrevendo e como for, veio e ficou. Raramente mudo algo. Volto atrás. Teimosia, eu acho.  Ele já me deixou dar uma boa observada nos seus cadernos de rascunhos. Senti-me em êxtase segurando e podendo desvendar aquelas folhas: eram as coordenadas da mente dele. Toda a caótica organizada em linhas.

Lindo.
Quase chorei. Não o fiz. Achei muito inapropriado.

Depois do almoço quiseram dormir e irem à praia. Nunca contei a eles que não gosto de praia. Muita areia para pouca área corpórea. Fiquei na casa com a desculpa que tinha muita coisa para escrever.
"E tem lugar melhor para escrever do que vendo o mar, gata?"

Eles me chama assim não porque seja bonita, mas pela minha cara de menosprezo, que nem dos gatos, e acho que pela independência que criei deles. Fiz amizade com a Dona aqui do lado, a vizinha que é praticamente a mãe de todo mundo aqui da vila. Ela me contou histórias bonitas deles, de quando ela estava doente e não tinha condições de ir ao hospital e um deles a levou.
A noite é quente aqui no Rio. Não me lembro mais das minhas expectativas quanto a cidade maravilhosa. Me lembro um pouco daquelas que trouxe na bagagem e do medo de começar esse projeto. Que coisa. Que pena. Não contei ainda para eles, mas está acabando. Em pouco ou menos tempo não terei mais o que escrever sobre estes rapazes (meninos. Homens?! Homens).

Aprendi tanto sobre amizade e Amor. Encontrei pessoas que me permitem a propagação de ideias, as reflexões de olhadas para fora da janela. Vim aqui para contar uma história, a história de alguns dias deles, dos olhares deles sobre eles e dessa sincronicidade de energia que os mantêm, como pessoas individuais, como grupo, como profissionais.
A luz acende.

- Tá acordada ainda?
- Não consegui dormir. Muita coisa acontecendo...

- Muitas coisas acontecem, gata, até nos sonhos. Tenta dormir que amanhã vamos para um lugar muito legal.
Um copo de chocolate. De leite de soja. De achocolatado orgânico. Gelado.

- Ao menos que queira uma opinião o que está escrevendo.

Eles todos estão curiosos.
Ao longo desses dias eles perceberam a minha visão de mundo e meu ponto quase de autocrítica. Eles temem o que eu vejo.

Sou quase o Darth Vader da Casinha.

 

E este meu eu está assim, também achando que é o Darth Vader.

(05/12/13)

30 de novembro de 2013

Felicidade é um fim de tarde olhando o mar¹

Seria pois uma característica só minha de ficar idealizando todas as coisas que eu poderia ter feito? Acho que não. Acho que cada pessoa carrega em si aquele desejo secreto de, sei lá, ter podido se dedicar a uma outra coisa, desenvolvida um outro interesse. Seria uma fuga contida ou o desejo de ficar lembrando de tudo o que não fez?

Não sei.

Soa-me como tiro constante em cima da ferida esquecida - para então se lembrar de que você não fez e que não é nada daquelas coisas.

Eu teria me dedicado mais às artes, sabe? Todas elas: escrever, pintar, desenhar, fazer. Seja lá o que me fosse proposto em mente, mas seria de alguma forma algo muito similar à arte. E escolheria coisas que me fizessem bem e me trouxessem paz: surfar, tocar violão, jogar basquete no final de tarde, uma bola de sorvete de limão por final de semana (na verdade seria por dia, mas eu não gostaria de abusar tanto de algo que gosto correndo o risco de enjoar e deixar para lá).

Ter o sossego em mente sem aquela auto cobrança que me é tão emaranhada na essência. Parece um bom caminho para coisas que eu deveria ter feito. É um sonho não de futuro, mas de passado, que em parte em muito me acalma. A questão é que a mente do jovem é uma armadilha tão grande que qualquer desvio de conduta corrói a estrutura e a principal é acreditar que o tempo é rápido demais e, como consequência não correlacionada, temos de correr atrás de objetivos maiores. Carreira, emprego, conhecimento, família e dinheiro.

Não é ruim ter esses planos, mas não seria bom encontrar um espaço para se fazer o que se tem vontade? Crescer profissionalmente é deveras importante e gratificante, e por que não agregar à essa gratificação tudo aquilo que unicamente, por assim estar contido, te dá sossego? Complementar não somente o currículo, mas a alma.

Desenhar, pintar, escrever, ilustrar... Ilustrar cada capítulo de mim naquilo que me faz em paz. Soa-me um bom sonho frustrado de passado e um interessante ponto a ser considerado para o futuro (para então ser presente e ser constante).

¹ Hidropônica, Forfun.

23 de novembro de 2013

E eu que não tinha o que escrever

Não-saber às vezes é o melhor estado de consciência que se pode ter diante das coisas da vida, da curiosidade, da humanidade. Quem não soube antes esteve propenso à deixar a mente aberta para poder aprender sobre as diferentes formas que tudo pode ser. Muitas vezes eu simplesmente não sei e o que e quem quiserem me ajudar a tentar desfazer esse enlaço sempre me foram bem-vindos. E bem-vindos foram todas as informações que me contaram, não importante exatamente qual e qual era sua veracidade. Isso depois eu descubro, com o tempo, com a vida, com os livros. Aliás, gostar de ler e aprender são motores muito relevantes para se ter conhecimento deste estado de não-saber. Não-saber tem sido a busca pela qual todos correm, porque quem não sabe de nada tende a querer conhecer tudo. Quem não sabe de nada não está fechado. Eu estive fechada, e vou me abrindo, deixando que meu conhecimento não se solidifique. Deixo que todo ele seja líquido, seja maleável para sempre poder molda-lo a tudo aquilo de novo que faz surgir-me em curiosidade.
Não-saber é um estado - e a ciência já diz que ela depende de condições de pressão e temperatura para se estar em algum estado. A pressão vem de mim. A temperatura é a potência em que meus pensamentos correm.

E eles correm rápidos.

22 de novembro de 2013

Hoje não tem hora para terminar (sobre Forfun e outras coisas mais)

Tem algumas coisas que nos remete ao interessante, e uma delas, posso dizer com certeza, é o que eu presenciei ao longo desses dois ou três meses seguindo e ouvindo essa banda, Forfun.
A crítica das letras deles me remete ao meu estado de pessoa interessada em pensamentos e humano, e como essa pessoa me coloco, às vezes, a prova de cada tapa na cara que esses caras estejam passando para toda a sua legião de fã. Alguns devem entender, outros, nem tanto.
Um pouco talvez vá além de cada palavra cantada, entra mais afundo no que cada palavra, somada às outras, deve de fato ser. E sê-lo é o que me toca. Toca-me como o ponto de vista deles possui um cunho filosófico, dizendo sobre forma e matéria (totalmente de Aristóteles) e o questionar se existe necessidade de possuir e bel-prazer (Epicuro). Forfun me remete àquela que eu deixei um pouco para trás, trazendo-me à lembrança a doce amargura do querer saber.
Não é que seja ruim e espero fazer de todos os sentimentos o propulsor para várias coisas que quero realizar. Por hora me basta poder sentar e escrever um pouco disso tudo, sobre como várias coisas, de maneiras diferentes, conseguem atingir um ponto em comum em mim. Forfun me faz pensar quanto algumas coisas, alguns conceitos (busco ainda o real de "malícia") e sei que vai além de um dicionário e de uma superfície. Os destrinchar é que me é bonito. E destrincho as músicas nas palavras mais obscuras.
E o Bonito é ainda uma questão universal.

14 de agosto de 2013

Show must go on

Existe uma certa relevância em não querer mais que fosse daquela maneira que vem sendo há tanto tempo. Negar não é afirmar, é apenas ir por um lado mais obscuro do que a afirmação. Negar não é mostrar uma outra afirmação, é dizer que a ideia está em errada em sua concepção e raízes mas não é apontar a direção para algo mais correto.
Negar não necessariamente implica encontrar outra afirmação. Você pode mirar para qualquer lado.
É muito fácil negar.
É muito mais fácil não negar.
O difícil é assumir que está sendo negado e que aquilo tudo não cabe para você. Fácil é negar para o outro. O difícil é negar para si.
Por quê?
Porque, ao fazê-lo, necessita-se encontrar a afirmação correta, aquela que lhe cabe com tamanha coerência que parece ser até mesmo idiossincrático. A urgência de não ficar a mercê de um abismo. A relevância, do início, é o ponto sobressalente implicado nesse ato, que envolve a voz, o ato, a mente. Negar três vezes para assumir a negação.
E assumi-la é a sua primeira afirmação. Afirmo que nego. Afirme que nega.
Afirme, firmemente, afinco.
Não existe meia negação, existe a dupla, o dobro de tudo aquilo que pode até mesmo negar o próprio não contido, mas jamais o meio. Meio termo não existe; uma vez iniciado o passo, a corrida deve começar logo e só vai parar quando o percurso for realizado. E, desculpe, mas aqui também não há falhas. Êxito.
Conseguir negar é êxito.

13 de agosto de 2013

"a linguagem revela a mentalidade de um povo"

Acabei de ouvir na tv. E nem era isso o que eu estava pensando lá, na hora, pensava em algo mais abstrato. Pensava em como é difícil ter vários gostos e interesses. E a ideia é essa mesma, de pretérito imperfeito do indicativo, porque se eu me lembro agora... lembro-me de muitas coisas que não concluí.
Seria muito mais simples gostar de um único interesse, como um foco tão preciso, e, desta maneira, mirar só e continuamente nele. Estudar, ler, reler, conhecer, refletir, enfim, opinar. Para si, e não para outros.

7 de agosto de 2013

Acho que perdoar realmente é uma ótima saída por uma questão de vida. Se você consegue de fato perdoar as atitudes agressoras de alguém, você consegue esquecer simplesmente, mas nunca ouvi dizer de alguém que simplesmente esquecesse do rancor porque a vida foi passando.
Rancor, raiva, ódio não vão embora com o decorrer da vida. Imagine-se com 80 anos e se deparar com aquela pessoa que te fez algo quando ambos tinham 20?! Você não esquece. Você vai lembrar. Mas se encarar essa pessoa depois de sessenta anos de perdão, nada vai lhe acometer. A outra pessoa vai: ela vai lembrar que você o perdoou.

Mas o pior é ter de se perdoar. Acho que isso ninguém consegue, ao final. Perdoar-se necessita de muito mais coragem e esforço do que lembrar para esquecer.

25 de julho de 2013

this five words I swear to you

Tá frio, sabe?! E as pontos dos dedos doem porque eles nunca ficam quentes. Sempre há algo para gelá-los de novo. Mas não é isso que a incomoda.
Você pode até achar que no mundo existem problemas maiores, e acontece que há mesmo. Só que nenhum problema é grande o suficiente se não atinge diretamente a gente e isto é um fato. Não é egoísmo.
É apenas que sentir os nossos problemas dói. Os dos outros não doem. Talvez nos compadeça de alguma empatia, mas não dói.
O dela agora dói. E é agoniante vê-lo resplandecer no sorriso que dá a todos. Ela não está aqui para enganar a ninguém e nem tentar esconder nada - ninguém entende quando isso acontece porque todo mundo quer ver sua dor. Não foi a vida que a ensinou isso. Não foram os tombos. Ela apenas nasceu com isso de deixar sua dor ali dentro para poder pensar nela sozinha.
Pensar, pensar, pensar e pensar mais um pouco. Impressionante como isso funciona de verdade.
Os dedos ainda doem e o frio sobe pelas pernas, porque os pés também estão congelados. Ah!, se eu tivesse algo bem quente para coloca-los agora. E o problema é essa angústia de não saber quantos anos de fato tem. Teme que não seja um ou dois a menos que a idade do RG. A mais, talvez?! Não.
Sair da zona de conforto não é fácil, mas não é só isso, minha cara.
Vencer a timidez que sempre traz consigo a insegurança e o medo de ficar sozinha. E é aí que idade interfere, porque, se fosse realmente aqueles dois números, essa angústia não apertaria o peito. Apertar o peito é claustrofóbico e ela é isso dai sim.
Entendeu agora porque é que sufoca? Não é a angústia em si, mas o que ela causa. Ela causa o que um claustrofóbico mais teme.

21 de julho de 2013

Mysterious Lake.

Eu não quero te deixar.

Não sei mais o que dizer sobre isso, só sei que não estou pronta para te deixar ir embora desta vez. Desse jeito. Passei tanto tempo dentro do seu mundo, da sua visão, da sua atmosfera que agora me parece injusto que eu tenha sido retirada dele simplesmente porque tudo acabou.

Não quero ir embora, entende? Não quero não mais ver nada daquilo tudo.

Ler o "Palácio de Inverno" foi magnífico porque algo na história me cativou tanto que sinto tudo dela ainda aqui comigo. Eu gostava de Zoia no começo, mas depois não sabia mais o que pensar. Já sabia quem ela era, mas me soavam como duas pessoas completamente diferentes e... e também não quero que ela se vá.

Entenda que eu me encantei por sua adolescência, pela meninice de Anastácia, pelos detalhes que nunca terei de Maria e Serguei, pelo o que nunca entenderei de Alexei. Você me encantou, Geórgui. Devo confessar que já comecei outro, mas não estou pronta para abandona-lo. Não tenho a menor vontade de apagar as história de mim e tão menos não mais pensar nela.

Não quero te deixar.

17 de junho de 2013

Física Quântica

É prepotência e eu sei (o que já é outra prepotência).
Ao parar para pensar na quantidade de coisa que quero saber e entender, me deparo com uma gama enorme de assuntos e llivros que devo ler, assustando-me em mesma instância. Esse sentimento me acomete acho que desde de sempre - ou não - e desde sempre - ou não - vou ali, mentalmente, destrinchando e desfazendo o emaranhado de coisas que são necessárias para, antes de ter qualquer conhecimento "solidificado", se ter uma boa bem solidifcada.

Se eu fosse assim deste tanto esforçada e menos preguiçosa, menos procrastinadora, menos esperando que eu seja inteligente e que tudo dependa apenas daqueles alguns porcentos de criatividade.

Sem mais.

10 de junho de 2013

Tão de madrugada quanto a linha de pensamento

Gostoso quando nos deparamos com um livro que realmente nos faça querer ler. Foi assim para mim nas primeiras vezes em que li Harry Potter e talvez hoje em dia ainda seja. Mas gostoso mesmo é quando você quer terminar aquela história - não porque ela seja chata, e sim porque você precisa entender como o personagem se completa.
Foi assim com Harry Potter.

E aí que tem esse livro que veio seguido de outros dois que me fez pensar no seminário que tenho de apresentar na quarta sobre a linha de pesquisa de um professor da medicina. Eles costumam escrever Medicina, mas para quem é graduando de um dos cursos que compôem a faculdade de medicina é apenas medicina mesmo, porque nutrição e metabolismo não deveria ser visto com algo subalterno da faculdade.
Que seja.
Meu seminário.
Meu seminário diz respeito a um nutrólogo que tive de me segurar por todos os 15 minutos de entrevista para não perguntar o porque, afinal, de não ter sido nutrição, só que eu não quis passar por aquela velha linha de raciocínio de que a medicina é extremamente fascinante. (Todos os professores nos tratam como se somente a medicina fosse fascinante e que um hospital somente é feito por médicos). E não acho que não seja, mas não quis aprofundar nenhuma escolha passada que pudesse resultar em palavras que não me fizessem sentido - não por ignorância ou arrogância (duas coisas que não possuo), apenas por não conseguir, talvez, entender a real significância delas. E para quem gosta de ler livros e se engajar na história, não entender palavras em seu contexto pode provocar um certo desconforto e noites mal dormidas além de levar a entrevista para um cunho mais semântico.
E por isso não perguntei nada.
O Dr. Professor foi-me muito atencioso, dentro do meu próprio limite de nunca conseguir fazer as perguntas para as respostas que quero saber. Gosto de pessoas que falam sem precisar de um estímulo retórico para que possam desenvolver o discurso - por isso gosto de palestras. Sei que deveria ter me prendido ao fato de que sua linha de pesquisa era (é) deveras muito interessante, afinal, casos extremos do metabolismo são interessantes, mas antes de uma curiosa em biologia, sou uma curiosa comportamental. Atei-me ao fato de como um mero aluno de graduação deveria abordar um professor para uma iniciação científica e, de forma nada surpresa, ele me disse "perca o medo".
O Medo em si já me persegue de outro tempos desde lá do colegial (que foi quando eu percebi isso). Medo e Respeito muito se misturam e andam camuflados. Usei muito a palavra Respeito para o meu professor de História quando na verdade eu tremia mesmo era de Medo dele (claro que minha oratória péssima nunca me permitiu persuadi-lo do contrário - e sua sagacidade somado ao conjunto). Um aluno de graduação tem medo e respeito por um professor, talvez se esquecendo de que um professor já foi um aluno de graduação. E o Dr. Professor me falou sobre agregar, fazer por si só e ser impetuoso. Tudo o que eu nunca consegui somar a minha sonolenta personalidade.
Minha conclusão ao final da entrevista foi "eu não possuo o perfil de um inciante científico do laboratório dele". Talvez a minha falta de habilidade em continuar a entrevista provou isso.
E no final é tudo isso daí mesmo, uma questão de ler e se entreter e querer se completar. O único professor que me chamou a atenção foi aquele outro que ocupava minhas tardes de sexta-feiras, mas nem era no ramo de pesquisa dele - e sim pelo cunho da aula de bioética, o que me resgatou algo que eu acreditei ter perdido em algum canteiro na Unicamp.
Sinto falta da Filosofia. Sinto falta dos livros de História. Sinto falta dos livros de Estórias.

9 de junho de 2013

Só mais uma vez para se ver

Às vezes acho que a Efemeridade nos bate à cara para lembrar-nos que ela existe para qualquer um.
Triste precisar dessas coisas para que haja o resquício de memória de que somos mortais e que a vida passa rápido para qualquer um, mesmo em um piscar de olhos, mesmo num vinte-poucos-anos interrompido. Deus? Acaso? Destino? Merecido? Vai saber. Ninguém na verdade quer saber o motivo, mas a ideia de que seja possível entender isso sem presenciar conforta.
E como conforta.

6 de junho de 2013

A Culpa não é das Estrelas

Você me deixou muito triste com o meio quase final da sua história. Amores que não são para ser nem deveríam começar, para começo de conversa. Tenho certeza de que voce sabe o quanto doi um amor nao correspondido, mas deve-se doer muito mais um amor totalmente correspondido e que não terminou quando o outro partiu.

Doeu-me perceber que o verdadeiro Desejo de Augustus não foi levar Hazel Grace para Amisterdã; ele fez seu Desejo lá no quarto do hospital em que ela estava desacordada, pedindo um pouco mais de tempo para que ambos se apaixonassem de verdade e vivessem uma história. Amisterdã foi consequencia. E vejo que tudo aconteceu do jeito que aconteceu porque a ordem dos fatores importou no resultado.

E se fossem ambos a querer mais tempo para se apaixonarem? Só que somente ele quem fez o pedido, e este foi concedido. Augustus ganhou seu tempo a mais para amar Hazel. E só. Ele se foi e o amor dela por ele continuou, o que, no fim, ajeitou as pontas para ela e sua família, mas Augustus era um cara legal, simpático e confiante.

E se esse amor nao estivesse fardado a acabar por uma das partes?!

Aceito não. Augustus merecia muito mais tempo e Hazel deveria fazer o mesmo desejo em mesma instancia, para que os tempos se somassem e o dele se estendesse.

12 de maio de 2013

O Bem Estar de se Querer Amor

Nunca imaginei que seria desse jeito. Esse jeito de encaixe perfeito. Esse jeito de abraçar certo. Esse jeito de me amar tão natural.
Nunca imaginei que seria tão natural te ter por perto ao ponto de nem ao menos me lembrar de como era quando não estava. Espere - mas houve algum tempo assim?! E é verdade. Houve, mas eu não lembro mais, nem me pertence. Faz anos que já estamos aqui, um exatamento ao lado do outro.
O modo que eu o amo hoje é tão tão que me deixa extasiada em felicidade. Você, meu melhor amigo, se completou nesse ponto da forma mais perfeita: sendo meu namorado. E o que é um namorado senão o melhor amigo?! Pois é. Você é meu melhor amigo e compartilhamos de intimidade e reciprocidade. Acho que esse deveria ser nosso status de relacionamento.
As pessoas dizem: parece que sempre estivemos juntos - e isso se dá pela nossa sintonia, de como sabemos nos mover tão bem um com o outro, de como conseguimos fazer tudo em complemento. E quantas fases difíceis já passamos mesmo?! Várias, meu querido, e várias.
Mas vamos nos ajeitando. Alguns dizem sobre "aguentar as pontas". Eu não "aguento" nada, porque essa palavra passa a compreensão de ser um fardo. Eu vivo as coisas, essas pontas, porque nada é um fardo com você.
Tudo é facilmente facilitado com você.
E esses quase 2 anos já me faz sentir a vida inteira que tenho ao seu lado, com essa felicidade que não cabe em mim.
Somos perfeitos juntos, meu amor, somos sincronizados.

16 de abril de 2013

Inteligência é outra coisa

" 'Fique Inteligente sem cirurgia' - Já imaginou se no lugar daquelas propagandas de “fique magra sem cirurgia” a gente tivesse a proposta acima? Que sociedade seria essa? Para começar, nós seríamos, sim, magros. Não esqueléticos, nem anoréxicos, mas a obesidade diminuiria muito. Porque ser gordo não é saudável. E quando você se toca de que as calorias que você come devem ser inferiores às que você gasta, pronto. Temos uma dieta bem-sucedida. A gente seria inteligente a ponto de pensar o seguinte, enquanto encara um pedaço quentinho de pizza (ou uma fatia bem caprichada de bolo): “A longo prazo, é melhor eu não comer isso. Minha dieta vai dar resultado e, enfim, poderei comer outras gostosuras com moderação.” PRONTO, RESOLVI A OBESIDADE NO MUNDO."
(http://www.depoisdosquinze.com, Luisa Clasen)


A primeira colocação já começa no equívoco. Se todos fôssemos inteligentes, saberíamos que sim, podemos comer aquele pedaço de pizza porque este seria um dia atípico, e dias atípicos não interferem em hábitos saudáveis. Uma pessoa inteligente, como é o proposto, não precisaria de dieta e nem de reeducação alimentar, porque a alimentação saudável já seria base de tudo. Errado achar que não se pode comer doces, lanches e pizzas, o que não pode é comê-los todos os dias. Uma vez por semana (apenas um e não todos) não interfere.
E interesse colocar que quem é gordo não é inteligente, além de agredir o problema social como um todo. Obesidade é além de uma síndrome metabólica, é um comportamento, um self. Uma consequência que abrange o estado biológico, psicológico, comportamental e até mesmo as crenças pessoais. Uma pessoa neste estado não é burra, é uma pessoa que necessita de ajuda e apoio e empatia, mas que precisa, antes de qualquer coisa, estar pronto para receber ajuda - dos profissionais capacitados para tal. E não da tia qe fica falando na orelha que tá gordo, não o pai que leva para casa uma travessa de doces e fala que o filho não pode comer, só olhar. Um nutricionista, um educador físico, um psicólogo, porque não um grupo de apoio. Um cardiovascular, ortopedista... esses sim sabem dar a ajuda necessária para a Obesidade, não doença, não burrice. Uma realidade.

6 de março de 2013

resting in peace

Têm coisas que são realmente assim, meu caro. A vida vai passando e a gente vai achando que tá tudo sempre bem e que ainda tem tempo para mudar e fazer um monte de coisa. Eu não tenho nem ideia do que se passou na sua cabeça, se é que houve tempo de alguma coisa lhe ocorrer em mente - mas acho que a certeza de que esvaiu da vida deve ter sido até um momento de paz.
Não sei quem foi, não sei quem era. Não sei o que aconteceu. O que me aconteceu foi esse sentimento confuso, de não acreditar em que você se foi. Ou por apenas ter ido ou por ter decido ir. Que seja. Que parta! E não é que partiu?! Mesmo no desconhecimento de qualquer ação sua, tu me parecia imortal, em que todas as vezes ainda poderia eu me lamentar por ter perdido o cd do acústico da sua banda. É estranho pensar nisso, suas músicas sempre me acompanharam na minha adolescência e agora somente elas podem acompanhar.
Achava que tu era um cara legal, daqueles que sabia a brevidade de um sorriso que se torna eterno por ser bonito - e apreciaria o instante, a lembrança e a significância. Pelo menos era isso que suas letras me passavam... amor, vida, instantes. E que se segue na luta para ser realizado, e que nenhum sonho acabe para poder sempre ter algo para correr atrás. Do que você correu atrás?!
Não sei, não sei... mas imagino. Correu atrás, nos últimos momentos, de algo que lhe confortasse e trouxesse um pouco de paz de espírito - e até mesmo esquecimento. Esquecer da vida, do que ficou para trás, do que foi quebrado e de quem o deixou aqui. Vejo você chorando, vejo você triste, vejo você querendo abandonar - e um pouco de querer ser abandonado. No que você escorregou nesse meio tempo? Seu camisa 10 não fez o gol da partida? Não sei, não sei...
Disseram que não foi uma decisão tomada esta de querer ir embora. Mas você foi e deixou o seu legado. Se isto enfim lhe trouxe a paz, que seja, que fique e que nos deixe - e nos deixe de uma vez. Uma vez a mais para ouvir e não entender, compreender, saber. Uma vez a mais para sermos a juventude que você sonhou.

Seremos humildes e seremos lutadores. Dias de luta, dias de glória.

Que esteja em paz, Chorão.

9 de fevereiro de 2013

Quando se é criança

Sinto saudade daquele tempo em que qualquer tombo no chão ou dedinho batido me dava o direito de chorar. Hoje devo engolir o choro e esquecer o machucado, mas queria mesmo é poder chorar por cada ralado.

7 de fevereiro de 2013

Fitas de Cinema

Jean,

Acho nobre tudo o que fez, mesmo diante do ato. A nobreza é tão estranha diante desses fatos em que você viveu que usá-la para te exaltar pode até mesmo soar como ofensa. Mas não me refiro ao dinheiro ou à ostentação; refiro-me a cada ato singelo de amor ao próximo contido em você.

Precisou de uma declaração clara e reta, quase como uma bofetada em seu rosto para perceber isso dentro de você. Já estava ali, desde o primeiro pão roubado para a criança de sua irmã. E estava ali quando decidiu mudar, estava ali quando se entregou a Javert mas tinha de ajudar aos outros (e por que não falar do seu grande impasse?! Javert era nobre, pois, em seus preceitos de conduta e lei. Ele não poderia viver no mesmo mundo em que há você e ele, não poderia ao notar seu espírito, sua lei. O Estado era a lei e ele a tinha consigo. E eis que surgiu você, 24601).

E, sim, estava ali no leito de Fantine, tomando-a como um amor quase platônico e abraçando sua Cossete como sua própria.

Tu és tão nobre, Jean, que choro. Choro por ter encontrando em você o que há muito o meu mundo não vê, onde somos divididos pelo dinheiro, pelo time, pela cor, pela nossa opinião.

Precisamos de revolução.
E precisamos de você.


Fique em paz, monsieur Jean Valjean.

30 de janeiro de 2013

romance às avessas

Estão vendo aquela mulher ali do outro lado? Eu sei que vocês estão imaginando o que aconteceu, que ela se apaixonou e caiu em maldições de circunstâncias ilusórias, sempre procurando fiascos nos pequenos atos humanos e sentimentais do rapaz diante de todo o descaso que ele fez.
E aí chegou aquele ponto em que disseram a ela que merecia sim algo mais digno, que a respeitasse, que a amasse, que a venerasse pela pessoa linda que ela é. Só esqueceram de dizer que seria um cara, um homem e talvez demorasse uns cincou ou sete anos.

Mas ela interpretou tudo aquilo perfeitamente bem: encontrou quem a amasse, venerasse e não visse a hora dela surgir pela porta. Encontrou um belo schnauzer, e depois veio o poodle, o lhasa apso, yorkshire terrier e aí ela descobriu os vira-latas.

Ela adotou uns três, e, de fato, todos eles a amavam, idolatravam e tratavam do jeito que ela merecia. E foi nesse meio todo que ela, de repente, tinha noventa anos e dez cachorros, fora os outros que já haviam falecido.

Esses romances da vida que acontecem talvez por uma brecha de interpretação.

13 de janeiro de 2013

o último canto de Sereia

Tinha o mar e tinha o som das ondas quebrando e elas quebravam no pé dela. Nem tinha Sol, daqueles de fazer por franzir a cara e esconder os olhos. Mas estava claro, iluminado.
- Isso tudo daqui parece paraíso.
- E por que não haveria mesmo de ser, Sereia?
E tinha ela, de cabelos molhados, pequena, olhos enormes. A voz suave, de canto, serenata, daquelas em que a gente canta baixinho na esperança de só o amado escutar.
- Como tu sabe meu nome?
- Sei de cor cada nome que escolhi.
Sereia se afastou e aí percebeu que não conseguia se manter longe daquela criatura estranha, tão menina, tão frágil e tão do mar. Aquela voz de certeza e compreensão, não havia linha de tempo linear que fizesse Sereia não entender quem era a criatura.
A criatura era sua mãe.
- Então eu morri de verdade.
- Pois veja tu mesma - e a criatura menina tocou, com as pontas dos dedos, o coração de Sereia e este nem doeu. Sereia encontrou uma marca, um marco de tiro de amor. Sim, estava morta.
- Mãezinha... por que teve de ser assim?!
O toque dela em seu rosto trouxe-lhe conforto, um tal deste que Sereia sentiu que poderia estar viva ou morta, ali não mais importava, estava em paz.
- Tu me pediu antes mesmo de ser carne. Me pediu para ser Sereia e me pediu para que eu fosse tua mãe. Protegi tu a vida inteira, mas não posso confinar uma alma a uma vida inteira se esta alma me pediu a eternidade comigo. Tu mesma quis vir a vida e senti-la na intensidade. Eu apenas permiti, pequena Sereia.
A criatura se mesclava em claridão e opalescência e se aproximava e se tocava em Sereia e a chamava, dando a mão, pegando pelos cabelos como se fosse niná-la.
- Dei a tu meu guardião para que ele a amasse mais que a tu e a ele e que cumprisse todos os destinos. Não se avexe, menina, venha caminhar com tua mãe.
Iemanjá estendeu as mãos de criatura menina pois então era mulher. Os cabelos negros e tão negros que Sereia logo viu a semelhança - eram, pois, os cabelos dela mesma - e viu os olhos grandes e o sorriso familiar. Conhecido, decorado, materno.
Sereia decidiu por enfim caminhar e seguir o que há muito havia pedido para Iemanjá.

6 de janeiro de 2013

Daquele que Esqueceu

Eu não me meto com as coisas da Igreja e nem digo respeito aos sermões do Padre. Simplesmente não o faço porque meu conhecimento é pouco sobre todo esse universo e minha fé é um filhote, ainda. Mas conheço alguns preceitos, uns tais conceitos que acredito ser de Deus (sim, eu acredito Nele).
Acredito que se foi nos dado a percepção de que em grupo é melhor, então Deus disse "amai e respeitai ao próximo" através do filho. E foi isso o que Jesus disse, que devemos amar o próximo como a si mesmo. Ponho estas linhas, pois, para trazer os fatos para perto da Igreja, o âmbito de reunião da religião (aqui, no caso, a católica). A Igreja católica é o lugar para ser traduzido as palavras e os mecanismos de Deus, o que Ele espera de nós e o que nós esperamos Dele. E eis que nesse meio, surge a figura de um rapaz que maltrata, desrespeita e desmerece o próximo.
Não quero falar sobre a mudança de religião e nem do ato que eu julgo imoral de permanecer como trabalhador num ambiente em que você desacredita. (Qual seria a credibilidade deste trabalho?). Mas quero apontar a falha como ser humano que trabalha na Igreja. Ele já agrediu, já desafiou e já mostram-se exemplos e mais exemplos de manipulação - óbvio, para que seu desejo fosse atendido.
Não falo do Padre. Falo de outro, daquele que conseguiu atrapalhar o equilíbrio de uma paróquia, que esqueceu de respeitar em reciprocidade e esqueceu que também é humano e também está sujeito a muito (podendo ser este bom ou ruim).
E trazemos então para um exemplo de empresa. Empresa é trabalhar em grupo - nenhuma quer saber de um cara que não consegue lidar com o outro. Empresa é cooperativismo. É somar e multiplicar, sempre ajudando, sempre unindo forças pelas bases para se estruturar o topo. E pode ser assim ali, na Igreja. Se você não consegue ao menos tratar seu companheiro de equipe, um cara que você depende para realizar tal serviço, como vai poder chegar a um cargo de liderança em que terá de coordenar e motivar um grupo inteiro?
Credibilidade de trabalho não diz respeito apenas ao que você faz, mas muito a quem você é.

E quem seria ele então?!

O bem maior, o bem maior... Deus é o bem maior dentro da Igreja, e devemos visar este bem maior, nos esquecendo do particular para cooperar no grupal. Na Igreja é assim, estamos todos lá na busca de respostas, de força e até mesmo apenas por estar, mas, em nenhum momento o que um quer atrapalha o que o outro pretende.

Deveria ser assim, a Empresa, a Equipe, a Igreja e o Padre controlando os meios para o bem maior.
Mas não foi.