Não sei.
Soa-me como tiro constante em cima da ferida esquecida - para então se lembrar de que você não fez e que não é nada daquelas coisas.
Eu teria me dedicado mais às artes, sabe? Todas elas: escrever, pintar, desenhar, fazer. Seja lá o que me fosse proposto em mente, mas seria de alguma forma algo muito similar à arte. E escolheria coisas que me fizessem bem e me trouxessem paz: surfar, tocar violão, jogar basquete no final de tarde, uma bola de sorvete de limão por final de semana (na verdade seria por dia, mas eu não gostaria de abusar tanto de algo que gosto correndo o risco de enjoar e deixar para lá).
Ter o sossego em mente sem aquela auto cobrança que me é tão emaranhada na essência. Parece um bom caminho para coisas que eu deveria ter feito. É um sonho não de futuro, mas de passado, que em parte em muito me acalma. A questão é que a mente do jovem é uma armadilha tão grande que qualquer desvio de conduta corrói a estrutura e a principal é acreditar que o tempo é rápido demais e, como consequência não correlacionada, temos de correr atrás de objetivos maiores. Carreira, emprego, conhecimento, família e dinheiro.
Não é ruim ter esses planos, mas não seria bom encontrar um espaço para se fazer o que se tem vontade? Crescer profissionalmente é deveras importante e gratificante, e por que não agregar à essa gratificação tudo aquilo que unicamente, por assim estar contido, te dá sossego? Complementar não somente o currículo, mas a alma.
Desenhar, pintar, escrever, ilustrar... Ilustrar cada capítulo de mim naquilo que me faz em paz. Soa-me um bom sonho frustrado de passado e um interessante ponto a ser considerado para o futuro (para então ser presente e ser constante).
¹ Hidropônica, Forfun.
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