Existe uma certa relevância em não querer mais que fosse daquela maneira que vem sendo há tanto tempo. Negar não é afirmar, é apenas ir por um lado mais obscuro do que a afirmação. Negar não é mostrar uma outra afirmação, é dizer que a ideia está em errada em sua concepção e raízes mas não é apontar a direção para algo mais correto.
Negar não necessariamente implica encontrar outra afirmação. Você pode mirar para qualquer lado.
É muito fácil negar.
É muito mais fácil não negar.
O difícil é assumir que está sendo negado e que aquilo tudo não cabe para você. Fácil é negar para o outro. O difícil é negar para si.
Por quê?
Porque, ao fazê-lo, necessita-se encontrar a afirmação correta, aquela que lhe cabe com tamanha coerência que parece ser até mesmo idiossincrático. A urgência de não ficar a mercê de um abismo. A relevância, do início, é o ponto sobressalente implicado nesse ato, que envolve a voz, o ato, a mente. Negar três vezes para assumir a negação.
E assumi-la é a sua primeira afirmação. Afirmo que nego. Afirme que nega.
Afirme, firmemente, afinco.
Não existe meia negação, existe a dupla, o dobro de tudo aquilo que pode até mesmo negar o próprio não contido, mas jamais o meio. Meio termo não existe; uma vez iniciado o passo, a corrida deve começar logo e só vai parar quando o percurso for realizado. E, desculpe, mas aqui também não há falhas. Êxito.
Conseguir negar é êxito.
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