13 de dezembro de 2010

Um baú estranho.

Esses fragmentos eu encontrei perdidos em alguns e-mails - e não achei justo perdê-los desta maneira. Coloco-os aqui para a segurança dos mesmos.
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sei que já ri porque quis e porque achei que deveria, porque me era conviniente e porque era o que estava na espera. Já forcei choros, já chorei porque quis e até porque era o melhor a ser feito. Uma máxima de sensibilidade, no meu ponto de vista. Já fui inconviniente pelo simples fato disso me animar e já fui muito, mas muito chata porque assim eu desejei. Já gostei de alguém porque eu me forcei a fazê-lo e até mesmo porque eu não queria. Até aqui, o fato de eu querer, gostar ou fingir assim até parece meio cínico e cruel de minha parte, como se conseguisse forjar sentimentos e reações - e realmente assim o é em muitas vezes. Meu desprezo, na maioria deles, é o melhor de mim, mas eu o acho muito para alguns. Mas, de tudo o que passei, de todas as mágoas que guardei e esqueci, a pior delas é, com certeza, a decepção - ou a falta de consideração, ou a mais vil mentira narrada na sua frente. Escolha. Hoje sei que pior que se depecionar com alguém por criar ilusões, é você não conseguir sentir mais nada porque você nunca esperou nada desse alguém. E este consegue decepcionar você. Mas posso dizer uma coisa? Eu fingi. Eu bordei meus atos. E até o que senti na hora. Agi assim porque assim me pareceu mais divertido. E a decepção virou minha melhor comédia. (03/02/09)
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Who am I? Bem, eu sei quem sou e você pode não gostar. Sou pessimista ao ponto de não acreditar no melhor de ninguém, porque, assim, é mais fácil de não me decepcionar. E se eu estiver errada; oba, já fiquei feliz - e você também.Repudio pessoas desconhecidas por natureza. É uma defesa, veja bem... não é que eu não venha a gostar de você, mas você tem grandes chances de não acrescentar absolutamente nada na minha vida e isso é perca de tempo. Além da minha pessoa ter a certa noção de que desconfiança é sim um ótimo veículo para sarcasmos e afins. E, bem... possuo esse senso de humor meio cáustico. E me divirto com ele e não, não vou mudá-lo.Sou volátil. Posso ser a pessoa mais meiga que você venha a conhecer ou a mais irritante - mas, no geral, minha simpatia sempre prevalece se for necessário, urgente e não houver outra saída. (Mas isso, claro, se já formos conhecidos. Caso contrário, sem esforços, "coração"). Só que isso flui com uma certa frequencia bem irregular, sabe?!Faltou alguma coisa... Ah!, sim, sou chata. É! Até mesmo um falso cognato. Tudo o que me acontece é motivo para eu ficar pensando, e analisando, revivendo fatos e tentando pegar as mensagens certas. Isso é um saco, mas eu gosto. Quem não gosta muito é quem está ao meu redor, porque, melhor que a auto-reflexão, é tentar achar que sabe exatamente quem o outro é.Arrogante de minha parte, eu sei, e não me sinto muito mal por isso.Sou indiferente a muitas coisas e isso me faz uma espécie de corpo sólido indestrutível. Não choro em finais de filmes, livros e semelhantes. Não me comovo com músicas e nem pessoas caindo , desesperadas, na minha frente. Mas sou sensível ao ponto de chorar uma noite e nada além.Choros são sentimentais demais para o meu gosto.Meu profile´s visitor está desativado porque pouco me importa quem olha meu orkut - e eu não entrei nisso daqui para proliferar discursos sobre privacidade e moral.E some a tudo isso o fato de eu ser preguiçosa, paradoxal, crítica, curiosa e, se pá, esperta. (10/02/09)
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O que eu percebo lendo esses fragmentos é o quanto mudamos ao longo do tempo. As pessoas crescem e mudam suas visões em períodos curtos. Eu achava que para isso se levavam anos, mas não. Levam-se acontecimentos e eles muitas vezes ocorrem todos em um mês. Fico feliz com isso.

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