3 de dezembro de 2010

que o raio te parta


Você pode até dizer que é ciúme, mas eu te garanto que não é.
Ciúme arde, corrói, mas não me faz sentir magoada. Uma tola.
É indignação.
Indignação porque todo mundo pode estar com você e falar as coisas que quiserem, eu não. Eu sempre tenho de tomar cuidado, sem a bonitinha, a compreensiva, fingir que te entendendo em certos momentos para não causar conflito. Acho que eu tô meio cansada de você e da sua falta de posição para comigo.
Você já percebeu que quem sempre fez algo em primeiro por nós dois fui eu? Que sempre fui eu quem tive de pedir desculpas, dizer que está tudo bem, abandonar meus argumentos e vontades para estar com você?!
Você nunca fez nada por mim. Nem me pediu desculpas por nada - e a lista de pedidos pendentes está longa.
Talvez seja melhor. Talvez você indo embora seja melhor. Ficar sem te ver e sem me preocupar. Seis meses é tempo o suficiente para uma paixão acabar. No fim sobrarão apenas as mágoas, as dores, as suas faltas - e toda a felicidade que eu senti será reduzida, comprimida e eliminada.
Quando você voltar, talvez as coisas não estejam do jeito que são. Talvez eu não seja mais a quem hoje sou. A essência não muda, mas a forma como deixá-la agir.

Não é ciúme.
É indignação.

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