7 de dezembro de 2010

enquanto isso, no lustre do castelo...

Eu sei que as coisas doem, machucam e nos fazem infelizes. Mas tudo isso não me soa de fato necessário. Doer, doer, doer... tudo dói, mas seria uma escolha nossa, um livre-arbítrio esquecer dela por alguns minutos e simplesmente nos contentar com a gente mesmo? A vida é tão cruel, tudo é tão fatidico, mas a gente sorri, se alegra, chora, dorme e se sente bem. Às vezes, verdade, mas, mesmo assim, o fazemos, então, por que não pode ser assim quando a gente quer? A gente sempre vai sofrer, então, por que não apenas escolhemos canalizar essa dor para outros fins? Por que tem tantas pessoas que sofrem penosamente e nem ao menos querem mudar de posição?
Eu não gosto desta ideia.
Eu o vi com outra. Eu o vi lá com a mesma pessoa que o fez chamar a mim de mentirosa.
Eu não quero falar da índole dela e nem da dele. É como ser anti-ético. Eu não quero isso para mim. Cada um entende de si mesmo e não cabe aos outros julgar. Eu não julgo. Não posso. É errado. Julgar é feio e machuca. Eu só observo e relato para mim mesma.
Doeu. Dói. Vai machucar por muito tempo, mas eu não quero isso para mim. Não quero sofrer. Não quero lembrar. Não quero ser infeliz. Não vou ficar pensando no que deu errado e nem como poderia ter sido diferente. Tem coisas e pessoas que simplesmente não são para nós.
Disse a minha mãe que eu olhava para o meu 2010 e não enxergava a nada. Eu acho que menti. Talvez eu nao tenha cosntruído nada para mim, algo como um curso, um rumo, mas eu vejo que cresci muito. Que amadureci. Ideias. Pensamentos. Pontos. Não sou a mesma do começo do ano. Nem o posso ser. Hoje sou alguém melhor, acredito.
A vida é mais do que isso daqui. É mais do que pessoas falando e pensando sobre você, pessoas preocupadas com o que você faz, come e veste. Todos os erros que sejam cometidos agora, para, no futuro, daqui 5 anos ou 6 meses eu seja alguém melhor. Sempre alguém melhor.
A dor não nos faz melhor. A dor não nos faz pior. A dor simplesmente nos faz. Aprender a administrá-la é um caminho longo, mas é um caminho que nos livra de sofrer. Isso soa bom, ah?!, não sofrer. Todo ser humano almeja isso.
Quando eu tinha quinze anos, achei que era alguém bom. com dezoito, também. Aos dezoito acreditava em que era alguém já no meu ápice de conhecimento próprio e que todas as minhas atitudes e dizeres eram irrefutavelmente melhores. Nem preciso dizer que errei. Hoje sou uma pessoa melhor, alguém bem diferente. Eu sou diferente. Aos quinze eu não abria a boca para nada, tinha medo de impôr minhas vontades, fazer as minhas próprias escolhas, hoje... hoje falam que sou teimosa. Não o sou. Apenas não sou mais aquela molenga, aquela menininha que dizia sim para tudo.
Não mais.
Não posso.
Eu cresci.

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