Um segundo.
Se houvesse um segundo para olhar nos olhos antes da partida, ela escolheria olhar. Olhar, olhar e olhar e tentar passar o que dizem sobre olhar dela: sua potência em transmitir sentimentos e verdades.
Construirão caminhos muito separados agora, porque ela fará questão e baterá o pé até o final para que isso aconteça. Ela nem é orgulhosa a esse ponto - e ele sabe que ela falha todo dia em tentar estar bem. De certa forma ela até está, pois que meios havia de ele ficar com ela quando ela falhava consideravelmente ao tentar fazê-lo em paz?
Se houvesse esse mísero segundo, ela escolheria olhá-lo e ver, por uma última vez, os traços que não pertencerão mais a sua vida - e nem lembranças, e nem saudades. Olhar para apagar e deixar que tudo, mas tudo mesmo, vá embora com ele. Pela primeira vez não é a ela quem decidiu partir. Ele vai antes. Antes de que ela tome a sua decisão.
Ela nem é tão orgulhosa assim e falha dia-a-dia em tentar fingir que está bem. E ela está bem, porque não é assim que tudo termina. No final tudo dá certo, se não deu é porque ainda não é o final.
Ela escolheria olhá-lo e deixar que todos os seus sentimentos se esvaíssem.
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