Hey,
Na última vez você me perguntou se podia me acompanhar. Permiti que você o fizesse, mas, confesso, ocultei a parte mais importante desse ato. Esqueci - voluntariamente, óbvio - de mencionar que você poderia sim me acompanhar, apenas não poderia me pedir para dar-lhe atenção durante o trajeto.
Estou caminhando por minha conta agora, com as minhas pernas, minha responsabilidade. Preciso aprender a lidar comigo mesma e, desculpe, mas não, não posso dividir minha atenção com outras coisas. Outras pessoas. Eu preciso entender que sempre haverá uma escolha errada antes de acertar - e estou errando muito ultimamente, estou decidindo pelas providências erradas, optando pelas escolhas errôneas.
Porém, não pense que ao acatar a decisão de aceitar sua companhia ao meu lado implica diretamente uma escolha. Não. Apenas numa aceitação - a de que alguém acompanhe tal processo. O seu vacilo nisso tudo é que você não me perguntou em nenhum instante quais seriam as consequências - e ainda bem, porque eu também desconheço, mas este não é um vacilo meu; faz parte do meu processo de aprendizagem.
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