30 de dezembro de 2008

Vá e fique.


Te ponho em mim, de forma caótica e irregular, extremamente incompreensível e sem pesar. E não pesa quando está em mim, quando estou dentro de onde eu mesma criei para você ficar.

Fique.

De nada adiantará eu exigir que saia, que vá embora. Você não vai. E fica. Desnorteando os pensamentos e impondo direitos. A abstração de uma vontade escondida, de um sorte que vai parar.

Torço para que pare, assim, estarei longe de você, longe da guerra. Em paz. E não quero, e permaneço, continuo, fico. Um jogo de azar em que eu só perco, uma façanha a menos ao meu favor. Não me importo, acho, e estou dentro de onde eu mesma me impus.

De onde você enraizou. E quer ir embora? Pois vá.

Mas eu fico. Eu gosto. E fico. E você também fica, porque é seguro. Você quer a outras meninas? Não se importe, eu também desejo outros homens.

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