20 de dezembro de 2008

Prosa 2008

Ontem eu vivi talvez a melhor noite da minha vida.
Ok, eu já tive outras melhores, mas essa foi mais que especial. Foi a noite da minha formatura. Todos estavam ali, vestidos de forma diferente, deslumbrantemente contentes. As estrelas de um evento inteiro. Perfeitamente sonhador.
E poeticamente metafórico.
É lindo analisar que todos estavam bem, contentes e alegres. Alguns bêbados, verdade, mas onde não há estes? Eles estão lá. Sempre. E todos dançaram, pularam, deram risada - alguns beijaram, outros ganharam juras de amor e uns poucos outros declarações. Havia aqueles que ficaram sentados juntos de seus familiares, mas isso não é erro. É virtude. Pai. Mãe. Irmãos, avós, tios... muitas pessoas que estavam ali por sua causa e você ali com eles, retribuindo o favor.
Favor sim.
Um gostoso favor.
E, ao analisar mais, percebe-se a tristeza. Todos estavam felizes no último encontro. Todos estavam extrapolando de felicidade quando deveriam estar chorando. E ninguém chorou. Não é uma pena, ao meu ver, afinal, somos seres humanos e não podemos depender do fim apenas. O fim de fato não é o término. É só a anúncio de um novo começo.
E o começo deve ser o motivo de choros.
No fim, já sabemos de tudo o que se passou, o que aconteceu e como reagirmos diante dos fatos. Não há por que chorar diante das fortalezas, mas há diante daquilo que não conhecemos. Se os muros são mais altos ou os buracos mais largos e profundos. Não sabemos.
Choremos pelo começo.
Bebamos pelo fim.
Sejamos intermediariamente felizes enquanto conseguimos conciliar os dois fatos sem assimilar que o começo de um é a prévia do outro.
Choremos e bebamos, caros formandos.

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